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18/10/2006 - 19h57

Começa campanha para 2º turno no Equador

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da Folha Online

Os candidatos à Presidência do Equador que irão ao segundo turno, Álvaro Noboa e Rafael Correa, retomaram seus atos de campanha nesta quarta-feira (18) sem que se conheçam ainda os resultados oficiais do primeiro turno.

Noboa, do Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian), fez hoje campanha na Ilha Trinitária, um setor pobre da cidade de Guaiaquil,.

A mensagem que Noboa continua repetindo é dirigida aos pobres, a quem prometeu emprego, moradia, saúde e microcréditos. A campanha parece ter cativado o eleitorado, já que sua popularidade subiu nos últimos dias da campanha do primeiro turno, realizado em 15 de outubro.

O candidato do movimento Aliança País, Rafael Correa, visitou os meios de imprensa em Quito para "agradecer" seu voto aos que lhe apoiaram, segundo explicou antes de viajar à cidade andina de Cuenca, no sul do país.

Correa disse hoje que sua campanha para o segundo turno será de "confrontação e de propostas", com "muita contraposição: O (Noboa) diz isso, nós dizemos aquilo".

O esquerdista também denunciou que o primeiro turno foi "roubado, com todas as irregularidades que aconteceram". Ele responsabilizou o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), a Missão de Observação da Organização dos Estados Americanos (OEA) e os partidos da direita pelas irregularidades.

Para o segundo turno, Correa conta com o apoio da Esquerda Democrática (IDE), um dos principais partidos do país.

Resultado parcial

Com 87,45% dos votos apurados, segundo o boletim oficial do TSE, o magnata do setor bananeiro Noboa tinha 26,32% dos votos e o esquerdista Correa 23,15%.

Em terceiro lugar, com o 17,26%, está o populista Gilmar Gutiérrez, irmão do destituído chefe de Estado Lúcio Gutiérrez, e em quarto o social-democrata León Roldós, com 15,27%.

Sobre a composição do Congresso unicameral, composto por 100 deputados, há dados de algumas Províncias, mas estes ainda não são significativos para oferecer um mapa da divisão de cadeiras.

Problemas

O presidente do TSE, Xabier Cazar, foi convocado pelo Congresso para prestar contas de sua atuação à Câmara e para falar sobre a confusão e a dúvida que se abateu sobre o país com o atraso na divulgação dos resultados eleitorais.

Também deverá explicar a contratação, por US$ 5,2 milhões, da empresa brasileira E-Vote, que deveria ter realizado uma apuração rápida dos votos.

A falta de dados reais imediatos da apuração, que os cidadãos esperavam para uma hora e meia ou duas horas após finalizada a votação, detonaram as acusações de fraude no país.

O promotor de Quito, Washington Pesantez, iniciou uma investigação e periciou ontem à noite os escritórios da E-Vote, após haver recebido uma denúncia por crime de informática contra a empresa, com a qual o TSE rescindiu o contrato e anunciou que executará suas sanções.

A Controladoria do Equador, que supervisiona os contratos do Estado, acusou o TSE de ter fechado o contrato com a E-Vote sem cumprir os requisitos exigidos pela lei.

Paulo Martins, presidente da E-Vote, afirmou hoje que, apesar das acusações que lhe são feitas, não têm vínculos econômicos ou políticos no país, descartando sua participação em uma possível fraude eleitoral.

Martins assegurou que não recebeu oficialmente a comunicação do TSE sobre a rescisão unilateral do contrato, anunciada na segunda-feira (16) através dos meios de comunicação.

Com Efe

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