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10/01/2007
-
12h14
da Folha Online
A Venezuela deu início, na manhã desta quarta-feira, aos atos solenes para a terceira posse presidencial de Hugo Chávez, com a colocação de uma coroa de flores no túmulo de Simón Bolívar (1783-1830), líder da independência dos países andinos, no centro de Caracas.
Em seu novo mandato, que vai de 2007 a 2013, Chávez pretende implementar a nacionalização de empresas que foram privatizadas e tomar um trajeto rumo a uma república socialista.
Após o ato no Panteão Nacional, Chávez seguiu para o Palácio Legislativo para atender a uma cerimônia com a presença de integrantes do Gabinete Executivo e de representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judicial, e Eleitoral, além de diplomatas.
Em seguida, o chefe de Estado se dirigiu à sede a Assembléia Nacional onde foi conduzido até o Salão Protocolar, para as honras a Chávez e a entoação do Hino Nacional. O secretário da Assembléia Nacional lerá então a ordem do dia, será colocada a faixa presidencial em Chávez e lhe serão entregues as chaves da arca que guarda o livro de atas do Congresso de 1811.
Logo depois, Chávez será juramentado diante da Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Após ser juramentado, o chefe de Estado se dirigirá ao povo venezuelano em um discurso que será transmitido em cadeia nacional de rádio e TV.
Como parte dos atos protocolares, estava previsto também um desfile militar na avenida Los Próceres, em Caracas, que será encabeçada pelo chefe de Estado.
Nacionalização
O projeto socialista de Chávez prevê a nacionalização de empresas que foram privatizadas no início da última década do século 20 e de outras que, sendo privadas em sua origem, controlam setores que Chávez considera "estratégicos" para a soberania e a segurança do país.
É o caso da Companhia Anônima Nacional Telefones da Venezuela (CANTV), privatizada em 1991, de empresas geradoras e provedores de eletricidade e de algumas áreas controladas por multinacionais do petróleo na faixa do Orinoco, segundo disse o próprio presidente ontem.
Na primeira fase, de transição ao socialismo, também será empreendida, segundo Chávez, uma "profunda revisão" da Constituição que os venezuelanos referendaram em dezembro de 1991 e uma atualização de leis como o "Código de Comércio".
Chávez também anunciou que o Banco Central da Venezuela (BCV), órgão emissor do país, deixará de ser autônomo do Executivo para se tornar uma das peças fundamentais de sua política econômica.
Um dos diretores do BCV, Domingo Maza, manifestou seu desacordo com a decisão, e explicou que o Banco deve manter a autonomia sem que isso signifique que não atue em coordenação com o governo.
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Venezuela inicia atos solenes para terceira posse de Chávez
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A Venezuela deu início, na manhã desta quarta-feira, aos atos solenes para a terceira posse presidencial de Hugo Chávez, com a colocação de uma coroa de flores no túmulo de Simón Bolívar (1783-1830), líder da independência dos países andinos, no centro de Caracas.
Em seu novo mandato, que vai de 2007 a 2013, Chávez pretende implementar a nacionalização de empresas que foram privatizadas e tomar um trajeto rumo a uma república socialista.
Após o ato no Panteão Nacional, Chávez seguiu para o Palácio Legislativo para atender a uma cerimônia com a presença de integrantes do Gabinete Executivo e de representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judicial, e Eleitoral, além de diplomatas.
Em seguida, o chefe de Estado se dirigiu à sede a Assembléia Nacional onde foi conduzido até o Salão Protocolar, para as honras a Chávez e a entoação do Hino Nacional. O secretário da Assembléia Nacional lerá então a ordem do dia, será colocada a faixa presidencial em Chávez e lhe serão entregues as chaves da arca que guarda o livro de atas do Congresso de 1811.
Logo depois, Chávez será juramentado diante da Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Após ser juramentado, o chefe de Estado se dirigirá ao povo venezuelano em um discurso que será transmitido em cadeia nacional de rádio e TV.
Como parte dos atos protocolares, estava previsto também um desfile militar na avenida Los Próceres, em Caracas, que será encabeçada pelo chefe de Estado.
Nacionalização
O projeto socialista de Chávez prevê a nacionalização de empresas que foram privatizadas no início da última década do século 20 e de outras que, sendo privadas em sua origem, controlam setores que Chávez considera "estratégicos" para a soberania e a segurança do país.
É o caso da Companhia Anônima Nacional Telefones da Venezuela (CANTV), privatizada em 1991, de empresas geradoras e provedores de eletricidade e de algumas áreas controladas por multinacionais do petróleo na faixa do Orinoco, segundo disse o próprio presidente ontem.
Na primeira fase, de transição ao socialismo, também será empreendida, segundo Chávez, uma "profunda revisão" da Constituição que os venezuelanos referendaram em dezembro de 1991 e uma atualização de leis como o "Código de Comércio".
Chávez também anunciou que o Banco Central da Venezuela (BCV), órgão emissor do país, deixará de ser autônomo do Executivo para se tornar uma das peças fundamentais de sua política econômica.
Um dos diretores do BCV, Domingo Maza, manifestou seu desacordo com a decisão, e explicou que o Banco deve manter a autonomia sem que isso signifique que não atue em coordenação com o governo.
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