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23/01/2007
-
11h09
da Folha Online
Milhares de manifestantes de oposição ao governo bloquearam ruas e queimaram pneus nas ruas do Líbano nesta terça-feira, em uma greve geral que visa derrubar o atual governo.
Ao menos 60 pessoas ficaram feridas, principalmente em Beirute e nas áreas cristãs, segundo fontes da segurança libanesa. Colunas de fumaça eram vistas sobre várias regiões da capital durante o ato, inclusive na área do aeroporto internacional de Beirute. Os protestos bloquearam o tráfego e causaram o fechamento do comércio em várias regiões.
Soldados atiraram para o alto para deter a multidão, que atirava pedras. "Esse governo só entende por meio da força, e o dia de hoje é apenas uma pequena lição", afirmou o manifestante Jamil Wahb, que estava em uma região xiita. "Ficaremos nas ruas até que eles desistam".
Na vila cristã de Halba, no norte do país, seis ativistas pró-governo ficaram feridos --um deles com gravidade, de acordo com as fontes da segurança. Em outro episódio, um homem armado atirou contra manifestantes na cidade cristã de Byblos, ferindo três pessoas antes de ser preso.
Dois manifestantes ficaram feridos em um tiroteio em Batroun. Um partidário da oposição levou um tiro na cabeça na cidade de Sofar, na região das montanhas.
A greve foi convocada pelo grupo extremista Hizbollah, que é apoiado pela Síria e pelo Irã, para forçar a renúncia do atual governo e a realização de eleições parlamentares antecipadas.
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e seus seguidores ignoraram o ato, com o apoio de associações bancárias e empresários.
O atual governo libanês é apoiado pelo líder sunita anti-sírio Saad al Hariri. Seus oponentes incluem membros dos grupos xiitas Hizbollah e Amal. Cristãos estão divididos dos dois lados.
Bloqueios
Soldados e bombeiros se espalharam pelas ruas de Beirute, onde colunas de fumaça podiam ser vistas ao longe sobre ruas e rodovias, devido aos pneus queimados por opositores.
De acordo com testemunhas e com imagens de TV, os manifestantes bloquearam várias regiões de Beirute, assim como outras áreas em todo o país. No entanto, o prefeito de Beirute, Abdel Munim Ariss, falou à TV Al Arabiya que a cidade estava "funcionando normalmente".
Muitos trabalhadores preferiram permanecer em casa, por apoiarem a greve ou por medo da violência. Algumas escolas também suspenderam as aulas nesta terça-feira.
A greve ocorre dois dias antes de Siniora e sua equipe econômica irem a uma conferência em Paris para pedir a ajuda de doadores internacionais. Segundo a oposição, os recursos --avaliados em cerca de US$ 5 bilhões-- apenas aumentarão a dívida libanesa e enfraquecerão a economia, que foi gravemente prejudicada pela guerra entre o Hizbollah e Israel, em 2006.
Aviação
Os protestos bloquearam a rodovia que leva ao aeroporto Internacional de Beirute, e a estrada que liga a capital à região das montanhas e a Damasco, a capital síria.
No entanto, segundo autoridades da aviação, o aeroporto funcionava normalmente.
O diretor-geral de aviação civil, Hamdi Shawq, disse à rede de TV Al Arabiya que os vôos operam normalmente, mas que muitos passageiros enfrentam dificuldade para chegar ao local.
Cinco vôos aterrissaram do aeroporto e outros seis decolaram, mas sete foram cancelados.
Autoridades descreveram as manifestações como uma "tentativa de golpe de Estado".
"[A oposição] fracassará, como fracassou no passado, e o governo legítimo do Líbano permanecerá", afirmou o ministro das Telecomunicações, Marwan Hamadeh à Al Arabiya.
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Protestos da oposição bloqueiam ruas e ferem 60 no Líbano
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Milhares de manifestantes de oposição ao governo bloquearam ruas e queimaram pneus nas ruas do Líbano nesta terça-feira, em uma greve geral que visa derrubar o atual governo.
Ao menos 60 pessoas ficaram feridas, principalmente em Beirute e nas áreas cristãs, segundo fontes da segurança libanesa. Colunas de fumaça eram vistas sobre várias regiões da capital durante o ato, inclusive na área do aeroporto internacional de Beirute. Os protestos bloquearam o tráfego e causaram o fechamento do comércio em várias regiões.
Nabil Mounzer/Efe |
Manifestante queima pneus nas ruas de Beirute durante ato que exige renúncia de governo |
Na vila cristã de Halba, no norte do país, seis ativistas pró-governo ficaram feridos --um deles com gravidade, de acordo com as fontes da segurança. Em outro episódio, um homem armado atirou contra manifestantes na cidade cristã de Byblos, ferindo três pessoas antes de ser preso.
Dois manifestantes ficaram feridos em um tiroteio em Batroun. Um partidário da oposição levou um tiro na cabeça na cidade de Sofar, na região das montanhas.
A greve foi convocada pelo grupo extremista Hizbollah, que é apoiado pela Síria e pelo Irã, para forçar a renúncia do atual governo e a realização de eleições parlamentares antecipadas.
O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e seus seguidores ignoraram o ato, com o apoio de associações bancárias e empresários.
O atual governo libanês é apoiado pelo líder sunita anti-sírio Saad al Hariri. Seus oponentes incluem membros dos grupos xiitas Hizbollah e Amal. Cristãos estão divididos dos dois lados.
Bloqueios
Soldados e bombeiros se espalharam pelas ruas de Beirute, onde colunas de fumaça podiam ser vistas ao longe sobre ruas e rodovias, devido aos pneus queimados por opositores.
De acordo com testemunhas e com imagens de TV, os manifestantes bloquearam várias regiões de Beirute, assim como outras áreas em todo o país. No entanto, o prefeito de Beirute, Abdel Munim Ariss, falou à TV Al Arabiya que a cidade estava "funcionando normalmente".
Muitos trabalhadores preferiram permanecer em casa, por apoiarem a greve ou por medo da violência. Algumas escolas também suspenderam as aulas nesta terça-feira.
A greve ocorre dois dias antes de Siniora e sua equipe econômica irem a uma conferência em Paris para pedir a ajuda de doadores internacionais. Segundo a oposição, os recursos --avaliados em cerca de US$ 5 bilhões-- apenas aumentarão a dívida libanesa e enfraquecerão a economia, que foi gravemente prejudicada pela guerra entre o Hizbollah e Israel, em 2006.
Aviação
Os protestos bloquearam a rodovia que leva ao aeroporto Internacional de Beirute, e a estrada que liga a capital à região das montanhas e a Damasco, a capital síria.
No entanto, segundo autoridades da aviação, o aeroporto funcionava normalmente.
O diretor-geral de aviação civil, Hamdi Shawq, disse à rede de TV Al Arabiya que os vôos operam normalmente, mas que muitos passageiros enfrentam dificuldade para chegar ao local.
Cinco vôos aterrissaram do aeroporto e outros seis decolaram, mas sete foram cancelados.
Autoridades descreveram as manifestações como uma "tentativa de golpe de Estado".
"[A oposição] fracassará, como fracassou no passado, e o governo legítimo do Líbano permanecerá", afirmou o ministro das Telecomunicações, Marwan Hamadeh à Al Arabiya.
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