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28/12/2006
-
19h35
da Folha Online
A Casa Branca crê que a execução do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein "poderia ser" no sábado, disse nesta quinta-feira um alto responsável da administração americana que pediu anonimato.
O funcionário disse ter recebido de seus compatriotas em Bagdá sinais de que a sentença de morte não seria aplicada "esta noite [de quinta-feira], horário dos Estados Unidos, nem amanhã, hora do Iraque. Talvez seja outro dia".
Contudo, destacou que a conclusão da execução de Saddam Hussein será decidida pelo governo iraquiano.
"É uma decisão que pertence ao governo do Iraque", assegurou.
No sábado começa a festa muçulmana do Hadj. Neste dia, cada chefe de família muçulmano deve sacrificar uma ovelha, em memória do patriarca Ibrahim (Abraão) que, segundo o Corão, estava a ponto de enforcar seu filho Ismael por ordem de Deus, quando este lhe enviou uma ovelha consagrada ao sacrifício para salvar seu filho.
Repúdio
Tanto o premiê italiano, Romano Prodi, quanto o ministro das Relações Exteriores da Itália, Massimo D'Alema, repudiaram a condenação de Saddam à morte.
Um dos advogados de Saddam Hussein, Giovanni Di Stefano, afirmou hoje em entrevista televisiva que pediu aos Estados Unidos que não entreguem o ex-presidente iraquiano, que consta como prisioneiro de guerra americano, às autoridades iraquianas para ser executado.
Di Stefano disse no canal via satélite "Sky" que os Estados Unidos "têm em suas mãos" o futuro de Hussein e que pode negar-se a entregar o ex-ditador ao Iraque "por não ter tido um julgamento justo".
O advogado italiano afirmou que enviou este pedido à Comissão de Direitos Humanos dos Estados Unidos e que considerou o processo contra Saddam "um julgamento político".
Di Stefano anunciou que verá o ex-ditador iraquiano em 4 de janeiro, após a autorização das autoridades americanas, desmentindo, portanto, que a execução de Saddam fosse ocorrer antes dessa data.
Além disso, o advogado afirmou que o ex-ditador iraquiano "é um homem forte, que sofreu muito" e que "está preparado para morrer".
Com agências internacionais
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Casa Branca crê que execução de Saddam "poderia ser" no sábado
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A Casa Branca crê que a execução do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein "poderia ser" no sábado, disse nesta quinta-feira um alto responsável da administração americana que pediu anonimato.
O funcionário disse ter recebido de seus compatriotas em Bagdá sinais de que a sentença de morte não seria aplicada "esta noite [de quinta-feira], horário dos Estados Unidos, nem amanhã, hora do Iraque. Talvez seja outro dia".
Contudo, destacou que a conclusão da execução de Saddam Hussein será decidida pelo governo iraquiano.
"É uma decisão que pertence ao governo do Iraque", assegurou.
No sábado começa a festa muçulmana do Hadj. Neste dia, cada chefe de família muçulmano deve sacrificar uma ovelha, em memória do patriarca Ibrahim (Abraão) que, segundo o Corão, estava a ponto de enforcar seu filho Ismael por ordem de Deus, quando este lhe enviou uma ovelha consagrada ao sacrifício para salvar seu filho.
Repúdio
Tanto o premiê italiano, Romano Prodi, quanto o ministro das Relações Exteriores da Itália, Massimo D'Alema, repudiaram a condenação de Saddam à morte.
Um dos advogados de Saddam Hussein, Giovanni Di Stefano, afirmou hoje em entrevista televisiva que pediu aos Estados Unidos que não entreguem o ex-presidente iraquiano, que consta como prisioneiro de guerra americano, às autoridades iraquianas para ser executado.
Di Stefano disse no canal via satélite "Sky" que os Estados Unidos "têm em suas mãos" o futuro de Hussein e que pode negar-se a entregar o ex-ditador ao Iraque "por não ter tido um julgamento justo".
O advogado italiano afirmou que enviou este pedido à Comissão de Direitos Humanos dos Estados Unidos e que considerou o processo contra Saddam "um julgamento político".
Di Stefano anunciou que verá o ex-ditador iraquiano em 4 de janeiro, após a autorização das autoridades americanas, desmentindo, portanto, que a execução de Saddam fosse ocorrer antes dessa data.
Além disso, o advogado afirmou que o ex-ditador iraquiano "é um homem forte, que sofreu muito" e que "está preparado para morrer".
Com agências internacionais
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