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07/11/2006 - 08h09

Americanos vão hoje às urnas para renovar Congresso

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da Folha Online

Cerca de 200 milhões de eleitores americanos estão aptos para ir às urnas nesta terça-feira para renovar toda a Câmara dos Representantes (deputados), um terço do Senado e 36 governadores dos 50 Estados do país. O voto nos EUA não é obrigatório.

Os primeiros centros de votação para as eleições legislativas e locais nos Estados Unidos abriram suas portas nos Estados da Nova Inglaterra.

Como é tradicional, os primeiros a poder votar foram os cidadãos de Vermont, onde os colégios abrem a partir das 5h (8h de Brasília).

Os primeiros fechamentos de colégios começarão a acontecer por volta das 21h de Brasília, nos Estados de Indiana e Kentucky. A votação só será dada como encerrada por volta das 3h (horário de Brasília) desta quarta-feira, hora prevista para o fechamento dos últimos colégios, no Alasca.

Atualmente liderado por uma maioria republicana, o Congresso pode passar para o controle do Partido Democrata após as eleições. Desde 1994, os republicanos controlam as duas casas, à exceção de um breve período em que os democratas lideraram o Senado.

Na Câmara dos Representantes, os democratas precisam conquistar mais 15 vagas para se tornarem maioria; no Senado, eles precisam ganhar 24 das 33 vagas em disputa para passarem à frente dos republicanos. Dos senadores que deixam suas vagas, 17 são democratas, 15 são republicanos e um é independente.

Nos Estados também há uma disputa entre os dois partidos. Atualmente, os republicanos governam 28 dos 50 Estados americanos, enquanto os democratas governam 22. Dos 36 Estados em disputa, os democratas conseguirão ser maioria entre governadores se conquistarem quatro postos a mais do que já possuem hoje.

A liderança dos Estados é vista como importante arma para os candidatos que disputarão a Presidência americana em 2008, já que os governadores ajudam a arrecadar fundos e conquistar eleitores.

Novas regras

Após as dificuldades enfrentadas na votação de 2000, os EUA aprovaram uma nova lei que rege a disputa eleitoral no país. Naquele ano, problemas com a leitura das cédulas de votação na Flórida ajudaram a alimentar uma disputa de cinco semanas em torno da recontagem dos votos, e foi preciso que a Suprema Corte dos EUA concedesse a vitória ao republicano George W. Bush para a Presidência.

A nova lei prevê a instalação de máquinas de votação eletrônica, sem no entanto abrir mão de um sistema de apoio baseado nas cédulas de papel. Em 2006, mais de 80% dos eleitores usarão urnas eletrônicas. Um terço dos distritos eleitorais utilizará a tecnologia eletrônica pela primeira vez neste ano. É possível também votar pelo correio. Não há previsão para a divulgação dos resultados finais da votação.

Estão previstos também pela nova legislação o registro dos eleitores segundo seus Estados e a chance de que os eleitores cujo direito de votar esteja sendo questionado possam participar do processo em caráter provisório.

Pesquisas

Apesar do favoritismo do Partido Democrata, na véspera da votação, uma pesquisa realizada pelo Instituto Pew indica uma queda na intenção de voto nos democratas, de 50% para 47%.

Já a intenção de voto nos republicanos subiu de 39%, há duas semanas, para 43%.

De acordo com o diretor do Instituto Pew, Andrew Kohut, a mudança foi causada pela queda do apoio dos eleitores independentes (não-filiados a nenhum partido) aos democratas.

Uma segunda pesquisa, realizada pelo jornal "USA Today" em parceria com o Instituto Gallup, apontou que os democratas tem vantagem de 51% das intenções de voto, contra 44% dos republicanos.

Iraque

Segundo especialistas, o principal motivo do favoritismo democrata é o conflito no Iraque, que causou queda na popularidade do presidente republicano George W. Bush.

No domingo (5), há apenas dois dias da votação, o Tribunal Penal Iraquiano condenou o ex-ditador Saddam Hussein à forca pelas mortes de 148 xiitas em Dujail (norte do Iraque), em 1982.

A decisão foi vista por críticos nos EUA como uma tentativa republicana de aumentar a popularidade do partido entre os eleitores.

De acordo o cientista político Matthew Crenson, 63, professor de desenvolvimento político americano da Johns Hopkins University (EUA), está correta a sensação de que a Guerra do Iraque é o ponto que definirá o voto dos eleitores americanos em 2006.

"As pessoas estão muito desencorajadas, e mesmo bravas, com o que está acontecendo no Iraque. E isso vai mesmo prejudicar os republicanos no Congresso. Parece bem provável que os democratas vão tomar o controle da Câmara dos Representantes, e um também --pouco menos talvez-- no Senado", avalia.

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