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10/12/2003
-
08h53
FERNANDA K. ÂNGELO
da Folha Online
O que deveria ser objeto de simples diversão acabou ganhando utilidade, diz Alex Jarrett, fundador do Degree Confluence Project. Em entrevista, Jarrett conta como surgiu a idéia de criar o projeto, explica sua utilidade e diz que não corre mais atrás das confluências.
Folha - Como surgiu a idéia de criar o DCP?
Alex Jarrett - Em 1996, eu ficava imaginando, quase todos os dias, o que seria encontrado em um ponto representado por dois números inteiros, como 43N72O. Além disso, eu tinha comprado um aparelho GPS e precisava encontrar uma utilidade para ele. Então decidi checar a confluência. Fiz isso outras diversas vezes e comecei a publicar as fotografias em um site pessoal. Mas outras pessoas descobriram e a coisa virou uma bola-de-neve.
Folha - E qual é o verdadeiro objetivo do projeto?
Jarrett - A idéia é criar uma amostra organizada do mundo. O interessante é que o projeto surgiu com o objetivo de ser algo simplesmente divertido, mas acabou ganhando utilidade.
Folha - Que tipo de utilidade?
Jarrett - Por exemplo, professores usam o DCP para explicar os conceitos de latitude e longitude a seus alunos. Eles organizam grupos de estudantes para visitar confluências. Também é possível ver qual o aspecto da vegetação em cada lugar e como sua aparência muda conforme as estações do ano. Além desse aspecto, o site serve para que as pessoas conheçam lugares comuns em todo o mundo. Elas podem ver qual é a real aparência das regiões de cada país, e não apenas seus pontos turísticos, aqueles que são arrumados para receber visitas.
Folha - Você acredita que vá chegar um dia em que não haverá mais confluências a serem exploradas?
Jarrett - Isso provavelmente não vai acontecer. Para dizer a verdade, não estou preocupado com isso. Eu fico impressionado ao saber quanto tempo as pessoas gastam em busca das confluências.
Folha - Você continua caçando confluências?
Jarrett- Não (risos). Hoje eu tenho uma empresa de serviços de entrega e também trabalho com computação. Eu me divirto simplesmente vendo as fotos e lendo as histórias dos grupos que conseguem chegar até as novas confluências.
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da Folha Online
O que deveria ser objeto de simples diversão acabou ganhando utilidade, diz Alex Jarrett, fundador do Degree Confluence Project. Em entrevista, Jarrett conta como surgiu a idéia de criar o projeto, explica sua utilidade e diz que não corre mais atrás das confluências.
Folha - Como surgiu a idéia de criar o DCP?
Alex Jarrett - Em 1996, eu ficava imaginando, quase todos os dias, o que seria encontrado em um ponto representado por dois números inteiros, como 43N72O. Além disso, eu tinha comprado um aparelho GPS e precisava encontrar uma utilidade para ele. Então decidi checar a confluência. Fiz isso outras diversas vezes e comecei a publicar as fotografias em um site pessoal. Mas outras pessoas descobriram e a coisa virou uma bola-de-neve.
Folha - E qual é o verdadeiro objetivo do projeto?
Jarrett - A idéia é criar uma amostra organizada do mundo. O interessante é que o projeto surgiu com o objetivo de ser algo simplesmente divertido, mas acabou ganhando utilidade.
DCP/Divulgação |
Jarrett aponta primeira confluência registrada pelo DCP |
Folha - Que tipo de utilidade?
Jarrett - Por exemplo, professores usam o DCP para explicar os conceitos de latitude e longitude a seus alunos. Eles organizam grupos de estudantes para visitar confluências. Também é possível ver qual o aspecto da vegetação em cada lugar e como sua aparência muda conforme as estações do ano. Além desse aspecto, o site serve para que as pessoas conheçam lugares comuns em todo o mundo. Elas podem ver qual é a real aparência das regiões de cada país, e não apenas seus pontos turísticos, aqueles que são arrumados para receber visitas.
Folha - Você acredita que vá chegar um dia em que não haverá mais confluências a serem exploradas?
Jarrett - Isso provavelmente não vai acontecer. Para dizer a verdade, não estou preocupado com isso. Eu fico impressionado ao saber quanto tempo as pessoas gastam em busca das confluências.
Folha - Você continua caçando confluências?
Jarrett- Não (risos). Hoje eu tenho uma empresa de serviços de entrega e também trabalho com computação. Eu me divirto simplesmente vendo as fotos e lendo as histórias dos grupos que conseguem chegar até as novas confluências.
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