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23/11/2006
-
21h38
da Folha Online
O ex-espião russo envenenado Alexander Litvinenko, 43, morreu nesta quinta-feira em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital londrino. Os médicos afirmam não saber exatamente qual a causa da morte.
Litvinenko, um duro crítico do governo russo, estava internado desde 1º de novembro, depois de sentir-se mal por um suposto envenenamento.
Ele teve falha cardíaca e estava pesadamente sedado, enquanto os médicos se esforçavam para identificar o que teria feito o homem de 43 anos ficar tão doente. O diretor da UTI do hospital, Geoff Bellingan, disse que não se sabe ainda a causa da morte.
O ex-espião investigava o assassinato de outro detrator do Kremlin --a jornalista investigativa Anna Politkovskaya.
Após o envenenamento, seu cabelo caiu, sua garganta inchou e seus sistemas nervoso e imunológico ficaram severamente afetados.
Médicos disseram que os testes virtualmente indicaram contaminação por tálio e radiação --toxinas já consideradas possíveis culpadas do envenenamento.
"A equipe médica fez tudo o que era possível para salvar sua vida", disse o porta-voz do hospital Jim Down, confirmando que o russo morreu às 21h21, horário local.
Segundo a polícia, agentes antiterrorismo investigam a morte.
Espionagem
O ex-espião se mudou para o Reino Unido em 2000, quando pediu asilo político no país. Ele se uniu às forças de contra-inteligência da KGB em 1988, e chegou a ser coronel do Serviço de Segurança Nacional da Rússia.
Em 1991, Litvinenko começou a se especializar em terrorismo e crime organizado, e foi transferido para o mais secreto departamento sobre organizações criminosas do serviço de segurança russo em 1997.
Desde que deixou a Rússia, há seis anos, o ex-espião é um feroz crítico do Kremlin. Com relação ao assassinato de Politkovskaya, sobre o qual ele teria discutido com um contato italiano no dia do envenenamento, Litvinenko culpou o presidente da Rússia.
Livro
Em 2003, Litvinenko escreveu um livro no qual acusa o serviço secreto da Rússia de estar por trás da explosão de apartamentos em 1999 que mataram mais de 300 pessoas no país.
As explosões foram o estopim da segunda guerra da Tchetchênia.
Um legislador de oposição ao governo russo afirmou ao jornal "Moscow Times" que uma lei aprovada em 2006 na Rússia permite que agentes do país operem no exterior. "Eu não descarto a possibilidade de que nossos rapazes são os responsáveis [pelo envenenamento do ex-espião]", disse o legislador Viktor Ilyukhin ao jornal.
Com Associated Press
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Ex-espião russo envenenado morre em Londres
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O ex-espião russo envenenado Alexander Litvinenko, 43, morreu nesta quinta-feira em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital londrino. Os médicos afirmam não saber exatamente qual a causa da morte.
Litvinenko, um duro crítico do governo russo, estava internado desde 1º de novembro, depois de sentir-se mal por um suposto envenenamento.
Ele teve falha cardíaca e estava pesadamente sedado, enquanto os médicos se esforçavam para identificar o que teria feito o homem de 43 anos ficar tão doente. O diretor da UTI do hospital, Geoff Bellingan, disse que não se sabe ainda a causa da morte.
| Efe |
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| Alexander Litvinenko, ex-espião russo internado em Londres |
Após o envenenamento, seu cabelo caiu, sua garganta inchou e seus sistemas nervoso e imunológico ficaram severamente afetados.
Médicos disseram que os testes virtualmente indicaram contaminação por tálio e radiação --toxinas já consideradas possíveis culpadas do envenenamento.
"A equipe médica fez tudo o que era possível para salvar sua vida", disse o porta-voz do hospital Jim Down, confirmando que o russo morreu às 21h21, horário local.
Segundo a polícia, agentes antiterrorismo investigam a morte.
Espionagem
O ex-espião se mudou para o Reino Unido em 2000, quando pediu asilo político no país. Ele se uniu às forças de contra-inteligência da KGB em 1988, e chegou a ser coronel do Serviço de Segurança Nacional da Rússia.
Em 1991, Litvinenko começou a se especializar em terrorismo e crime organizado, e foi transferido para o mais secreto departamento sobre organizações criminosas do serviço de segurança russo em 1997.
Desde que deixou a Rússia, há seis anos, o ex-espião é um feroz crítico do Kremlin. Com relação ao assassinato de Politkovskaya, sobre o qual ele teria discutido com um contato italiano no dia do envenenamento, Litvinenko culpou o presidente da Rússia.
Livro
Em 2003, Litvinenko escreveu um livro no qual acusa o serviço secreto da Rússia de estar por trás da explosão de apartamentos em 1999 que mataram mais de 300 pessoas no país.
As explosões foram o estopim da segunda guerra da Tchetchênia.
Um legislador de oposição ao governo russo afirmou ao jornal "Moscow Times" que uma lei aprovada em 2006 na Rússia permite que agentes do país operem no exterior. "Eu não descarto a possibilidade de que nossos rapazes são os responsáveis [pelo envenenamento do ex-espião]", disse o legislador Viktor Ilyukhin ao jornal.
Com Associated Press
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