Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/12/2006 - 17h14

Isabel Allende reitera necessidade de julgar cúmplices de Pinochet

Publicidade

da Efe, em Madri
da Folha Online

A deputada socialista chilena Isabel Allende, filha do ex-presidente Salvador Allende, disse nesta quarta-feira, após se reunir com o juiz espanhol Baltasar Garzón, que, apesar da morte do ex-ditador Augusto Pinochet, os julgamentos de seus "cúmplices" devem continuar.

No caso do ex-ditador, os processos "obviamente têm que ser suspensos", disse Allende.

A deputada afirmou que, embora Pinochet "não tenha sido o executor, (...) mais abaixo tinha que ter cúmplices que cumpriam as ordens, ou que estavam informados, ou que colaboravam para que ocorressem os assassinatos que foram cometidos".

Segundo a deputada, na reunião de hoje, Garzón assegurou que o processo do Caso Riggs contra a mulher do ex-ditador, Lucía Hiriart, e contra seu secretário, Óscar Aitken, "continuará".

"Acho que seria incompreensível se, no final, desse em nada e a família de Pinochet ficasse com US$ 30 milhões", disse Allende, acrescentando que o dinheiro é patrimônio público chileno e representa "uma vergonha para as instituições, para o Exército, e para o país".

Allende disse que, para ela, é uma "satisfação" poder se reunir com o juiz espanhol, já que, graças a ele, que em 1998 ordenou a detenção de Pinochet em Londres e abriu um processo contra o ex-ditador por terrorismo, genocídio e torturas, "a humanidade deu um passo muito importante".

Morte

O ditador chileno morreu neste domingo, às 14h15 (15h15 pelo horário de Brasília), aos 91 anos, no Hospital Militar de Santiago. Pinochet havia sido internado às pressas na madrugada de domingo (3), após sofrer um ataque cardíaco.

O médico Juan Ignacio Vergara, chefe da equipe médica que atendia Augusto Pinochet, disse que o ditador sofreu um problema cardíaco que não pôde ser superado, apesar de uma série de manobras de reanimação.

Um relatório emitido pelo Hospital Militar de Santiago (às 11h de Brasília de ontem) falava sobre a estabilidade e chances de recuperação de Pinochet. Quatro horas depois, Pinochet sofreu uma "brusca recaída" e morreu.

Pinochet morreu no mesmo dia do aniversário de sua esposa, Lucía Hiriart Rodríguez, que completa 84 anos. Grupos peruanos defensores dos direitos humanos ressaltaram a ironia de que a morte do ditador chileno Augusto Pinochet tenha ocorrido no Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado neste domingo.

Leia mais
  • Saiba mais sobre o ex-ditador chileno Augusto Pinochet
  • Entenda as acusações enfrentadas por Pinochet na Justiça
  • Médicos negam "exagero" em diagnóstico de Pinochet
  • Pinochet, o homem mais temido do Chile, pode escapar da Justiça

    Especial
  • Leia a cobertura completa sobre a morte de Augusto Pinochet
  • Leia o que já foi publicado sobre a ditadura no Chile
  • Veja galeria de imagens de Augusto Pinochet
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página