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23/01/2007 - 08h45

Iraque detém mais de 600 seguidores de líder radical xiita

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da Folha Online

Forças de segurança iraquianas e tropas multinacionais lideradas pelos EUA detiveram mais de 600 seguidores e 16 dirigentes do Exército de Mahdi, grupo armado leal ao clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, anunciou nesta terça-feira o Exército americano.

Segundo um comunicado, um dos 16 líderes da milícia detidos morreu durante a ação.

Cinco dos dirigentes são comandantes de grupos armados no bairro xiita de Cidade Al Sadr, no leste de Bagdá, considerado bastião da milícia xiita, segundo o anúncio do Exército.

As detenções ocorreram nos últimos 45 dias, durante ofensivas contra o Exército de Mahdi.

De acordo com o Exército, durante o mesmo período, outras 42 incursões foram realizadas para deter extremistas sunitas.

As ações para desmantelar as milícias xiitas foram anunciadas pelo Pentágono em 19 de dezembro de 2006. "O grupo que atualmente tem impacto mais negativo sobre a situação do Iraque é o Exército de Mahdi, que substituiu a Al Qaeda no Iraque como acelerador da violência sectária", diz o comunicado militar.

O Exército de Mahdi conta com 60 mil membros, segundo o Exército americano. Outros seis líderes do grupo foram detidos no início do mês de outubro, segundo o anúncio.

Um porta-voz de Moqtada al Sadr, Abdel Hadi al Darraji, foi detido em Bagdá em 19 de janeiro pelas forças especiais do Exército iraquiano e por seus conselheiros militares dos EUA.

Segundo o Exército americano, a operação estava dirigida contra "o chefe de um grupo armado responsável por diversos seqüestros, torturas e assassinatos de civis iraquianos".

Parlamento

No entanto, Moqtada al Sadr não lidera apenas a milícia, já que seus partidários contam con 32 das 275 cadeiras do Parlamento, assim como com seis dos 37 ministros e secretários de Estado. O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al Maliki, tentava obter a liberação do porta-voz.

Segundo o comunicado, os membros detidos do Exército de Mahdi são responsáveis por ataques contra o governo, contra civis iraquianos e contra a força multinacional.

"As atividades criminosas destes indivíduos contribuíram para criar instabilidade no país", disse o Exército dos EUA, acrescentando que sua neutralização é importante para "garantir que a população viva em ambiente seguro e estável".

Com relação às ofensivas contra extremistas sunitas, o comunicado afirma que 33 chefes de grupos armados em Bagdá foram detidos por acusação de "infiltrar combatentes estrangeiros e preparar atentados com carros-bomba".

Mais de 34 mil civis morreram em 2006 em atos violência no Iraque, segundo a ONU.

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