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27/02/2004
-
18h01
da Folha Online
Mudar a identidade de uma pessoa em um programa de e-mail, como o Outlook ou o Eudora, é algo muito simples de fazer. Basta alterar alguns campos e é possível se passar por qualquer pessoa.
O truque, chamado de "spoofing" em inglês, é um método muito usado para ocultar a identidade de quem envia spam, o lixo eletrônico que diariamente entope caixas de entrada de internautas de todo o mundo.
Mas três grandes empresas --America Online, Microsoft e Yahoo!-- estão desenvolvendo mecanismos para verificar a identidade de quem envia um mensagem e tentar reduzir a quantidade de spam que circula na web.
A proposta da Microsoft, chamada de identificador de e-mails, é baseada nos endereços IP, uma seqüência de números que é usada para identificar os computadores conectados à internet.
Tudo que está ligado à rede mundial de computadores tem um endereço IP --desde um simples micro até um servidor de e-mails. A idéia é usar esses endereços para ter certeza de que a mensagem enviada realmente partiu do provedor anunciado.
Com isso, diz a Microsoft, ficará mais difícil para um remetente de spam se passar por outra pessoa. A America Online anunciou que está testando um sistema parecido.
O projeto apresentado pelo Yahoo! é um pouco diferente. Ele vai usar criptografia --programas que embaralham o conteúdo de um texto, por exemplo-- para enviar assinaturas digitais. Se o remetente tentar falsificar a assinatura, o e-mail é rejeitado.
Outras companhias, como Amazon.com, Brightmail e Sendmail, também estão testando métodos diferentes para combater o spam.
Para engenheiros de software, porém, esses sistemas podem causar mais problemas. Segundo eles, falta um padrão de combate ao spam, o que pode fazer com que muitas mensagens deixem de ser enviadas ou recebidas por aqueles que não estão usando o e-mail para distribuir lixo eletrônico.
Uma das principais dúvidas é como fazer com que os sistemas propostos pela AOL, Microsoft e Yahoo! funcionem em cibercafés, hotéis e outras lugares públicos.
"Teremos que mudar o jeito de fazer algumas coisas que estamos acostumados a fazer hoje em dia", disse Meng Weng Wong, chefe de desenvolvimento do SPF. Para ele, porém, o ganho produzido pela redução do spam é compensador. Os novos sistemas, diz Wong, podem reduzir, além do spam, o número de vírus que se espalham pela internet.
Com Associated Press
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Mudar a identidade de uma pessoa em um programa de e-mail, como o Outlook ou o Eudora, é algo muito simples de fazer. Basta alterar alguns campos e é possível se passar por qualquer pessoa.
O truque, chamado de "spoofing" em inglês, é um método muito usado para ocultar a identidade de quem envia spam, o lixo eletrônico que diariamente entope caixas de entrada de internautas de todo o mundo.
Mas três grandes empresas --America Online, Microsoft e Yahoo!-- estão desenvolvendo mecanismos para verificar a identidade de quem envia um mensagem e tentar reduzir a quantidade de spam que circula na web.
A proposta da Microsoft, chamada de identificador de e-mails, é baseada nos endereços IP, uma seqüência de números que é usada para identificar os computadores conectados à internet.
Tudo que está ligado à rede mundial de computadores tem um endereço IP --desde um simples micro até um servidor de e-mails. A idéia é usar esses endereços para ter certeza de que a mensagem enviada realmente partiu do provedor anunciado.
Com isso, diz a Microsoft, ficará mais difícil para um remetente de spam se passar por outra pessoa. A America Online anunciou que está testando um sistema parecido.
O projeto apresentado pelo Yahoo! é um pouco diferente. Ele vai usar criptografia --programas que embaralham o conteúdo de um texto, por exemplo-- para enviar assinaturas digitais. Se o remetente tentar falsificar a assinatura, o e-mail é rejeitado.
Outras companhias, como Amazon.com, Brightmail e Sendmail, também estão testando métodos diferentes para combater o spam.
Para engenheiros de software, porém, esses sistemas podem causar mais problemas. Segundo eles, falta um padrão de combate ao spam, o que pode fazer com que muitas mensagens deixem de ser enviadas ou recebidas por aqueles que não estão usando o e-mail para distribuir lixo eletrônico.
Uma das principais dúvidas é como fazer com que os sistemas propostos pela AOL, Microsoft e Yahoo! funcionem em cibercafés, hotéis e outras lugares públicos.
"Teremos que mudar o jeito de fazer algumas coisas que estamos acostumados a fazer hoje em dia", disse Meng Weng Wong, chefe de desenvolvimento do SPF. Para ele, porém, o ganho produzido pela redução do spam é compensador. Os novos sistemas, diz Wong, podem reduzir, além do spam, o número de vírus que se espalham pela internet.
Com Associated Press
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