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14/12/2006
-
18h31
da Folha Online
O neto do ditador Augusto Pinochet, um capitão do Exército afastado por defender o golpe de Estado comandado por seu avô em 1973, afirmou nesta quinta-feira que tinha intenção de se distanciar desta instituição antes de pronunciar seu polêmico discurso.
Durante uma entrevista ao jornal "La Segunda", o neto de Pinochet --que leva o mesmo nome do avô, Augusto-- afirmou que "já estava negociando com os comandantes [o desligamento do Exército]". "Não me sentia bem ali".
O agora ex-capitão foi afastado do Exército nesta quarta-feira (13), depois de ter pronunciado um discurso improvisado e na presença de superiores, como o comandante-chefe do exército, Oscar Izurieta, e a ministra da Defesa, Vivianne Blanlot.
O ex-capitão não disse por que motivos não se sentia bem na instituição comandada por seu avô durante 25 anos (1973-1998).
Desligamento
O Exército do Chile decidiu dar baixa da instituição ao capitão Augusto Pinochet Molina no dia seguinte ao funeral do ditador.
O comandante-em-chefe do Exército pediu à presidente Michelle Bachelet a tramitação da baixa, e ela a aprovou imediatamente, disseram fontes oficiais.
Na noite de terça-feira (data do discurso), o Exército emitiu um comunicado afirmando que o oficial "cometeu uma falta gravíssima à disciplina, e que seriam adotadas as medidas disciplinares que o caso merece".
Segundo a nota, não estava previsto no programa do funeral que o capitão Molina falasse, e que suas declarações "não representam a doutrina nem a opinião oficial" da instituição.
Defesa do golpe
Molina, 34, ressaltou que, como um líder em nível mundial, seu avô "em plena Guerra Fria derrotou o modelo marxista que pretendia impor seu modelo totalitário".
Em meio aos aplausos dos 4.000 presentes ao ato, Molina ressaltou que seu avô derrotou o marxismo "não através do voto, mas diretamente, pela via armada". Ele também criticou os "juízes que buscavam mais renome que justiça" nos julgamentos que envolviam o ditador e outros membros de sua família.
A ministra da Defesa chilena, Vivianne Blanlot, presente no funeral, disse depois que Molina "deveria ser punido", pois, como oficial do Exército, é proibido de emitir opiniões políticas, especialmente em um ato público e usando o uniforme militar.
"Como ministra da Defesa, tenho que dizer que não é aceitável que um oficial em serviço ativo pronuncie um discurso público de caráter político e, além disso, difame poderes do Estado", disse Blanlot aos jornalistas.
Com agências internacionais
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O neto do ditador Augusto Pinochet, um capitão do Exército afastado por defender o golpe de Estado comandado por seu avô em 1973, afirmou nesta quinta-feira que tinha intenção de se distanciar desta instituição antes de pronunciar seu polêmico discurso.
Durante uma entrevista ao jornal "La Segunda", o neto de Pinochet --que leva o mesmo nome do avô, Augusto-- afirmou que "já estava negociando com os comandantes [o desligamento do Exército]". "Não me sentia bem ali".
O agora ex-capitão foi afastado do Exército nesta quarta-feira (13), depois de ter pronunciado um discurso improvisado e na presença de superiores, como o comandante-chefe do exército, Oscar Izurieta, e a ministra da Defesa, Vivianne Blanlot.
O ex-capitão não disse por que motivos não se sentia bem na instituição comandada por seu avô durante 25 anos (1973-1998).
Desligamento
O Exército do Chile decidiu dar baixa da instituição ao capitão Augusto Pinochet Molina no dia seguinte ao funeral do ditador.
O comandante-em-chefe do Exército pediu à presidente Michelle Bachelet a tramitação da baixa, e ela a aprovou imediatamente, disseram fontes oficiais.
Na noite de terça-feira (data do discurso), o Exército emitiu um comunicado afirmando que o oficial "cometeu uma falta gravíssima à disciplina, e que seriam adotadas as medidas disciplinares que o caso merece".
Segundo a nota, não estava previsto no programa do funeral que o capitão Molina falasse, e que suas declarações "não representam a doutrina nem a opinião oficial" da instituição.
Defesa do golpe
Molina, 34, ressaltou que, como um líder em nível mundial, seu avô "em plena Guerra Fria derrotou o modelo marxista que pretendia impor seu modelo totalitário".
Em meio aos aplausos dos 4.000 presentes ao ato, Molina ressaltou que seu avô derrotou o marxismo "não através do voto, mas diretamente, pela via armada". Ele também criticou os "juízes que buscavam mais renome que justiça" nos julgamentos que envolviam o ditador e outros membros de sua família.
A ministra da Defesa chilena, Vivianne Blanlot, presente no funeral, disse depois que Molina "deveria ser punido", pois, como oficial do Exército, é proibido de emitir opiniões políticas, especialmente em um ato público e usando o uniforme militar.
"Como ministra da Defesa, tenho que dizer que não é aceitável que um oficial em serviço ativo pronuncie um discurso público de caráter político e, além disso, difame poderes do Estado", disse Blanlot aos jornalistas.
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