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03/12/2004 - 10h16

Criador do Napster lançará serviço de trocas que beneficia gravadoras

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da Folha Online

Shawn Fanning --o criador do Napster que há cinco anos tornou-se um dos maiores inimigos das gravadoras-- investe agora em uma nova tecnologia para troca de arquivos de música pela internet. Dessa vez, o serviço será pago e a indústria fonográfica receberá pelos direitos autorais. O lançamento oficial da ferramenta está previsto para 2005.

O novo serviço on-line de Fanning, hoje dono da empresa Snocap, terá "uma vasta seleção de músicas parecida com a disponível hoje em redes P2P [peer-to-peer]", disse. "Ainda não há um tipo de serviço legal com a quantidade de arquivos disponíveis nessas redes. Nosso objetivo agora é atacar esse mercado."

Basicamente, a criação utilizará uma arquitetura parecida com a do Napster e funcionará como uma gerenciadora de trocas, garantindo que as gravadoras recebam os direitos autorais das músicas baixadas ou trocadas com a utilização do programa.

Segundo Fanning, seu sistema pode identificar as faixas trocadas e compará-las com aquelas disponíveis em uma base de dados de músicas autorizadas. Com isso, seria possível identificar versões sem licença que circulam pela rede.

Os estúdios poderiam criar algumas restrições, como quantas vezes um usuário pode ouvir uma música em seu computador antes de ter de pagar pelos direitos autorais. Por isso, as empresas que não se associarem ao novo serviço podem ter suas músicas trocadas sem receber por isso, exatamente como acontecia com o Napster.

A Universal Music é uma das empresas que apóiam o projeto. "Essa alternativa da Snocap é uma das primeiras soluções reais envolvendo o assunto", disse Larry Kenswil, presidente do grupo. Fanning deve conversar com outros estúdios grandes para tentar firmar parcerias.

Problemas

O dono da Snocap apontou como maior defeito dos serviços pagos que oferecem músicas digitalizadas, como o iTunes, o fato de oferecerem um número limitado de opções. O mesmo, afirma ele, não acontece com programas gratuitos, caso do Morpheus e Kazaa.

O número de downloads pagos cresceu este ano, mas ainda não se compara com a quantidade de arquivos baixados gratuitamente, mesmo que a prática seja considerada ilegal pela indústria fonográfica.

"O fácil acesso a músicas, a possibilidade de baixar arquivos de graça e o fato de isso ser uma realidade na vida dos internautas há cinco anos mudou as expectativas dos consumidores. Por isso, é claro que está faltando algo novo nesse cenário", disse o dono da Snocap.

Com agências internacionais

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