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27/11/2006
-
16h29
da Folha Online
O presidente do Líbano, Émile Lahoud, disse nesta segunda-feira que não assinará o documento aprovado pelo governo que autoriza a criação de um tribunal internacional para julgar os assassinos do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik al Hariri, por considerar o Executivo "anticonstitucional".
A recusa de Lahoud pode aprofundar a crise do governo libanês, que segundo especialistas, pode levar o país a uma guerra civil.
No último sábado, o governo, à revelia de seis ministros pró-sírios que renunciaram em protesto, deu sinal verde à criação de um tribunal internacional proposto pela ONU. Lahoud também se recusou a assinar a transferência do caso do assassinato do ministro da Indústria, Pierre Gemayel, ao Conselho Constitucional, a instância judicial mais elevada do país. Gemayel foi morto a tiros na última terça-feira (21) em Beirute.
"Não o assinarei porque considero este gabinete anticonstitucional desde que uma comunidade religiosa [xiita] retirou seus ministros", disse o governante a um grupo de estudantes, segundo um comunicado publicado hoje por seu escritório de imprensa.
Lahoud se referia a cinco dos 24 ministros que renunciaram, os pertencentes aos grupos xiitas Amal e Hizbollah --únicos representantes da comunidade muçulmana xiita no governo.
Complô
As decisões tomadas pelo gabinete precisam ser ratificadas pelo presidente do país e do Parlamento, cujo líder, Nabih Berri, também é dirigente do grupo xiita Amal.
O projeto já foi avalizado pelo Conselho de Segurança da ONU em 21 de novembro, mas seu processo de ratificação é longo e complexo. A próxima etapa agora é justamente sua aprovação pelo Parlamento libanês.
O lado libanês pró-sírio é acusado de querer impedir a criação deste tribunal internacional para dissimular um eventual envolvimento da Síria no assassinato de Al Hariri.
Lahoud afirmou que o complô contra o Líbano começou com este assassinato, em fevereiro de 2005, num atentado com um carro-bomba em Beirute. O ataque matou outras 22 pessoas, entre elas o deputado e ex-ministro Bassel Fleihan, e feriu mais de 200.
A maioria parlamentar, reunida em torno da plataforma anti-Síria Forças do 14 de Março, acusa o regime sírio e seus aliados libaneses de perpetrarem atentado. Além disso, a plataforma exige a renúncia do presidente.
"Os objetivos desta conspiração são isolar o Líbano do mundo pan-árabe e privá-lo de sua resistência para que não possa restaurar seus direitos legítimos", disse Lahoud. O presidente libanês reiterou que não abandonará o cargo antes do fim do seu mandato e que não permitirá que o Líbano "torne-se a terceira vítima, depois da Palestina e do Iraque".
Lahoud frisou ainda que não permitirá "que uma nova guerra civil aconteça no Líbano".
Com Efe
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O presidente do Líbano, Émile Lahoud, disse nesta segunda-feira que não assinará o documento aprovado pelo governo que autoriza a criação de um tribunal internacional para julgar os assassinos do ex-primeiro-ministro libanês, Rafik al Hariri, por considerar o Executivo "anticonstitucional".
A recusa de Lahoud pode aprofundar a crise do governo libanês, que segundo especialistas, pode levar o país a uma guerra civil.
No último sábado, o governo, à revelia de seis ministros pró-sírios que renunciaram em protesto, deu sinal verde à criação de um tribunal internacional proposto pela ONU. Lahoud também se recusou a assinar a transferência do caso do assassinato do ministro da Indústria, Pierre Gemayel, ao Conselho Constitucional, a instância judicial mais elevada do país. Gemayel foi morto a tiros na última terça-feira (21) em Beirute.
"Não o assinarei porque considero este gabinete anticonstitucional desde que uma comunidade religiosa [xiita] retirou seus ministros", disse o governante a um grupo de estudantes, segundo um comunicado publicado hoje por seu escritório de imprensa.
Lahoud se referia a cinco dos 24 ministros que renunciaram, os pertencentes aos grupos xiitas Amal e Hizbollah --únicos representantes da comunidade muçulmana xiita no governo.
Complô
As decisões tomadas pelo gabinete precisam ser ratificadas pelo presidente do país e do Parlamento, cujo líder, Nabih Berri, também é dirigente do grupo xiita Amal.
O projeto já foi avalizado pelo Conselho de Segurança da ONU em 21 de novembro, mas seu processo de ratificação é longo e complexo. A próxima etapa agora é justamente sua aprovação pelo Parlamento libanês.
O lado libanês pró-sírio é acusado de querer impedir a criação deste tribunal internacional para dissimular um eventual envolvimento da Síria no assassinato de Al Hariri.
Lahoud afirmou que o complô contra o Líbano começou com este assassinato, em fevereiro de 2005, num atentado com um carro-bomba em Beirute. O ataque matou outras 22 pessoas, entre elas o deputado e ex-ministro Bassel Fleihan, e feriu mais de 200.
A maioria parlamentar, reunida em torno da plataforma anti-Síria Forças do 14 de Março, acusa o regime sírio e seus aliados libaneses de perpetrarem atentado. Além disso, a plataforma exige a renúncia do presidente.
"Os objetivos desta conspiração são isolar o Líbano do mundo pan-árabe e privá-lo de sua resistência para que não possa restaurar seus direitos legítimos", disse Lahoud. O presidente libanês reiterou que não abandonará o cargo antes do fim do seu mandato e que não permitirá que o Líbano "torne-se a terceira vítima, depois da Palestina e do Iraque".
Lahoud frisou ainda que não permitirá "que uma nova guerra civil aconteça no Líbano".
Com Efe
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