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09/11/2006
-
11h06
da Folha Online
O primeiro-ministro de Kosovo, Agim Ceku, disse nesta quinta-feira que ele poderá declarar a independência da região unilateralmente caso um acordo com a Sérvia apoiado pela ONU não lhe garanta oficialmente o status de Estado.
"Não estou ameaçando o Conselho de Segurança (CS) da ONU", disse o primeiro-ministro em uma entrevista coletiva. "Vemos isso [a declaração de independência] como uma possibilidade."
"A forma como declararíamos a independência não será por uma decisão apressada, mas uma decisão tomada em concordância com nossos amigos e parceiros estratégicos", afirmou Ceku.
O líder de Kosovo também solicitou a representantes de potências que deverão se reunir em Viena nesta sexta-feira que digam se vão ou não adiar a decisão que prometeram para o final deste ano.
Segundo diplomatas, Kosovo pode ter que declarar independência se, como suspeitam, o enviado da ONU ao local, Martti Ahtisaari, não recomendar o direto reconhecimento da região pela organização. Para os diplomatas, Ahtisaari provavelmente recomendará que Kosovo inicie um processo de independência, mas deixará o reconhecimento da região como Estado para ser decidida individualmente por cada país, de forma a contentar a Rússia --que possui poder de veto no CS da ONU.
Atraso
Os albaneses de Kosovo, que ainda vivem uma situação indefinida desde que o bombardeio da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos Estados Unidos) expulsaram forças sérvias da região em 1999, pediram que o grupo de países que analisa a questão diga claramente se irá adiar a decisão sobre a independência para 2007 devido a eleições na Sérvia.
A Sérvia opõe a independência de Kosovo, mas não possui controle formal sobre a região desde 1999. O bombardeio da Otan durou 78 dias e expulsou as forças sérvias acusadas de realizarem limpeza étnica e atrocidades contra os albaneses de Kosovo, em um conflito de dois anos com rebeldes separatistas. Cerca de dez mil albaneses morreram.
Ontem, a nova Constituição da Sérvia do período pós-Slobodan Milosevic foi ratificada na capital do país, Belgrado. O texto, em seu preâmbulo, reivindica o controle sobre Kosovo, considerada pela Constituição como região inseparável. A Constituição foi aprovada por um referendo popular no dia 29 de outubro último e foi adotada por unanimidade.
Com agências internacionais
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O primeiro-ministro de Kosovo, Agim Ceku, disse nesta quinta-feira que ele poderá declarar a independência da região unilateralmente caso um acordo com a Sérvia apoiado pela ONU não lhe garanta oficialmente o status de Estado.
"Não estou ameaçando o Conselho de Segurança (CS) da ONU", disse o primeiro-ministro em uma entrevista coletiva. "Vemos isso [a declaração de independência] como uma possibilidade."
"A forma como declararíamos a independência não será por uma decisão apressada, mas uma decisão tomada em concordância com nossos amigos e parceiros estratégicos", afirmou Ceku.
O líder de Kosovo também solicitou a representantes de potências que deverão se reunir em Viena nesta sexta-feira que digam se vão ou não adiar a decisão que prometeram para o final deste ano.
Segundo diplomatas, Kosovo pode ter que declarar independência se, como suspeitam, o enviado da ONU ao local, Martti Ahtisaari, não recomendar o direto reconhecimento da região pela organização. Para os diplomatas, Ahtisaari provavelmente recomendará que Kosovo inicie um processo de independência, mas deixará o reconhecimento da região como Estado para ser decidida individualmente por cada país, de forma a contentar a Rússia --que possui poder de veto no CS da ONU.
Atraso
Os albaneses de Kosovo, que ainda vivem uma situação indefinida desde que o bombardeio da Otan (Aliança do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos Estados Unidos) expulsaram forças sérvias da região em 1999, pediram que o grupo de países que analisa a questão diga claramente se irá adiar a decisão sobre a independência para 2007 devido a eleições na Sérvia.
A Sérvia opõe a independência de Kosovo, mas não possui controle formal sobre a região desde 1999. O bombardeio da Otan durou 78 dias e expulsou as forças sérvias acusadas de realizarem limpeza étnica e atrocidades contra os albaneses de Kosovo, em um conflito de dois anos com rebeldes separatistas. Cerca de dez mil albaneses morreram.
Ontem, a nova Constituição da Sérvia do período pós-Slobodan Milosevic foi ratificada na capital do país, Belgrado. O texto, em seu preâmbulo, reivindica o controle sobre Kosovo, considerada pela Constituição como região inseparável. A Constituição foi aprovada por um referendo popular no dia 29 de outubro último e foi adotada por unanimidade.
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