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07/12/2006 - 09h37

Premiê iraquiano se nega a comentar relatório sobre Iraque

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da Folha Online

Apesar de gerar reações em todo o mundo, um relatório elaborado por uma comissão especial bipartidária americana e divulgado ontem sobre a Guerra do Iraque ainda não foi avaliado pelo próprio premiê iraquiano, Nouri al Maliki. Al Maliki afirmou nesta quinta-feira que não fará declarações sobre o relatório Baker enquanto não tiver lido o documento, segundo um comunicado governamental.

"Al Maliki foi informado sobre o relatório Baker-Hamilton através de um circuito fechado de televisão", assegura a nota. A dura avaliação sobre a guerra, que propõe a suspensão do apoio ao governo do país pelos EUA caso não sejam sentidas melhoras significativas na segurança, foi elaborada nos Estados Unidos pelo chamado Grupo de Estudo sobre o Iraque --e aparentemente não contou com a colaboração dos iraquianos.

O grupo, dirigido pelo ex-secretário de Estado republicano James Baker e o ex-congressista democrata Lee Hamilton, propôs ontem uma intensificação dos esforços políticos e diplomáticos e uma mudança da missão das tropas americanas mobilizadas no Iraque.

O relatório Baker adverte que o Iraque "caminha rumo a um caos que poderia precipitar o desmoronamento do governo iraquiano e uma catástrofe humanitária".

Uma das principais recomendações, segundo Baker e Hamilton, é aumentar a pressão diplomática e abrir linhas de negociação "construtivas" com a Síria e o Irã, países vizinhos ao Iraque. O relatório afirma também que o governo do presidente americano, George W. Bush, deverá abordar a crise entre Israel e os palestinos se quiser alcançar seus objetivos no Oriente Médio.

Israel

O premiê de Israel, Ehud Olmert, disse nesta quinta-feira que não tem nenhuma intenção de iniciar conversas de paz com a Síria, apesar das recomendações neste sentido presentes no relatório Baker. Já sobre a crise palestina, ele afirmou desejar fortemente retomar as negociações para a paz.

O grupo recomendou no relatório que Israel estabeleça negociações diretas com a Síria, com o Líbano e com os palestinos, e argumentou que o esforço para resolver o conflito árabe-israelense poderia melhorar a situação no Iraque.

Olmert, no entanto, rejeitou essa linha de argumentação. "Essa tentativa de criar um elo entre a questão do Iraque e a questão do Oriente Médio... tenho uma visão diferente", disse o premiê.

Segundo ele, as condições não são apropriadas para reavivar as conversas com a Síria, há muito interrompidas. Olmert disse ainda que o presidente Bush não deu nenhuma indicação de que irá pressionar Israel nesse sentido durante sua visita recente aos EUA.

Enquanto a relação com a Síria não avança, a sugestão de negociações com os palestinos foi melhor recebida por Israel, e Olmert disse ser bem-vinda uma iniciativa de paz proposta pela Arábia Saudita --que, de acordo com o premiê, possui pontos interessantes e não deve ser ignorada.

Com agências internacionais

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