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15/09/2004
-
09h37
THÉO AZEVEDO
especial para a Folha de S.Paulo
O entretenimento eletrônico no Brasil ainda está longe de movimentar bilhões de dólares como na indústria norte-americana, mas a produção de jogos e o e-sport estão em ritmo acelerado.
Nos últimos dois anos, dez empresas de criação de games foram abertas no país, e mais de 30 títulos nacionais chegaram ao mercado, contabiliza Jeferson Valadares, 28, presidente da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos). Atualmente, 40 jogos estão sendo desenvolvidos no país, considerando as diversas plataformas como PCs e celulares.
"O cenário está bem ativo, com empresas surgindo, cursos sendo formados e o governo sinalizando que games estão no seu planejamento", diz Valadares.
Este ano está sendo especialmente movimentado para o país, que sediou etapas eliminatórias dos três principais campeonatos de esporte eletrônico do mundo: o ESWC (Electronic Sports World Cup), o CPL (Cyberathlete Professional League) e o WCG (World Cyber Games), este último considerado a Olimpíada dos games, com uma premiação que gira em torno de US$ 400 mil.
Em maio, houve o lançamento de Erinia, o primeiro MMORPG (Massively Multiplayer On-Line Role-Playing Game) desenvolvido no país. E, em novembro, em São Paulo, será realizada a EGS (Electronic Game Show), feira que vai reunir competições em rede, criadores de jogos do Brasil e empresas do setor.
História
O panorama atual é bem diferente do encontrado em 1983, quando foi lançado Amazônia, de Renato Degiovani, considerado pelo catálogo Game Brasilis o primeiro jogo comercial brasileiro --que está à venda até hoje em www.tilt.net.
Com o passar dos anos, vieram vários outros títulos, com especial destaque para Incidente em Varginha (1998) e Outlive (2001), que chegaram a ser vendidos no exterior.
Hoje, existem cursos especializados espalhados de São Paulo a Pernambuco, formando mão-de-obra para o mercado nacional e até mesmo estrangeiro.
Um bom exemplo é o caso de Eduardo Poyart, que, após graduar-se em engenharia da computação e concluir mestrado na PUC do Rio de Janeiro, foi trabalhar na desenvolvedora Treyarch, dos Estados Unidos, onde atuou, recentemente, no desenvolvimento de Spider-Man 2.
Incentivo
O governo também entra na dança, criando o Concurso de Idéias Originais e Demos de Jogos Eletrônicos, promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com o ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) e com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Até 23 de outubro, os interessados podem enviar suas idéias para o site www.cultura.gov.br/jogosbr.
As 36 melhores serão selecionadas e seus autores receberão um certificado e os créditos na demo ou no jogo que vier a ser criado.
A segunda etapa é para profissionais e empresas de games, que escolherão uma idéia e apresentarão propostas para a criação de um jogo. Oito selecionadas receberão verba de R$ 30 mil para financiar seus projetos.
O projeto precisa ser em formato de software livre, o que, de acordo com o site do concurso, significa que "qualquer um tem a permissão para usá-lo, copiá-lo, e distribuí-lo, na sua forma original ou com modificações".
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Nos últimos dois anos, dez empresas de criação de games foram abertas no país, e mais de 30 títulos nacionais chegaram ao mercado, contabiliza Jeferson Valadares, 28, presidente da Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos). Atualmente, 40 jogos estão sendo desenvolvidos no país, considerando as diversas plataformas como PCs e celulares.
"O cenário está bem ativo, com empresas surgindo, cursos sendo formados e o governo sinalizando que games estão no seu planejamento", diz Valadares.
Este ano está sendo especialmente movimentado para o país, que sediou etapas eliminatórias dos três principais campeonatos de esporte eletrônico do mundo: o ESWC (Electronic Sports World Cup), o CPL (Cyberathlete Professional League) e o WCG (World Cyber Games), este último considerado a Olimpíada dos games, com uma premiação que gira em torno de US$ 400 mil.
Em maio, houve o lançamento de Erinia, o primeiro MMORPG (Massively Multiplayer On-Line Role-Playing Game) desenvolvido no país. E, em novembro, em São Paulo, será realizada a EGS (Electronic Game Show), feira que vai reunir competições em rede, criadores de jogos do Brasil e empresas do setor.
História
O panorama atual é bem diferente do encontrado em 1983, quando foi lançado Amazônia, de Renato Degiovani, considerado pelo catálogo Game Brasilis o primeiro jogo comercial brasileiro --que está à venda até hoje em www.tilt.net.
Com o passar dos anos, vieram vários outros títulos, com especial destaque para Incidente em Varginha (1998) e Outlive (2001), que chegaram a ser vendidos no exterior.
Hoje, existem cursos especializados espalhados de São Paulo a Pernambuco, formando mão-de-obra para o mercado nacional e até mesmo estrangeiro.
Um bom exemplo é o caso de Eduardo Poyart, que, após graduar-se em engenharia da computação e concluir mestrado na PUC do Rio de Janeiro, foi trabalhar na desenvolvedora Treyarch, dos Estados Unidos, onde atuou, recentemente, no desenvolvimento de Spider-Man 2.
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O governo também entra na dança, criando o Concurso de Idéias Originais e Demos de Jogos Eletrônicos, promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com o ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação) e com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Até 23 de outubro, os interessados podem enviar suas idéias para o site www.cultura.gov.br/jogosbr.
As 36 melhores serão selecionadas e seus autores receberão um certificado e os créditos na demo ou no jogo que vier a ser criado.
A segunda etapa é para profissionais e empresas de games, que escolherão uma idéia e apresentarão propostas para a criação de um jogo. Oito selecionadas receberão verba de R$ 30 mil para financiar seus projetos.
O projeto precisa ser em formato de software livre, o que, de acordo com o site do concurso, significa que "qualquer um tem a permissão para usá-lo, copiá-lo, e distribuí-lo, na sua forma original ou com modificações".
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