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16/02/2006 - 11h40

China reitera direito de controlar informações na web

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da Folha Online

A China reiterou hoje seu direito de controlar informações veiculadas na internet --as afirmações foram feitas um dia depois de os EUA ouvirem quatro empresas que teriam colaborado com a censura naquele país.

"É normal que as nações gerenciem a internet seguindo leis. Elas também devem basear seu desenvolvimento [no universo virtual] em tradições antigas e saudáveis", afirmou Qin Gang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores. "Neste sentido, a China aprendeu muito com os Estados Unidos e outros países", continuou.

A China só fica atrás dos EUA no número de internautas --são 111 milhões de pessoas conectadas atualmente. O governo chinês incentiva o uso da web para estudos e negócios, mas monitora com rigidez as críticas feitas em blogs e a busca por informações contrárias à política local.

O Google admitiu que a página Google.cn omite, em seus resultados, informações sobre direitos humanos, o Tibete e outros assuntos considerados "delicados". Os internautas que utilizam o site de buscas, por sua vez, dizem ser direcionados a endereços que divulgam opiniões oficiais do país. Já o Yahoo! teria fornecido informações que resultaram na prisão de blogueiros dissidentes.

Audiência

Ontem, estas duas organizações participaram de uma audiência no EUA junto com a Microsoft e a Cisco Systems. Congressistas norte-americanos queriam saber qual o grau de cooperação entre os gigantes e a China --por isso, representantes da companhia tiveram de detalhar como são suas operações no mercado asiático.

"Suas ações abomináveis naquele país são uma desgraça", afirmou o deputado democrata Tom Lantos, do comitê de Relações Internacionais do Congresso. "Eu simplesmente não consigo entender como os líderes dessas empresas conseguem dormir à noite", continuou.

Michael Callahan, vice-presidente do Yahoo!, afirmou que representantes de sua empresa se sentem "angustiados" em ter de colaborar com as medidas estabelecidas pelo governo do país asiático. Entre elas, oferecer filtros que bloqueiam sites estrangeiros "condenáveis" e tirar do ar páginas consideradas "ofensivas".

Nesta mesma linha, o Google disse que não contribuiu com a censura de maneira "entusiasta". "Não nos orgulhamos disso. Optamos pela colaboração com o governo chinês para levar algum benefício aos internautas daquele país", afirmou Elliot Schrage, vice-presidente de comunicação global do gigante das buscas.

O deputado republicano Jim Leach afirmou que o Google agiu como um funcionário do governo chinês. "Isso é surpreendente", comentou.

Com agências internacionais

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