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06/12/2006 - 21h52

Negociação sobre gás boliviano será ampliada por mais quatro meses

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da Efe, em La Paz

A Petrobras e a empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) combinaram hoje um prazo de mais quatro meses para continuar a negociação sobre o preço do gás exportado da Bolívia para o Brasil.

Foi o que anunciaram os porta-vozes da YPFB em comunicado, após o fim da reunião entre representantes de ambas as entidades na Bolívia, na cidade de Santa Cruz (oeste).

"As duas empresas fizeram um acordo para submeter a seus respectivos diretórios a proposta de ampliar as discussões por 120 dias", assinala o documento emitido pela YPFB.

O objetivo é "estudar e avaliar" nesse tempo "as propostas que poderiam satisfazer os interesses" das duas petrolíferas, indica a entidade.

O Brasil compra atualmente à Bolívia cerca de 26 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, praticamente a metade de seu consumo.

O governo de Evo Morales pretende obter um aumento significativo do preço do combustível exportado para o Brasil, atualmente de US$ 4 por milhão de unidade térmica britânica (BTU), US$ 1 a menos que a tarifa paga pela Argentina.

Novo embaixador

O novo embaixador do Brasil em La Paz, Frederico Cezar de Araújo, afirmou hoje que os acordos que as estatais YPFB e Petrobras fizerem propiciarão mais investimentos da empresa brasileira na Bolívia.

Após apresentar em La Paz suas cartas credenciais ao presidente boliviano, Evo Morales, o diplomata disse que os acertos entre ambas as empresas estatais serão "muito positivos" e, portanto, "abrirão as portas" para futuras operações da Petrobras em território boliviano.

A declaração de Araújo coincide com o anúncio feito pela YPFB e Petrobras de estender por quatro meses as negociações sobre o preço do gás que a Bolívia exporta para o Brasil.

Além disso, o outro objetivo é conseguir que a YPFB controle pelo menos 51% de duas refinarias cuja propriedade está em mãos da Petrobras, apesar de terem sido nacionalizadas em maio de 2006.

As afirmações do novo embaixador também coincidiram com as feitas pelo presidente da estatal brasileira, Sérgio Gabrielli, que afirmou que o contrato assinado com o governo boliviano é "equilibrado" e permite à empresa considerar a possibilidade de novos investimentos na Bolívia.

A Petrobras e outras 11 petrolíferas assinaram recentemente novos convênios com o Executivo boliviano, promulgados no domingo como lei pelo próprio presidente, para que possam continuar suas operações no país.

O embaixador brasileiro também confirmou a participação de Lula na 2ª Cúpula Sul-Americana, que começará daqui a dois dias na cidade de Cochabamba, no centro da Bolívia.

O presidente brasileiro chegará à sede da cúpula "na próxima sexta-feira" e provavelmente se reunirá com Morales.

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