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18/01/2007
-
15h54
da Folha Online
Ao menos 19 pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas em uma série de ataques com carros-bomba em Bagdá nesta quinta-feira. A ação ocorreu um dia antes de o governo iraquiano dar início ao novo plano de segurança para o país, na tentativa de frear a violência.
Nos últimos dias, a capital iraquiana tem sido palco de várias ações com carros-bomba.
Ontem, a explosão de um veículo carregado de explosivos em outro mercado --localizado em uma periferia predominantemente xiita de Bagdá-- causou a morte de 15 pessoas e deixou 33 feridos. Um dia antes, uma série de explosões matou 70 pessoas na capital iraquiana e feriu 130, na mais mortífera ação desde 23 de novembro do ano passado, quando carros-bomba e ataques com morteiros supostamente levados a cabo por membros da rede terrorista Al Qaeda no Iraque mataram 215 pessoas.
Nesta quinta-feira, três bombas explodiram sucessivamente, matando dez pessoas e ferindo outras 30 em uma feira livre no distrito de Dora, na região sul de Bagdá, segundo a polícia.
"Não há mais escrúpulo, as pessoas estão aqui apenas para trabalhar", afirmou Mohammed Ali Kazim, vendedor de vegetais na feira, após o ataque. Há sunitas, xiitas e cristãos que vivem aqui, e apenas querem continuar vivos", disse.
Anteriormente, um carro-bomba explodiu na rua Saadoun, pólo comercial no centro da cidade, matando quatro pessoas e ferindo outras dez.
Outro carro-bomba explodiu no distrito de New Baghdad, no leste da capital, e deixou mais dois mortos e quatro feridos, de acordo com a polícia.
Um quinto carro-bomba foi detonado no leste de Bagdá, deixando três mortos e ferindo sete pessoas.
Estratégia
Autoridades iraquianas expressam preocupação com a nova estratégia para o Iraque anunciada recentemente pelo presidente George W. Bush, que prevê o envio de 21.500 soldados adicionais para estabilizar a situação em Bagdá e na Província de Al Anbar.
O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, afirmou ao jornal americano "The New York Times", em reportagem publicada na terça-feira (16), que o Iraque pode ser capaz de cuidar de sua própria segurança dentro de seis meses, se os EUA equiparem as tropas iraquianas com armas.
"Eu gostaria que recebêssemos uma forte mensagem de apoio dos EUA, para que os terroristas que agem no país não sintam que estão sendo bem-sucedidos", disse o premiê.
Segundo informações da TV estatal Al Iraquiya, ao menos cem insurgentes foram mortos na madrugada desta quinta-feira durante combates com membros da segurança iraquiana em regiões de maioria sunita no noroeste de Bagdá.
Dezenas de insurgentes também teriam sido detidos na capital iraquiana, além da captura de munição. Há três dias, tropas iraquianas prenderam cerca de 50 supostos insurgentes e confiscaram 1.969 foguetes Katyusha, de fabricação russa, nas cercanias de Balad Ruz.
Mortes de civis
Na terça-feira,o chefe da Missão de Assistência para o Iraque da ONU (Organização das Nações Unidas), Gianni Magazzeni afirmou que 34.500 mil civis morreram no país em 2006. O número fica bem acima dos cerca de 12 mil divulgados anteriormente pelo governo iraquiano.
Segundo Magazzeni, 34.452 civis morreram e 36.685 ficaram feridos no país em 2006, segundo dados do Ministério iraquiano da Saúde e do IML (Instituto Médico Legal) de Bagdá.
De acordo com o chefe da missão da ONU, 6.376 civis morreram de forma violenta entre novembro e dezembro no Iraque -- 4.731 em Bagdá, em sua maior parte em ataques a tiros.
Grande parte da violência é atribuída às milícias xiitas, em particular o Exército de Mahdi, grupo leal ao clérigo radical Muqtada al Sadr, aliado do premiê iraquiano, Nouri al Maliki. Dezenas de corpos são encontrados diariamente nas ruas de Bagdá, muitos deles com sinais de tortura.
Segundo o relatório da ONU, cerca de 30 mil pessoas estavam detidas no Iraque em 31 de dezembro -- 14 mil em prisões administradas pelas forças multinacionais lideradas pelos EUA.
Com agências internacionais
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Explosões em Bagdá deixam 19 mortos e 51 feridos
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Ao menos 19 pessoas morreram e outras 51 ficaram feridas em uma série de ataques com carros-bomba em Bagdá nesta quinta-feira. A ação ocorreu um dia antes de o governo iraquiano dar início ao novo plano de segurança para o país, na tentativa de frear a violência.
Nos últimos dias, a capital iraquiana tem sido palco de várias ações com carros-bomba.
Ontem, a explosão de um veículo carregado de explosivos em outro mercado --localizado em uma periferia predominantemente xiita de Bagdá-- causou a morte de 15 pessoas e deixou 33 feridos. Um dia antes, uma série de explosões matou 70 pessoas na capital iraquiana e feriu 130, na mais mortífera ação desde 23 de novembro do ano passado, quando carros-bomba e ataques com morteiros supostamente levados a cabo por membros da rede terrorista Al Qaeda no Iraque mataram 215 pessoas.
Nesta quinta-feira, três bombas explodiram sucessivamente, matando dez pessoas e ferindo outras 30 em uma feira livre no distrito de Dora, na região sul de Bagdá, segundo a polícia.
"Não há mais escrúpulo, as pessoas estão aqui apenas para trabalhar", afirmou Mohammed Ali Kazim, vendedor de vegetais na feira, após o ataque. Há sunitas, xiitas e cristãos que vivem aqui, e apenas querem continuar vivos", disse.
Anteriormente, um carro-bomba explodiu na rua Saadoun, pólo comercial no centro da cidade, matando quatro pessoas e ferindo outras dez.
Outro carro-bomba explodiu no distrito de New Baghdad, no leste da capital, e deixou mais dois mortos e quatro feridos, de acordo com a polícia.
Um quinto carro-bomba foi detonado no leste de Bagdá, deixando três mortos e ferindo sete pessoas.
Estratégia
Autoridades iraquianas expressam preocupação com a nova estratégia para o Iraque anunciada recentemente pelo presidente George W. Bush, que prevê o envio de 21.500 soldados adicionais para estabilizar a situação em Bagdá e na Província de Al Anbar.
O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, afirmou ao jornal americano "The New York Times", em reportagem publicada na terça-feira (16), que o Iraque pode ser capaz de cuidar de sua própria segurança dentro de seis meses, se os EUA equiparem as tropas iraquianas com armas.
"Eu gostaria que recebêssemos uma forte mensagem de apoio dos EUA, para que os terroristas que agem no país não sintam que estão sendo bem-sucedidos", disse o premiê.
Segundo informações da TV estatal Al Iraquiya, ao menos cem insurgentes foram mortos na madrugada desta quinta-feira durante combates com membros da segurança iraquiana em regiões de maioria sunita no noroeste de Bagdá.
Dezenas de insurgentes também teriam sido detidos na capital iraquiana, além da captura de munição. Há três dias, tropas iraquianas prenderam cerca de 50 supostos insurgentes e confiscaram 1.969 foguetes Katyusha, de fabricação russa, nas cercanias de Balad Ruz.
Mortes de civis
Na terça-feira,o chefe da Missão de Assistência para o Iraque da ONU (Organização das Nações Unidas), Gianni Magazzeni afirmou que 34.500 mil civis morreram no país em 2006. O número fica bem acima dos cerca de 12 mil divulgados anteriormente pelo governo iraquiano.
Segundo Magazzeni, 34.452 civis morreram e 36.685 ficaram feridos no país em 2006, segundo dados do Ministério iraquiano da Saúde e do IML (Instituto Médico Legal) de Bagdá.
De acordo com o chefe da missão da ONU, 6.376 civis morreram de forma violenta entre novembro e dezembro no Iraque -- 4.731 em Bagdá, em sua maior parte em ataques a tiros.
Grande parte da violência é atribuída às milícias xiitas, em particular o Exército de Mahdi, grupo leal ao clérigo radical Muqtada al Sadr, aliado do premiê iraquiano, Nouri al Maliki. Dezenas de corpos são encontrados diariamente nas ruas de Bagdá, muitos deles com sinais de tortura.
Segundo o relatório da ONU, cerca de 30 mil pessoas estavam detidas no Iraque em 31 de dezembro -- 14 mil em prisões administradas pelas forças multinacionais lideradas pelos EUA.
Com agências internacionais
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