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24/01/2007
-
19h18
da Folha Online
O ataque realizado nesta quarta-feira por tropas dos Estados Unidos e do Iraque contra insurgentes em Bagdá deixou um saldo de ao menos 30 mortos, informou o governo iraquiano. Outras 27 pessoas foram capturadas durante a operação, que resultou em trocas de tiros durante quase todo o dia de hoje em um bastião da insurgência ao norte da área fortificada conhecida como Zona Verde na capital.
Explosões puderam ser ouvidas do outro lado da cidade, enquanto uma coluna de fumaça preta se elevou a partir da rua Haifa, onde veículos blindados travaram uma dura batalha. Era na rua Haifa que o ditador Saddam Hussein abrigava seus aliados antes da queda do regime, após a invasão americana em 2003.
As tropas americanas e iraquianas foram para o bairro por volta das 5h da manhã de hoje (24h desta terça-feira pelo horário de Brasília) para lançar ataques no que foi a terceira tentativa do mês de "limpar" a área de insurgentes.
Segundo militares dos EUA, o ataque foi feito com o uso de granadas de mão, lança-granadas e pequenas armas de fogo.
Os números de insurgentes mortos e presos foram disputados entre diferentes fontes. O Exército dos EUA afirmou que sete supostos insurgentes foram presos, enquanto o Ministério da Defesa do Iraque disse que 30 insurgentes foram mortos e 27 capturados, incluindo quatro egípcios e um sudanês.
De acordo com relatos de hospitais e de testemunhas, ao menos um civil morreu e sete ficaram feridos no ataque.
Região sunita
Ruas que em geral são movimentadas ficaram vazias enquanto soldados cercaram pontes para isolar os rebeldes. De acordo com o Ministério iraquiano do Interior, várias famílias deixaram suas casas por receio de que os confrontos se espalhassem.
Aviões militares e helicópteros Apache dos EUA sobrevoaram Bagdá durante horas. Colunas de fumaça foram vistas sobre algumas regiões do centro da capital.
O Exército dos EUA afirmou que os confrontos fazem parte de uma operação que visa deter "ações ilegais" de milícias armadas e restaurar o controle das forças de segurança iraquianas.
Segundo o Exército iraquiano, os confrontos se concentraram nas regiões de Haifa, Fadhel e Adhamiya --todos bairros de maioria sunita.
No entanto, de acordo com os EUA, a ação não tinha como alvo apenas insurgentes sunitas.
A operação em Bagdá ocorre enquanto o presidente americano, George W. Bush, fez um apelo em Washington para que os americanos tenham "paciência" com seu plano para aumentar o número de soldados no Iraque, apesar da oposição dos democratas e de alguns republicanos.
Enfrentando uma audiência composta por uma maioria de congressistas de oposição, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a defender ontem suas ações na luta contra o terror no mundo --incluindo sua decisão de enviar mais tropas para a luta no Iraque-- durante o discurso anual sobre o Estado da União.
Escola
Seis dos supostos insurgentes detidos hoje foram presos em uma escola onde, segundo o Ministério do Interior, terroristas eram equipados com bombas, armas de fogo e materiais para construção de explosivos.
De acordo com o Ministério da Defesa, dois supostos terroristas morreram na área da rua Haifa e grande quantidade de munição foi encontrada na escola Karkh High School.
Em Adhamiya, dois rebeldes foram presos com armas e munições, que foram confiscadas. O Exército também relatou ter encontrado três carros-bomba prontos para serem detonados.
Perto do local onde houve confronto em Adhamiya, duas pessoas morreram e 20 ficaram feridas quando morteiros foram lançados em Bab al Moazam, segundo o Ministério do Interior.
Há duas semanas, 500 soldados iraquianos e 400 homens do Exército dos EUA se confrontaram por cerca de dez horas com supostos rebeldes na rua Haifa.
Execução sob suspeita
A rua Haifa fica próxima do local onde um helicóptero civil dos EUA foi encontrado com os corpos de cinco funcionários da empresa privada de segurança Blackwater.
Três grupos insurgentes reivindicaram a responsabilidade pelo ataque ao helicóptero.
Autoridades americanas não souberam determinar se as vítimas --que apresentavam marcas de balas na nuca, em estilo de execução-- morreram devido à queda ou aos disparos.
Também não ficou claro se o helicóptero foi de fato abatido ou caiu por outras razões.
Quatro policiais morreram e três civis ficaram feridos no oeste de Bagdá quando um suicida em um carro-bomba atingiu uma patrulha da polícia, segundo o Ministério do Interior.
Também nesta quarta-feira, homens armados atacaram o comboio do ministro de Educação Superior do Iraque, quando este passava pelo sul de Bagdá, matando um guarda-costas e ferindo um segundo. O ministro não sofreu ferimentos durante o ataque a tiros.
Com agências internacionais
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Operação das tropas dos EUA e do Iraque deixa 30 mortos em Bagdá
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O ataque realizado nesta quarta-feira por tropas dos Estados Unidos e do Iraque contra insurgentes em Bagdá deixou um saldo de ao menos 30 mortos, informou o governo iraquiano. Outras 27 pessoas foram capturadas durante a operação, que resultou em trocas de tiros durante quase todo o dia de hoje em um bastião da insurgência ao norte da área fortificada conhecida como Zona Verde na capital.
Explosões puderam ser ouvidas do outro lado da cidade, enquanto uma coluna de fumaça preta se elevou a partir da rua Haifa, onde veículos blindados travaram uma dura batalha. Era na rua Haifa que o ditador Saddam Hussein abrigava seus aliados antes da queda do regime, após a invasão americana em 2003.
| Talal. M. al-Dean/AP |
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| Soldado iraquiano ajuda suspeito preso a entrar na traseira de veículo em Bagdá |
Segundo militares dos EUA, o ataque foi feito com o uso de granadas de mão, lança-granadas e pequenas armas de fogo.
Os números de insurgentes mortos e presos foram disputados entre diferentes fontes. O Exército dos EUA afirmou que sete supostos insurgentes foram presos, enquanto o Ministério da Defesa do Iraque disse que 30 insurgentes foram mortos e 27 capturados, incluindo quatro egípcios e um sudanês.
De acordo com relatos de hospitais e de testemunhas, ao menos um civil morreu e sete ficaram feridos no ataque.
Região sunita
Ruas que em geral são movimentadas ficaram vazias enquanto soldados cercaram pontes para isolar os rebeldes. De acordo com o Ministério iraquiano do Interior, várias famílias deixaram suas casas por receio de que os confrontos se espalhassem.
Aviões militares e helicópteros Apache dos EUA sobrevoaram Bagdá durante horas. Colunas de fumaça foram vistas sobre algumas regiões do centro da capital.
O Exército dos EUA afirmou que os confrontos fazem parte de uma operação que visa deter "ações ilegais" de milícias armadas e restaurar o controle das forças de segurança iraquianas.
Segundo o Exército iraquiano, os confrontos se concentraram nas regiões de Haifa, Fadhel e Adhamiya --todos bairros de maioria sunita.
No entanto, de acordo com os EUA, a ação não tinha como alvo apenas insurgentes sunitas.
A operação em Bagdá ocorre enquanto o presidente americano, George W. Bush, fez um apelo em Washington para que os americanos tenham "paciência" com seu plano para aumentar o número de soldados no Iraque, apesar da oposição dos democratas e de alguns republicanos.
Enfrentando uma audiência composta por uma maioria de congressistas de oposição, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a defender ontem suas ações na luta contra o terror no mundo --incluindo sua decisão de enviar mais tropas para a luta no Iraque-- durante o discurso anual sobre o Estado da União.
Escola
Seis dos supostos insurgentes detidos hoje foram presos em uma escola onde, segundo o Ministério do Interior, terroristas eram equipados com bombas, armas de fogo e materiais para construção de explosivos.
| Samir Mizban/AP |
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| Colunas de fumaça podiam ser vistas de vários pontos de Bagdá após operação militar |
Em Adhamiya, dois rebeldes foram presos com armas e munições, que foram confiscadas. O Exército também relatou ter encontrado três carros-bomba prontos para serem detonados.
Perto do local onde houve confronto em Adhamiya, duas pessoas morreram e 20 ficaram feridas quando morteiros foram lançados em Bab al Moazam, segundo o Ministério do Interior.
Há duas semanas, 500 soldados iraquianos e 400 homens do Exército dos EUA se confrontaram por cerca de dez horas com supostos rebeldes na rua Haifa.
Execução sob suspeita
A rua Haifa fica próxima do local onde um helicóptero civil dos EUA foi encontrado com os corpos de cinco funcionários da empresa privada de segurança Blackwater.
Três grupos insurgentes reivindicaram a responsabilidade pelo ataque ao helicóptero.
Autoridades americanas não souberam determinar se as vítimas --que apresentavam marcas de balas na nuca, em estilo de execução-- morreram devido à queda ou aos disparos.
Também não ficou claro se o helicóptero foi de fato abatido ou caiu por outras razões.
Quatro policiais morreram e três civis ficaram feridos no oeste de Bagdá quando um suicida em um carro-bomba atingiu uma patrulha da polícia, segundo o Ministério do Interior.
Também nesta quarta-feira, homens armados atacaram o comboio do ministro de Educação Superior do Iraque, quando este passava pelo sul de Bagdá, matando um guarda-costas e ferindo um segundo. O ministro não sofreu ferimentos durante o ataque a tiros.
Com agências internacionais
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