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01/12/2006
-
19h43
da Efe, em Washington
As quatro divisões do Exército do Iraque que operam ao norte do país estarão, a partir de fevereiro, sob o comando de oficiais iraquianos, afirmou hoje o general do Exército americano Benjamin Mixon.
Mixon, general de duas estrelas, é o comandante da 25ª Divisão de Infantaria dos EUA e comandante da Divisão Multinacional Norte. Numa teleconferência no Iraque, ele falou com jornalistas em Washington.
O Estado-Maior Conjunto está revisando a estratégia no país invadido em março de 2003, num momento em que o número de soldados americanos mortos no conflito se aproxima de 3.000 e o de feridos passa de 20.000.
Por sua vez, o Grupo de Estudos sobre o Iraque liderado pelo ex-secretário de Estado James Baker e o ex-legislador democrata Lee Hamilton prepara recomendações que incluem a retirada da maior parte das tropas americanas do Iraque no início de 2008.
A área de responsabilidade de Mixon cobre seis províncias no Iraque, nas quais ficam as cidades de Kirkuk, Balad, Tikrit, Mossul e Samarra.
Mixon disse que o enfoque principal de sua força é "a instrução e a colaboração com os soldados e policiais iraquianos para dar segurança aos 11 milhões de iraquianos que vivem na área". Nessa região vivem sunitas, xiitas, curdos, turcomanos e assírios.
O general ressaltou que, "à medida que as Forças de Segurança iraquianas forem mais capazes, as forças americanas e coligadas terão um papel mais indireto, embora se manterá o enfoque de eliminar a Al Qaeda do Iraque".
Os EUA têm atualmente quase 150.000 soldados no Iraque, e o presidente George W. Bush disse esta semana que só haverá uma retirada quando a missão do país estiver concluída e "o Governo do Iraque pedir" que os americanos saiam.
O general Mixon disse que uma divisão dentro de sua área de responsabilidade já se encontra sob pleno controle do Governo iraquiano, e a outra teve seu comando transferido hoje, sexta-feira.
"Uma terceira divisão será transferida no fim de janeiro e, em fevereiro, as quatro divisões iraquianas na Divisão Multinacional Norte estarão sob o comando de oficiais iraquianos", acrescentou.
Controvérsia
O premiê iraquiano, Nuri al Maliki, considera que as forças iraquianas poderiam cuidar plenamente da segurança no Iraque e tomar o lugar das tropas americanas já em junho de 2007.
Al Maliki deu ontem estas declarações à cadeia americana de televisão ABC.
"Posso assegurar que as forças iraquianas estarão prontas, plenamente prontas, para receber esta ordem [de assumir o controle] e de dirigir suas próprias forças. Posso dizer que para junho as nossas estarão preparadas", disse Al Maliki.
Em outro momento da entrevista, Al Maliki é questionado sobre um memorando, de 8 de novembro, firmado pelo conselheiro de Segurança da Casa Branca, Stephen Hadley, após uma visita a Bagdá.
Neste documento, publicado na quarta-feira da semana passada pelo "New York Times", Hadley expressa suas dúvidas sobre a capacidade de Maliki para controlar a violência no Iraque e recomenda que os EUA adotem novos passos para fortalecer o premiê, muito dependente de partidos radicais xiitas.
"Suas intenções parecem boas quando fala com os americanos, e informes confidenciais sugerem que está tentando fazer frente à hierarquia sunita e motivar uma mudança positiva", escreve o conselheiro.
No entanto, destaca, "a realidade nas ruas de Bagdá aponta que Maliki desconhece o que se passa, ou que está escamoteando quais são suas intenções, ou não tem ainda a capacidade de converter em realidade suas boas intenções".
Com agências internacionais
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As quatro divisões do Exército do Iraque que operam ao norte do país estarão, a partir de fevereiro, sob o comando de oficiais iraquianos, afirmou hoje o general do Exército americano Benjamin Mixon.
Mixon, general de duas estrelas, é o comandante da 25ª Divisão de Infantaria dos EUA e comandante da Divisão Multinacional Norte. Numa teleconferência no Iraque, ele falou com jornalistas em Washington.
O Estado-Maior Conjunto está revisando a estratégia no país invadido em março de 2003, num momento em que o número de soldados americanos mortos no conflito se aproxima de 3.000 e o de feridos passa de 20.000.
Por sua vez, o Grupo de Estudos sobre o Iraque liderado pelo ex-secretário de Estado James Baker e o ex-legislador democrata Lee Hamilton prepara recomendações que incluem a retirada da maior parte das tropas americanas do Iraque no início de 2008.
A área de responsabilidade de Mixon cobre seis províncias no Iraque, nas quais ficam as cidades de Kirkuk, Balad, Tikrit, Mossul e Samarra.
Mixon disse que o enfoque principal de sua força é "a instrução e a colaboração com os soldados e policiais iraquianos para dar segurança aos 11 milhões de iraquianos que vivem na área". Nessa região vivem sunitas, xiitas, curdos, turcomanos e assírios.
O general ressaltou que, "à medida que as Forças de Segurança iraquianas forem mais capazes, as forças americanas e coligadas terão um papel mais indireto, embora se manterá o enfoque de eliminar a Al Qaeda do Iraque".
Os EUA têm atualmente quase 150.000 soldados no Iraque, e o presidente George W. Bush disse esta semana que só haverá uma retirada quando a missão do país estiver concluída e "o Governo do Iraque pedir" que os americanos saiam.
O general Mixon disse que uma divisão dentro de sua área de responsabilidade já se encontra sob pleno controle do Governo iraquiano, e a outra teve seu comando transferido hoje, sexta-feira.
"Uma terceira divisão será transferida no fim de janeiro e, em fevereiro, as quatro divisões iraquianas na Divisão Multinacional Norte estarão sob o comando de oficiais iraquianos", acrescentou.
Controvérsia
O premiê iraquiano, Nuri al Maliki, considera que as forças iraquianas poderiam cuidar plenamente da segurança no Iraque e tomar o lugar das tropas americanas já em junho de 2007.
Al Maliki deu ontem estas declarações à cadeia americana de televisão ABC.
"Posso assegurar que as forças iraquianas estarão prontas, plenamente prontas, para receber esta ordem [de assumir o controle] e de dirigir suas próprias forças. Posso dizer que para junho as nossas estarão preparadas", disse Al Maliki.
Em outro momento da entrevista, Al Maliki é questionado sobre um memorando, de 8 de novembro, firmado pelo conselheiro de Segurança da Casa Branca, Stephen Hadley, após uma visita a Bagdá.
Neste documento, publicado na quarta-feira da semana passada pelo "New York Times", Hadley expressa suas dúvidas sobre a capacidade de Maliki para controlar a violência no Iraque e recomenda que os EUA adotem novos passos para fortalecer o premiê, muito dependente de partidos radicais xiitas.
"Suas intenções parecem boas quando fala com os americanos, e informes confidenciais sugerem que está tentando fazer frente à hierarquia sunita e motivar uma mudança positiva", escreve o conselheiro.
No entanto, destaca, "a realidade nas ruas de Bagdá aponta que Maliki desconhece o que se passa, ou que está escamoteando quais são suas intenções, ou não tem ainda a capacidade de converter em realidade suas boas intenções".
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