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23/06/2005 - 12h31

Operadoras esperam perdas com programa de inclusão digital

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JULIANA CARPANEZ
da Folha Online

O programa "Computador Para Todos", que facilita a compra de micros e acesso à internet, trará prejuízos às operadoras de telefonia fixa nos primeiros anos de operação, segundo executivos das principais companhias ouvidos pela Folha Online.

Eles explicam: no primeiro momento, as operadoras vão oferecer planos de acesso discado com valores abaixo dos atuais preços de mercado --essa vantagem só é válida para os "excluídos digitais". No entanto, elas esperam recuperar as perdas iniciais ampliando sua base de clientes a longo prazo.

Enquanto o projeto garante R$ 7,50 por 15 horas de conexão aos usuários, o preço tradicional ultrapassaria os R$ 20,5, por exemplo, considerando o valor do pulso da Telefônica (R$ 0,09, mais impostos) divulgado em seu site. Cada pulso equivale a quatro minutos.

Uma das justificativas apontadas pelas empresas para participar do programa, mesmo sabendo das perdas, é a responsabilidade social --o projeto visa incluir digitalmente milhões de brasileiros.

"Estamos investindo em um mercado futuro. Quando esse novo usuário se acostumar com a tecnologia, ele exigirá mais de nossos serviços. A recuperação virá de maneira efetiva quando houver a migração desses internautas para a banda larga", diz João de Deus Pinheiro, diretor de planejamento executivo do grupo Telemar.

A companhia prevê um prazo de até três anos para o retorno do investimento.

Usuários

Telemar, Brasil Telecom e Telefônica, que participam do projeto de inclusão, discutem com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) os últimos detalhes do benefício.

Os descontos nos preços devem entrar em vigor em um mês, segundo estimativas do setor. Apenas novos clientes e aqueles que não usaram suas linhas para acessar a web nos últimos seis meses terão acesso ao plano.

Conectados

As expectativas em relação à adesão do plano são altas. "É provável que 90% daqueles que utilizarem os benefícios fiscais para comprar seus primeiros computadores queiram acessar a internet", afirma Yon Moreira, vice-presidente de estratégia de negócios da Brasil Telecom.

Para Moreira, o "Computador Para Todos" deve fazer com que o número de internautas residenciais brasileiros dobre nos próximos dois anos, chegando aos 20 milhões. Em cinco anos, prevê, esse valor deve subir para 50 milhões.

Já a Telemar espera conquistar, em um ano, 1 milhão de novos clientes que utilizem o acesso discado --atualmente, a empresa tem 4 milhões desses assinantes. "Esse aumento é natural, pois a telefonia fixa é a solução mais econômica para a inclusão digital no Brasil", diz Pinheiro.

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