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27/12/2006
-
20h35
da Folha Online
A Casa Branca disse nesta quarta-feira esperar a explosão de novos atos de violência por parte de partidários do ex-presidente Saddam Hussein com o enforcamento de seu líder.
A eventualidade de violência ligada à execução de Saddam "é, certamente, algo de que as forças multinacionais e as forças iraquianas estão conscientes", declarou o porta-voz da Casa Branca Scott Stanzel, em Crawford (Texas, sul dos EUA), onde o presidente George W. Bush passa os últimos dias do ano.
"Vimos, no passado, que os inimigos se valeram de qualquer desculpa para fomentar a violência, e é algo que acompanhamos atentamente", disse Stanzel à imprensa, um dia após a confirmação da condenação do ex-ditador iraquiano à morte.
Saddam Hussein, condenado pela execução de 148 civis xiitas na década de 80 em represália a um atentado contra o comboio presidencial, pode ser enforcado a qualquer momento.
Stenzel negou que o governo americano esteja envolvido na decisão sobre a data da execução. "Isso é assunto dos iraquianos, e somos apenas observadores do processo. Têm um governo soberano e eles mesmos tomarão suas decisões sobre a execução [desta decisão] da Justiça", completou o porta-voz.
Tarek Aziz
O ex-vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, quer testemunhar no caso Anfal, sobre a repressão aos curdos, antes da execução do presidente deposto Saddam Hussein, condenado à morte pelo massacre de xiitas, anunciou nesta quarta-feira o advogado de Aziz.
"Aziz pediu para testemunhar no caso Anfal antes da execução da condenação à morte de Saddam Hussein, e este é também o desejo de Saddam Hussein", declarou Aref Ezzat durante um telefonema à France Presse.
"Aziz me disse que tinha informações muito importantes que ele gostaria de esclarecer e divulgar para o mundo", disse seu advogado.
"Essas informações vão provocar um grande embaraço no país e no exterior, sublinhou sem dar mais detalhes.
Segundo seu advogado, "o Alto Tribunal Penal Iraquiano foi informado sobre esse desejo de Tarek Aziz". "Esperamos a resposta", precisou.
Tarek Aziz, 70, que foi o porta-voz do presidente deposto Saddam Hussein na cena internacional, rendeu-se às tropas americanas em abril de 2003. Ele está desde então preso, e sua família pede freqüentemente sua libertação por causa da deterioração de seu estado de saúde.
Saddam Hussein e seis de seus ex-tenentes são julgados desde 21 de agosto por sua responsabilidade nas campanhas militares de Anfal, em 1987-1988, durante as quais mais de 180.000 curdos foram mortos, segundo a acusação.
O ex-ditador já foi condenado à morte por enforcamento no dia 5 de novembro pela execução de 148 moradores xiitas de Dujail, nos anos 80, em represália a um atentado contra o comboio presidencial.
Esta condenação foi ratificada nesta terça-feira pela Corte de apelação do Alto Tribunal Penal iraquiano e a sentença deve ser executada nos próximos 30 dias.
Com France Presse
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A Casa Branca disse nesta quarta-feira esperar a explosão de novos atos de violência por parte de partidários do ex-presidente Saddam Hussein com o enforcamento de seu líder.
A eventualidade de violência ligada à execução de Saddam "é, certamente, algo de que as forças multinacionais e as forças iraquianas estão conscientes", declarou o porta-voz da Casa Branca Scott Stanzel, em Crawford (Texas, sul dos EUA), onde o presidente George W. Bush passa os últimos dias do ano.
"Vimos, no passado, que os inimigos se valeram de qualquer desculpa para fomentar a violência, e é algo que acompanhamos atentamente", disse Stanzel à imprensa, um dia após a confirmação da condenação do ex-ditador iraquiano à morte.
Saddam Hussein, condenado pela execução de 148 civis xiitas na década de 80 em represália a um atentado contra o comboio presidencial, pode ser enforcado a qualquer momento.
Stenzel negou que o governo americano esteja envolvido na decisão sobre a data da execução. "Isso é assunto dos iraquianos, e somos apenas observadores do processo. Têm um governo soberano e eles mesmos tomarão suas decisões sobre a execução [desta decisão] da Justiça", completou o porta-voz.
Tarek Aziz
O ex-vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, quer testemunhar no caso Anfal, sobre a repressão aos curdos, antes da execução do presidente deposto Saddam Hussein, condenado à morte pelo massacre de xiitas, anunciou nesta quarta-feira o advogado de Aziz.
"Aziz pediu para testemunhar no caso Anfal antes da execução da condenação à morte de Saddam Hussein, e este é também o desejo de Saddam Hussein", declarou Aref Ezzat durante um telefonema à France Presse.
"Aziz me disse que tinha informações muito importantes que ele gostaria de esclarecer e divulgar para o mundo", disse seu advogado.
"Essas informações vão provocar um grande embaraço no país e no exterior, sublinhou sem dar mais detalhes.
Segundo seu advogado, "o Alto Tribunal Penal Iraquiano foi informado sobre esse desejo de Tarek Aziz". "Esperamos a resposta", precisou.
Tarek Aziz, 70, que foi o porta-voz do presidente deposto Saddam Hussein na cena internacional, rendeu-se às tropas americanas em abril de 2003. Ele está desde então preso, e sua família pede freqüentemente sua libertação por causa da deterioração de seu estado de saúde.
Saddam Hussein e seis de seus ex-tenentes são julgados desde 21 de agosto por sua responsabilidade nas campanhas militares de Anfal, em 1987-1988, durante as quais mais de 180.000 curdos foram mortos, segundo a acusação.
O ex-ditador já foi condenado à morte por enforcamento no dia 5 de novembro pela execução de 148 moradores xiitas de Dujail, nos anos 80, em represália a um atentado contra o comboio presidencial.
Esta condenação foi ratificada nesta terça-feira pela Corte de apelação do Alto Tribunal Penal iraquiano e a sentença deve ser executada nos próximos 30 dias.
Com France Presse
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