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12/09/2006
-
14h52
da Efe, em Genebra
A renda média dos palestinos alcançará no final de 2006 o nível mais baixo dos últimos 25 anos, já que, entre outros fatores, a metade da população dos territórios ocupados estará desempregada, segundo a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
"A economia palestina está à beira de um colapso. Em 2005, ela já estava muito debilitada para poder suportar uma intensificação do prolongado conflito e um corte da ajuda externa", afirmou nesta terça-feira em Genebra o coordenador de assistência ao povo palestino da Unctad, Raja Khalidi.
O organismo da ONU (Organização das Nações Unidas) elaborou um relatório sobre a situação econômica atual dos palestinos, após a redução da ajuda internacional e as medidas tomadas por Israel contra Gaza e os territórios ocupados da Cisjordânia.
Linha de pobreza
O relatório mostra que, ao fim deste ano, duas em cada três famílias palestinas estarão abaixo da linha de pobreza, com renda de menos de US$ 385 ao mês.
No final de 2005, a renda média das famílias palestinas já estava próxima aos US$ 355.
"As famílias já esgotaram as estratégias de sobrevivência, e estão se endividando cada vez mais", disse o responsável da ONU.
No final deste ano, mais de 50 % da população pode estar desempregada, uma percentagem que já atinge os 35%, segundo os últimos dados.
Caso a redução da ajuda internacional seja de 30% ao longo dos próximos anos, "o melhor dos cenários possíveis", segundo Khalidi, o conjunto da economia registraria uma queda de mais de 17%, entre 2005 e 2007.
50%
No entanto, se a redução for ainda mais forte, e chegar aos 50%, tal como ocorreu este ano, as perdas chegariam a US$ 5,4 bilhões, e 531 mil postos de trabalho seriam eliminados.
"O corte da ajuda internacional aplicado este ano é de 50%, o que significa que as contribuições prometidas pela comunidade internacional na conferência de Estocolmo não são suficientes", afirmou.
A UE e os EUA consideram o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que ocupa o Governo na Palestina, uma organização terrorista, e após sua vitória nas eleições gerais de janeiro decidiram suspender a ajuda humanitária à Autoridade Nacional Palestina (ANP), embora posteriormente tenha sido aprovado um mecanismo alternativo para o envio de fundos.
O responsável da ONU chamou a atenção para o paradoxo de que, após esse corte, "a economia palestina jamais foi tão dependente da ajuda externa", já que seu déficit comercial aumentou em 60% entre 2002 e 2005, e já representa 55% da riqueza nacional.
O relatório será examinado em 29 de setembro pela Junta de Comércio e Desenvolvimento da Unctad, que se reunirá em Genebra.
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A renda média dos palestinos alcançará no final de 2006 o nível mais baixo dos últimos 25 anos, já que, entre outros fatores, a metade da população dos territórios ocupados estará desempregada, segundo a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
"A economia palestina está à beira de um colapso. Em 2005, ela já estava muito debilitada para poder suportar uma intensificação do prolongado conflito e um corte da ajuda externa", afirmou nesta terça-feira em Genebra o coordenador de assistência ao povo palestino da Unctad, Raja Khalidi.
O organismo da ONU (Organização das Nações Unidas) elaborou um relatório sobre a situação econômica atual dos palestinos, após a redução da ajuda internacional e as medidas tomadas por Israel contra Gaza e os territórios ocupados da Cisjordânia.
Linha de pobreza
O relatório mostra que, ao fim deste ano, duas em cada três famílias palestinas estarão abaixo da linha de pobreza, com renda de menos de US$ 385 ao mês.
No final de 2005, a renda média das famílias palestinas já estava próxima aos US$ 355.
"As famílias já esgotaram as estratégias de sobrevivência, e estão se endividando cada vez mais", disse o responsável da ONU.
No final deste ano, mais de 50 % da população pode estar desempregada, uma percentagem que já atinge os 35%, segundo os últimos dados.
Caso a redução da ajuda internacional seja de 30% ao longo dos próximos anos, "o melhor dos cenários possíveis", segundo Khalidi, o conjunto da economia registraria uma queda de mais de 17%, entre 2005 e 2007.
50%
No entanto, se a redução for ainda mais forte, e chegar aos 50%, tal como ocorreu este ano, as perdas chegariam a US$ 5,4 bilhões, e 531 mil postos de trabalho seriam eliminados.
"O corte da ajuda internacional aplicado este ano é de 50%, o que significa que as contribuições prometidas pela comunidade internacional na conferência de Estocolmo não são suficientes", afirmou.
A UE e os EUA consideram o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que ocupa o Governo na Palestina, uma organização terrorista, e após sua vitória nas eleições gerais de janeiro decidiram suspender a ajuda humanitária à Autoridade Nacional Palestina (ANP), embora posteriormente tenha sido aprovado um mecanismo alternativo para o envio de fundos.
O responsável da ONU chamou a atenção para o paradoxo de que, após esse corte, "a economia palestina jamais foi tão dependente da ajuda externa", já que seu déficit comercial aumentou em 60% entre 2002 e 2005, e já representa 55% da riqueza nacional.
O relatório será examinado em 29 de setembro pela Junta de Comércio e Desenvolvimento da Unctad, que se reunirá em Genebra.
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