Publicidade
Publicidade
22/01/2007
-
18h14
da Folha Online
Um dia depois da chegada de 3.200 novos soldados dos Estados Unidos para ajudar a conquistar a segurança no Iraque, violentos ataques e explosões deixaram um saldo de cerca de 120 mortos no país. Apenas em Bagdá, duas explosões quase simultâneas atingiram uma área comercial de maioria xiita no centro da capital nesta segunda-feira, matando 88 pessoas e ferindo cerca de 170.
O primeiro carro-bomba que atingiu Bagdá hoje ocorreu pouco depois do meio-dia (7h de Brasília), quando uma bomba deixada dentro de uma sacola explodiu na área de Bab al Sharqi.
Em seguida, uma segunda bomba colocada em um carro estacionado em um ponto próximo foi detonada. As explosões deixaram uma longa coluna de fumaça sobre o local. A polícia cercou a área enquanto ambulâncias eram enviadas ao local para transportar os feridos.
Segundo testemunhas, pedaços de corpos foram espalhados pela região após os atentados, cujo alvo seria um mercado de roupas usadas, que já foi cenário de outros ataques anteriores.
Em um ataque separado, morteiros foram lançados contra uma escola da região Abu Dhseir em Bagdá, matando uma mulher e ferindo oito crianças.
Perto de Baquba, na região ao nordeste de Bagdá, outra bomba explodiu matando 14 pessoas e ferindo cerca de 40.
Policiais e militares
Ao menos seis policiais, inclusive o major Ahmed Fadhil, morto em uma emboscada, foram assassinados em Bagdá e em várias outras localidades do país, em ataques e explosões de bombas.
Também nesta segunda-feira, soldados dos EUA cercaram a região sunita de Adhamiya, no norte de Bagdá. A ação ocorre após um final de semana violento para as forças americanas no Iraque. Um total de 27 soldados morreram em explosões, confrontos com insurgentes e em uma queda de helicóptero.
Destes, 25 morreram no sábado (20), o terceiro dia com maior número de baixas para os EUA desde o início do conflito, em março de 2003.
Nesta segunda-feira, o Exército relatou as mortes de dois marines em episódio separados ocorridos na Província de Al Anbar, bastião insurgente a oeste de Bagdá.
Ofensiva
Apesar do cerco, o Ministério da Defesa nega que a ofensiva para deter a violência no país já esteja em curso. "O plano de segurança para Bagdá ainda não começou", disse o porta-voz Mohammed al Askari durante uma coletiva de imprensa.
Moradores de Adhamiya relataram que soldados montaram postos de controle na área, e que tiros foram ouvidos durante a madrugada.
O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, anunciou a realização de um plano de segurança para Bagdá no início deste mês, com a intenção de deter ações ilegais de grupos armados ligados a "qualquer facção".
Segundo autoridades xiitas, Maliki está comprometido a deter a ação das milícias xiitas, conforme exigido pelos EUA.
Os EUA apontam o Exército de Mahdi, grupo armado leal ao clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, como a principal ameaça para a segurança no Iraque.
Tropas
Neste domingo, a chegada de 3.200 soldados americanos a Bagdá marcou uma nova etapa da ação dos Estados Unidos no Iraque. O presidente dos EUA, George W. Bush, pretende enviar um total de 21.500 soldados adicionais para o país árabe --que vão se juntar aos 132 mil já presentes no país--, mas suas ambições enfrentam forte oposição do Congresso, dominado pelos democratas pela primeira vez em 12 anos.
De acordo com o plano de Bush, o reforço militar deverá atuar apenas como apoio das tropas iraquianas, e não na linha de combate. Apesar disso, a rejeição à presença americana no conflito é crescente nos EUA devido ao número de baixas de militares americanos desde o início da Guerra do Iraque, em março de 2003 --que já registra mais de 3.000 mortos. Apenas neste mês, 31 americanos morreram no país árabe.
Os 3.200 soldados adicionais entram em ação a partir de 1º de fevereiro, segundo o comando americano. As tropas terão a missão de ajudar as forças de segurança iraquianas na "limpeza", controle e segurança dos postos-chave de Bagdá.
Os soldados no reforço que desembarcou no Iraque hoje pertencem à 2ª Brigada da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército americano e vão se juntar aos 132 mil já presentes no país, totalizando 153.500 efetivos. No auge da Guerra do Vietnã (1965-1975), cerca de 500 mil soldados americanos atuaram naquele conflito.
Com agências internacionais
Leia mais
Duas explosões de carros-bomba matam ao menos 60 em Bagdá
Vulcão lança fumaça e cinzas a 5.000 metros de altura na Rússia
Livro do secretário de João Paulo 2º será lançado nesta quarta
Ladrões espancam vítima em assalto no Morumbi
Especial
Veja imagens dos ataques que mataram 70 no Iraque
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre explosões no Iraque
Violência deixa cerca de 120 mortos no Iraque
Publicidade
Um dia depois da chegada de 3.200 novos soldados dos Estados Unidos para ajudar a conquistar a segurança no Iraque, violentos ataques e explosões deixaram um saldo de cerca de 120 mortos no país. Apenas em Bagdá, duas explosões quase simultâneas atingiram uma área comercial de maioria xiita no centro da capital nesta segunda-feira, matando 88 pessoas e ferindo cerca de 170.
O primeiro carro-bomba que atingiu Bagdá hoje ocorreu pouco depois do meio-dia (7h de Brasília), quando uma bomba deixada dentro de uma sacola explodiu na área de Bab al Sharqi.
Mohammed Ameen/Reuters |
Iraquianos observam local de explosões simultâneas hoje no centro de Bagdá |
Segundo testemunhas, pedaços de corpos foram espalhados pela região após os atentados, cujo alvo seria um mercado de roupas usadas, que já foi cenário de outros ataques anteriores.
Em um ataque separado, morteiros foram lançados contra uma escola da região Abu Dhseir em Bagdá, matando uma mulher e ferindo oito crianças.
Perto de Baquba, na região ao nordeste de Bagdá, outra bomba explodiu matando 14 pessoas e ferindo cerca de 40.
Policiais e militares
Ao menos seis policiais, inclusive o major Ahmed Fadhil, morto em uma emboscada, foram assassinados em Bagdá e em várias outras localidades do país, em ataques e explosões de bombas.
Também nesta segunda-feira, soldados dos EUA cercaram a região sunita de Adhamiya, no norte de Bagdá. A ação ocorre após um final de semana violento para as forças americanas no Iraque. Um total de 27 soldados morreram em explosões, confrontos com insurgentes e em uma queda de helicóptero.
Destes, 25 morreram no sábado (20), o terceiro dia com maior número de baixas para os EUA desde o início do conflito, em março de 2003.
Nesta segunda-feira, o Exército relatou as mortes de dois marines em episódio separados ocorridos na Província de Al Anbar, bastião insurgente a oeste de Bagdá.
Ofensiva
Apesar do cerco, o Ministério da Defesa nega que a ofensiva para deter a violência no país já esteja em curso. "O plano de segurança para Bagdá ainda não começou", disse o porta-voz Mohammed al Askari durante uma coletiva de imprensa.
Moradores de Adhamiya relataram que soldados montaram postos de controle na área, e que tiros foram ouvidos durante a madrugada.
O premiê iraquiano, Nouri al Maliki, anunciou a realização de um plano de segurança para Bagdá no início deste mês, com a intenção de deter ações ilegais de grupos armados ligados a "qualquer facção".
Segundo autoridades xiitas, Maliki está comprometido a deter a ação das milícias xiitas, conforme exigido pelos EUA.
Os EUA apontam o Exército de Mahdi, grupo armado leal ao clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, como a principal ameaça para a segurança no Iraque.
Tropas
Neste domingo, a chegada de 3.200 soldados americanos a Bagdá marcou uma nova etapa da ação dos Estados Unidos no Iraque. O presidente dos EUA, George W. Bush, pretende enviar um total de 21.500 soldados adicionais para o país árabe --que vão se juntar aos 132 mil já presentes no país--, mas suas ambições enfrentam forte oposição do Congresso, dominado pelos democratas pela primeira vez em 12 anos.
De acordo com o plano de Bush, o reforço militar deverá atuar apenas como apoio das tropas iraquianas, e não na linha de combate. Apesar disso, a rejeição à presença americana no conflito é crescente nos EUA devido ao número de baixas de militares americanos desde o início da Guerra do Iraque, em março de 2003 --que já registra mais de 3.000 mortos. Apenas neste mês, 31 americanos morreram no país árabe.
Os 3.200 soldados adicionais entram em ação a partir de 1º de fevereiro, segundo o comando americano. As tropas terão a missão de ajudar as forças de segurança iraquianas na "limpeza", controle e segurança dos postos-chave de Bagdá.
Os soldados no reforço que desembarcou no Iraque hoje pertencem à 2ª Brigada da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército americano e vão se juntar aos 132 mil já presentes no país, totalizando 153.500 efetivos. No auge da Guerra do Vietnã (1965-1975), cerca de 500 mil soldados americanos atuaram naquele conflito.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice