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18/01/2007
-
19h00
da Efe
da Folha Online
A Assembléia Nacional da Venezuela aprovou nesta quinta-feira em primeira instância um projeto de lei que outorgará poderes especiais ao presidente Hugo Chávez, com os quais ele poderá ditar leis por decreto durante 18 meses.
A chamada Lei Habilitante, que o próprio Chávez apresentou à Assembléia, deve ser aprovada, também por unanimidade, na próxima quinta-feira (25), após uma segunda e definitiva discussão.
Todos 167 membros da Assembléia pertencem a grupos e partidos favoráveis ao governo, pois a oposição boicotou as eleições legislativas de dezembro de 2005 e ficou sem representação parlamentar.
Leis revolucionárias
A Lei Habilitante permitirá que Chávez legisle "por decreto" em 11 áreas especificadas pelo texto e que, segundo antecipou ontem o presidente, afetarão "leis velhas que devem ser reformadas, lei novas que devem ser reformadas, leis que devem ser substituídas por outras, leis que devem ser inventadas, no marco da Constituição".
"Têm que ser leis revolucionárias", afirmou Chávez antes de designar o vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, como líder da comissão responsável por elaborar as reformas ou as novas leis que serão promulgadas para o apoio dos poderes especiais concedidos pela Assembléia com a Lei Habilitante.
O líder da oposição, Manuel Rosales, disse que pedir poderes especiais para governar, tendo o apoio absoluto do poder legislativo, é próprio de um governante que "se transformou em tirano, em um déspota que quer decidir tudo, que ordena em público aos outros poderes o que têm que fazer e que se considera o único capaz de governar a Venezuela".
A presidente da Assembléia, Cilia Flores, afirmou que estas críticas são normais porque todos "sabem que estas leis são para aprofundar a revolução".
Socialismo em curso
Ao tomar posse para seu terceiro mandato presidencial na última semana (que vai de 2007 a a 2013), Hugo Chávez afirmou que o socialismo é a "salvação" da Venezuela. Em seu novo governo, Chávez pretende promover a nacionalização de empresas.
Ao tomar posse, com a mão direita levantada para os juramentos, Chávez fez uma declaração que ficou famosa com o líder cubano Fidel Castro: "Pátria-mãe: Socialismo ou a morte, eu juro". Ele também fez referência a Jesus: "Eu juro por Cristo...o maior socialista da história", acrescentou.
O projeto socialista de Chávez prevê a nacionalização de empresas que foram privatizadas no início da última década do século 20 e de outras que, sendo privadas em sua origem, controlam setores que Chávez considera "estratégicos" para a soberania e a segurança do país.
Na primeira fase, de transição ao socialismo, também será empreendida, segundo Chávez, uma "profunda revisão" da Constituição que os venezuelanos referendaram em dezembro de 1991 e uma atualização de leis como o "Código de Comércio".
Chávez também anunciou que o Banco Central da Venezuela (BCV), órgão emissor do país, deixará de ser autônomo do Executivo para se tornar uma das peças fundamentais de sua política econômica.
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Assembléia aprova poderes especiais para Chávez em 1º instância
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A Assembléia Nacional da Venezuela aprovou nesta quinta-feira em primeira instância um projeto de lei que outorgará poderes especiais ao presidente Hugo Chávez, com os quais ele poderá ditar leis por decreto durante 18 meses.
A chamada Lei Habilitante, que o próprio Chávez apresentou à Assembléia, deve ser aprovada, também por unanimidade, na próxima quinta-feira (25), após uma segunda e definitiva discussão.
Todos 167 membros da Assembléia pertencem a grupos e partidos favoráveis ao governo, pois a oposição boicotou as eleições legislativas de dezembro de 2005 e ficou sem representação parlamentar.
Leis revolucionárias
A Lei Habilitante permitirá que Chávez legisle "por decreto" em 11 áreas especificadas pelo texto e que, segundo antecipou ontem o presidente, afetarão "leis velhas que devem ser reformadas, lei novas que devem ser reformadas, leis que devem ser substituídas por outras, leis que devem ser inventadas, no marco da Constituição".
10.jan.2007/AP |
Hugo Chávez acena ao público durante posse em Caracas |
O líder da oposição, Manuel Rosales, disse que pedir poderes especiais para governar, tendo o apoio absoluto do poder legislativo, é próprio de um governante que "se transformou em tirano, em um déspota que quer decidir tudo, que ordena em público aos outros poderes o que têm que fazer e que se considera o único capaz de governar a Venezuela".
A presidente da Assembléia, Cilia Flores, afirmou que estas críticas são normais porque todos "sabem que estas leis são para aprofundar a revolução".
Socialismo em curso
Ao tomar posse para seu terceiro mandato presidencial na última semana (que vai de 2007 a a 2013), Hugo Chávez afirmou que o socialismo é a "salvação" da Venezuela. Em seu novo governo, Chávez pretende promover a nacionalização de empresas.
Ao tomar posse, com a mão direita levantada para os juramentos, Chávez fez uma declaração que ficou famosa com o líder cubano Fidel Castro: "Pátria-mãe: Socialismo ou a morte, eu juro". Ele também fez referência a Jesus: "Eu juro por Cristo...o maior socialista da história", acrescentou.
O projeto socialista de Chávez prevê a nacionalização de empresas que foram privatizadas no início da última década do século 20 e de outras que, sendo privadas em sua origem, controlam setores que Chávez considera "estratégicos" para a soberania e a segurança do país.
Na primeira fase, de transição ao socialismo, também será empreendida, segundo Chávez, uma "profunda revisão" da Constituição que os venezuelanos referendaram em dezembro de 1991 e uma atualização de leis como o "Código de Comércio".
Chávez também anunciou que o Banco Central da Venezuela (BCV), órgão emissor do país, deixará de ser autônomo do Executivo para se tornar uma das peças fundamentais de sua política econômica.
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