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03/01/2007
-
13h01
da Folha Online
Um guarda de segurança presente durante a execução do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein foi detido nesta quarta-feira e será interrogado por suspeita de ligação com um vídeo amador do enforcamento, anunciou um assessor do premiê iraquiano, Nouri al Maliki.
"Ele foi detido e está sendo questionado para sabermos os motivos", afirmou o assessor Sadiq al Rikabi, segundo a rede de TV americana CNN. De acordo com Al Rikabi, o suspeito preso é "a mesma pessoa que vazou imagens da execução para sites na internet e estações de TV".
A detenção é conseqüência da investigação lançada ontem pelo governo do Iraque para descobrir como a execução de Saddam foi filmada clandestinamente. O governo prometeu investigar também os responsáveis pelas provocações e a violência verbal e física contra Saddam nos momentos que antecederam seu enforcamento.
A execução, que gerou manifestações violentas em várias partes do Iraque, está sendo apontada como uma vingança xiita contra o regime sunita que dominou o país de 1979 a 2003.
Segundo o assessor de segurança nacional, Mowaffak al Rubaie, que presenciou a execução, o enforcamento não foi uma "vingança sectária", mas o comportamento de alguns presentes era "inaceitável." "Acredito que houve infiltração de pessoas que visavam acirrar a violência", disse.
"Eles pretendiam promover uma causa política, para seus grupos ou seus líderes, mas o governo iraquiano agiu de forma correta", acrescentou Al Rubaie.
O momento escolhido para o enforcamento foi motivo de irritação e protestos, já que sábado foi o primeiro dia do feriado sagrado de Eid al Adha.
Execução
Saddam foi enforcado na sede da antiga inteligência militar iraquiana em Bagdá, na região xiita de Kazamiyah.
De acordo com Sami al Askari, conselheiro político do premiê Nouri al Maliki, ele estava calmo em seus últimos momentos.
Vestindo roupas pretas e chapéu ao invés do uniforme de prisioneiro, o ditador teve as mãos amarradas mas se recusou a aceitar o capuz que lhe cobriria o rosto durante o enforcamento. Seu chapéu foi removido pouco antes de as cordas serem colocadas em volta do pescoço.
Questionado sobre seu desejo de proferir últimas palavras antes da execução, Saddam recusou-se a discursar, segundo Askari. Ele apenas repetiu uma oração em companhia de um clérigo sunita presente no local.
Colaboradores
Nesta quarta-feira, fontes do governo iraquiano e redes de Tv locais informaram que dois ex-colaboradores de Saddam Hussein deverão ser executados amanhã.
Segundo as redes de TV Al Arabiya e Al Furat, o meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim, e o ex-chefe da Corte Revolucionária durante o regime de Saddam, Awad Hamed al Bandar, serão enforcados. As fontes do governo confirmaram a informação em condição de anonimato.
De acordo com as fontes, os detalhes finais --como a hora exata e o local da execução-- ainda estão sendo acertados, já que o Exército dos EUA deve transportar os dois condenados da prisão até o local do enforcamento.
A princípio, Ibrahim e Al Bandar deveriam ter sido executados ao lado de Saddam no último sábado (31). No entanto, oficiais iraquianos disseram que queriam reservar o dia apenas para Saddam. "Queríamos que ele fosse executado em um dia especial", disse o conselheiro de segurança nacional do Iraque, Mouwafak al Rubaie, à TV estatal iraquiana.
Os três réus foram condenados à sentença de morte em 5 de novembro pelas mortes de 148 xiitas da cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra Saddam na década de 80.
Com agências internacionais
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"Ele foi detido e está sendo questionado para sabermos os motivos", afirmou o assessor Sadiq al Rikabi, segundo a rede de TV americana CNN. De acordo com Al Rikabi, o suspeito preso é "a mesma pessoa que vazou imagens da execução para sites na internet e estações de TV".
A detenção é conseqüência da investigação lançada ontem pelo governo do Iraque para descobrir como a execução de Saddam foi filmada clandestinamente. O governo prometeu investigar também os responsáveis pelas provocações e a violência verbal e física contra Saddam nos momentos que antecederam seu enforcamento.
A execução, que gerou manifestações violentas em várias partes do Iraque, está sendo apontada como uma vingança xiita contra o regime sunita que dominou o país de 1979 a 2003.
Segundo o assessor de segurança nacional, Mowaffak al Rubaie, que presenciou a execução, o enforcamento não foi uma "vingança sectária", mas o comportamento de alguns presentes era "inaceitável." "Acredito que houve infiltração de pessoas que visavam acirrar a violência", disse.
"Eles pretendiam promover uma causa política, para seus grupos ou seus líderes, mas o governo iraquiano agiu de forma correta", acrescentou Al Rubaie.
O momento escolhido para o enforcamento foi motivo de irritação e protestos, já que sábado foi o primeiro dia do feriado sagrado de Eid al Adha.
Execução
Saddam foi enforcado na sede da antiga inteligência militar iraquiana em Bagdá, na região xiita de Kazamiyah.
De acordo com Sami al Askari, conselheiro político do premiê Nouri al Maliki, ele estava calmo em seus últimos momentos.
Vestindo roupas pretas e chapéu ao invés do uniforme de prisioneiro, o ditador teve as mãos amarradas mas se recusou a aceitar o capuz que lhe cobriria o rosto durante o enforcamento. Seu chapéu foi removido pouco antes de as cordas serem colocadas em volta do pescoço.
Questionado sobre seu desejo de proferir últimas palavras antes da execução, Saddam recusou-se a discursar, segundo Askari. Ele apenas repetiu uma oração em companhia de um clérigo sunita presente no local.
Colaboradores
Nesta quarta-feira, fontes do governo iraquiano e redes de Tv locais informaram que dois ex-colaboradores de Saddam Hussein deverão ser executados amanhã.
Segundo as redes de TV Al Arabiya e Al Furat, o meio-irmão de Saddam, Barzan Ibrahim, e o ex-chefe da Corte Revolucionária durante o regime de Saddam, Awad Hamed al Bandar, serão enforcados. As fontes do governo confirmaram a informação em condição de anonimato.
De acordo com as fontes, os detalhes finais --como a hora exata e o local da execução-- ainda estão sendo acertados, já que o Exército dos EUA deve transportar os dois condenados da prisão até o local do enforcamento.
A princípio, Ibrahim e Al Bandar deveriam ter sido executados ao lado de Saddam no último sábado (31). No entanto, oficiais iraquianos disseram que queriam reservar o dia apenas para Saddam. "Queríamos que ele fosse executado em um dia especial", disse o conselheiro de segurança nacional do Iraque, Mouwafak al Rubaie, à TV estatal iraquiana.
Os três réus foram condenados à sentença de morte em 5 de novembro pelas mortes de 148 xiitas da cidade de Dujail, após uma tentativa de assassinato contra Saddam na década de 80.
Com agências internacionais
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