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13/12/2006
-
20h35
da Efe, em Santiago
O Exército do Chile decidiu hoje dar baixa da instituição ao capitão Augusto Pinochet Molina, que, sem autorização, pronunciou um discurso político durante o funeral de seu avô, o ditador Augusto Pinochet, informaram fontes militares.
O comandante-em-chefe do Exército, general Oscar Izurieta, pediu à presidente Michelle Bachelet a tramitação da baixa, e ela a aprovou imediatamente, disseram as fontes.
Na noite de ontem, o Exército emitiu um comunicado afirmando que o oficial "cometeu uma falta gravíssima à disciplina, e que seriam adotadas as medidas disciplinares que o caso merece".
Segundo a nota, não estava previsto no programa do funeral que o capitão Molina falasse, e que suas declarações "não representam a doutrina nem a opinião oficial" da instituição.
Molina, 34, ressaltou que, como um líder em nível mundial, seu avô "em plena Guerra Fria derrotou o modelo marxista que pretendia impor seu modelo totalitário".
Em meio aos aplausos dos 4.000 presentes ao ato, Molina ressaltou que seu avô derrotou o marxismo, "não através do voto, mas diretamente, pela via armada".
Também criticou os "juízes que buscavam mais renome que a Justiça" nos julgamentos que envolviam o ditador e outros membros de sua família.
A ministra da Defesa chilena, Vivianne Blanlot, presente no funeral, disse depois que Molina "deveria ser punido", pois, como oficial do Exército, é proibido de emitir opiniões políticas, menos ainda em um ato público e usando o uniforme militar.
"Como ministra da Defesa, tenho que dizer que não é aceitável que um oficial em serviço ativo pronuncie um discurso público de caráter político e, além disso, difame poderes do Estado", disse Blanlot aos jornalistas.
"Portanto, condeno esta atitude e espero que o Exército tome as medidas correspondentes nestes casos", disse a ministra.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediu nesta quarta-feira ao Exército que puna o neto do ditador Augusto Pinochet, que possui patente de capitão, pelo discurso com conteúdo político pronunciado durante o enterro do avô.
"Isso representa uma falta gravíssima, e estamos certos de que o Exército saberá atuar como lhe cabe", disse a presidente, durante entrevista à imprensa no palácio presidencial de La Moneda.
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O Exército do Chile decidiu hoje dar baixa da instituição ao capitão Augusto Pinochet Molina, que, sem autorização, pronunciou um discurso político durante o funeral de seu avô, o ditador Augusto Pinochet, informaram fontes militares.
O comandante-em-chefe do Exército, general Oscar Izurieta, pediu à presidente Michelle Bachelet a tramitação da baixa, e ela a aprovou imediatamente, disseram as fontes.
Na noite de ontem, o Exército emitiu um comunicado afirmando que o oficial "cometeu uma falta gravíssima à disciplina, e que seriam adotadas as medidas disciplinares que o caso merece".
Segundo a nota, não estava previsto no programa do funeral que o capitão Molina falasse, e que suas declarações "não representam a doutrina nem a opinião oficial" da instituição.
Molina, 34, ressaltou que, como um líder em nível mundial, seu avô "em plena Guerra Fria derrotou o modelo marxista que pretendia impor seu modelo totalitário".
Em meio aos aplausos dos 4.000 presentes ao ato, Molina ressaltou que seu avô derrotou o marxismo, "não através do voto, mas diretamente, pela via armada".
Também criticou os "juízes que buscavam mais renome que a Justiça" nos julgamentos que envolviam o ditador e outros membros de sua família.
A ministra da Defesa chilena, Vivianne Blanlot, presente no funeral, disse depois que Molina "deveria ser punido", pois, como oficial do Exército, é proibido de emitir opiniões políticas, menos ainda em um ato público e usando o uniforme militar.
"Como ministra da Defesa, tenho que dizer que não é aceitável que um oficial em serviço ativo pronuncie um discurso público de caráter político e, além disso, difame poderes do Estado", disse Blanlot aos jornalistas.
"Portanto, condeno esta atitude e espero que o Exército tome as medidas correspondentes nestes casos", disse a ministra.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, pediu nesta quarta-feira ao Exército que puna o neto do ditador Augusto Pinochet, que possui patente de capitão, pelo discurso com conteúdo político pronunciado durante o enterro do avô.
"Isso representa uma falta gravíssima, e estamos certos de que o Exército saberá atuar como lhe cabe", disse a presidente, durante entrevista à imprensa no palácio presidencial de La Moneda.
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