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10/01/2007
-
13h22
da Folha Online
O presidente venezuelano Hugo Chávez tomou posse nesta quarta-feira para seu terceiro mandato presidencial, que vai de 2007 a 2013, dizendo que o socialismo é a "salvação" da Venezuela. Em seu novo governo, Chávez pretende promover a nacionalização de empresas.
Ao tomar posse, com a mão direita levantada para os juramentos, Chávez fez uma declaração que ficou famosa com o líder cubano Fidel Castro: "Pátria-mãe: Socialismo ou a morte, eu juro". Ele também fez referência a Jesus: "Eu juro por Cristo...o maior socialista em história", acrescentou.
No discurso que seguiu a posse, Chávez afirmou que seu principal objetivo até 2013 é "construir uma Venezuela socialista". "Eu não tenho a menor dúvida de que [o socialismo] é o único caminho para a redenção de nosso povo e a salvação de nossa Pátria-mãe", disse Chávez.
Segundo ele, o socialismo --e não o capitalismo-- é o único caminho para garantir o bem estar "não apenas da Venezuela, mas do mundo todo".
Os atos solenes tiveram início pela manhã, com a colocação de uma coroa de flores no túmulo de Simón Bolívar (1783-1830), líder da independência dos países andinos, em Caracas.
Após o ato no Panteão Nacional, Chávez seguiu para o Palácio Legislativo para atender a uma cerimônia com a presença de integrantes do Gabinete Executivo e de representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judicial, e Eleitoral, além de diplomatas.
Em seguida, o chefe de Estado se dirigiu à sede da Assembléia Nacional onde foi conduzido até o Salão Protocolar, para as honras a Chávez e a entoação do Hino Nacional. O secretário da Assembléia Nacional leu então a ordem do dia e colocou a faixa presidencial em Chávez.
Logo depois, ele foi juramentado diante da Constituição da República Bolivariana da Venezuela. e fez um discurso ao povo venezuelano, transmitido em cadeia nacional de rádio e TV.
Como parte dos atos protocolares, estava previsto também um desfile militar na avenida Los Próceres, em Caracas, que será encabeçada pelo chefe de Estado.
Nacionalização
O projeto socialista de Chávez prevê a nacionalização de empresas que foram privatizadas no início da última década do século 20 e de outras que, sendo privadas em sua origem, controlam setores que Chávez considera "estratégicos" para a soberania e a segurança do país.
É o caso da Companhia Anônima Nacional Telefones da Venezuela (CANTV), privatizada em 1991, de empresas geradoras e provedores de eletricidade e de algumas áreas controladas por multinacionais do petróleo na faixa do Orinoco, segundo disse o próprio presidente ontem.
Na primeira fase, de transição ao socialismo, também será empreendida, segundo Chávez, uma "profunda revisão" da Constituição que os venezuelanos referendaram em dezembro de 1991 e uma atualização de leis como o "Código de Comércio".
Chávez também anunciou que o Banco Central da Venezuela (BCV), órgão emissor do país, deixará de ser autônomo do Executivo para se tornar uma das peças fundamentais de sua política econômica.
Um dos diretores do BCV, Domingo Maza, manifestou seu desacordo com a decisão, e explicou que o Banco deve manter a autonomia sem que isso signifique que não atue em coordenação com o governo.
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Em posse, Chávez diz que socialismo é "salvação" para Venezuela
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O presidente venezuelano Hugo Chávez tomou posse nesta quarta-feira para seu terceiro mandato presidencial, que vai de 2007 a 2013, dizendo que o socialismo é a "salvação" da Venezuela. Em seu novo governo, Chávez pretende promover a nacionalização de empresas.
Ao tomar posse, com a mão direita levantada para os juramentos, Chávez fez uma declaração que ficou famosa com o líder cubano Fidel Castro: "Pátria-mãe: Socialismo ou a morte, eu juro". Ele também fez referência a Jesus: "Eu juro por Cristo...o maior socialista em história", acrescentou.
Leslie Mazoch/AP |
Hugo Chávez acena ao público ao passar por ruas de Caracas |
Segundo ele, o socialismo --e não o capitalismo-- é o único caminho para garantir o bem estar "não apenas da Venezuela, mas do mundo todo".
Os atos solenes tiveram início pela manhã, com a colocação de uma coroa de flores no túmulo de Simón Bolívar (1783-1830), líder da independência dos países andinos, em Caracas.
Após o ato no Panteão Nacional, Chávez seguiu para o Palácio Legislativo para atender a uma cerimônia com a presença de integrantes do Gabinete Executivo e de representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judicial, e Eleitoral, além de diplomatas.
Em seguida, o chefe de Estado se dirigiu à sede da Assembléia Nacional onde foi conduzido até o Salão Protocolar, para as honras a Chávez e a entoação do Hino Nacional. O secretário da Assembléia Nacional leu então a ordem do dia e colocou a faixa presidencial em Chávez.
Logo depois, ele foi juramentado diante da Constituição da República Bolivariana da Venezuela. e fez um discurso ao povo venezuelano, transmitido em cadeia nacional de rádio e TV.
Como parte dos atos protocolares, estava previsto também um desfile militar na avenida Los Próceres, em Caracas, que será encabeçada pelo chefe de Estado.
Nacionalização
O projeto socialista de Chávez prevê a nacionalização de empresas que foram privatizadas no início da última década do século 20 e de outras que, sendo privadas em sua origem, controlam setores que Chávez considera "estratégicos" para a soberania e a segurança do país.
É o caso da Companhia Anônima Nacional Telefones da Venezuela (CANTV), privatizada em 1991, de empresas geradoras e provedores de eletricidade e de algumas áreas controladas por multinacionais do petróleo na faixa do Orinoco, segundo disse o próprio presidente ontem.
Na primeira fase, de transição ao socialismo, também será empreendida, segundo Chávez, uma "profunda revisão" da Constituição que os venezuelanos referendaram em dezembro de 1991 e uma atualização de leis como o "Código de Comércio".
Chávez também anunciou que o Banco Central da Venezuela (BCV), órgão emissor do país, deixará de ser autônomo do Executivo para se tornar uma das peças fundamentais de sua política econômica.
Um dos diretores do BCV, Domingo Maza, manifestou seu desacordo com a decisão, e explicou que o Banco deve manter a autonomia sem que isso signifique que não atue em coordenação com o governo.
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