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19/11/2004
-
12h13
da Folha Online
A MPAA (associação dos estúdios de cinema dos Estados Unidos) está interessada em utilizar a Internet2 para monitorar a troca de arquivo nas redes P2P (peer-to-peer) e também distribuir filmes pela web.
Criada em 1996, a Internet2 é uma rede mais rápida do que a convencional, mantida por universidades e instituições de pesquisa. O objetivo dessa rede paralela é facilitar a realização de pesquisas e ajudar acadêmicos que precisam trocar arquivos pesados via web.
Há meses a MPAA conversa com o consórcio responsável pela Internet2 para que possa juntar-se à rede ou simplesmente trabalhar com ela em algumas parcerias.
"Estamos testando essa tecnologia e considerando as vantagens que podemos obter com sua alta velocidade. Ela possibilitaria a distribuição de nosso conteúdo, além de podermos controlar a distribuição de arquivos ilegais na web", disse Chris Russell, vice-presidente de internet e padrões de tecnologia da MPAA.
Velocidade de risco
A Internet2 já mostrou a Hollywood seu potencial comercial e também seus perigos. Recentemente, pesquisadores conseguiram mandar arquivos da Suíça para o Japão com velocidade de 7,21 Gbps --suficiente para transferir um DVD inteiro em cinco segundos para qualquer lugar do mundo.
Cerca de 7% do tráfego total da Internet2 é usado para a troca de arquivos, segundo a CacheLogic. Segundo a empresa britânica de análise, somente a rede de troca de arquivos BitTorrent é responsável por cerca de 35% de todo o tráfego na rede de banda larga na internet convencional.
No BitTorrent há dados legais, como promoções de videogame e músicas dos Beastie Boys. Mas por lá também existe material proibido de ser divulgado, caso de músicas, filmes, vídeos e programas de computador.
Recentemente, a Internet2 foi classificada por Cary Sherman, presidente da Riaa (associação que representa as gravadoras norte-americanas), como um perigo para a lei de propriedade intelectual. "Sua velocidade permite que usuários baixem arquivos em períodos muito mais curtos de tempo. Além disso, o fato de essa rede ser controlada pelo universo acadêmico dificultaria o controle do tráfego de informações", disse, segundo o site News.com.
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A MPAA (associação dos estúdios de cinema dos Estados Unidos) está interessada em utilizar a Internet2 para monitorar a troca de arquivo nas redes P2P (peer-to-peer) e também distribuir filmes pela web.
Criada em 1996, a Internet2 é uma rede mais rápida do que a convencional, mantida por universidades e instituições de pesquisa. O objetivo dessa rede paralela é facilitar a realização de pesquisas e ajudar acadêmicos que precisam trocar arquivos pesados via web.
Há meses a MPAA conversa com o consórcio responsável pela Internet2 para que possa juntar-se à rede ou simplesmente trabalhar com ela em algumas parcerias.
"Estamos testando essa tecnologia e considerando as vantagens que podemos obter com sua alta velocidade. Ela possibilitaria a distribuição de nosso conteúdo, além de podermos controlar a distribuição de arquivos ilegais na web", disse Chris Russell, vice-presidente de internet e padrões de tecnologia da MPAA.
Velocidade de risco
A Internet2 já mostrou a Hollywood seu potencial comercial e também seus perigos. Recentemente, pesquisadores conseguiram mandar arquivos da Suíça para o Japão com velocidade de 7,21 Gbps --suficiente para transferir um DVD inteiro em cinco segundos para qualquer lugar do mundo.
Cerca de 7% do tráfego total da Internet2 é usado para a troca de arquivos, segundo a CacheLogic. Segundo a empresa britânica de análise, somente a rede de troca de arquivos BitTorrent é responsável por cerca de 35% de todo o tráfego na rede de banda larga na internet convencional.
No BitTorrent há dados legais, como promoções de videogame e músicas dos Beastie Boys. Mas por lá também existe material proibido de ser divulgado, caso de músicas, filmes, vídeos e programas de computador.
Recentemente, a Internet2 foi classificada por Cary Sherman, presidente da Riaa (associação que representa as gravadoras norte-americanas), como um perigo para a lei de propriedade intelectual. "Sua velocidade permite que usuários baixem arquivos em períodos muito mais curtos de tempo. Além disso, o fato de essa rede ser controlada pelo universo acadêmico dificultaria o controle do tráfego de informações", disse, segundo o site News.com.
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