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19/02/2007 - 19h00

Polícia britânica prende suspeito de enviar cartas-bomba

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da Folha Online

Um suspeito de conexão com o recente envio de sete cartas-bomba a diferentes endereços no Reino Unido foi detido pela polícia britânica nesta segunda-feira, em uma ação descrita com "muito significativa" pelos investigadores da Scotland Yard que cuidam do caso.

De acordo com o jornal britânico "The Guardian", o suspeito --um homem na faixa dos 20 anos-- foi preso perto de Cambridge por detetives que investigam as cartas-bomba, enviadas a escritórios de empresas ligadas ao controle do tráfego no Reino Unido.

O suspeito está detido por suspeita de conexão com o envio das cartas-bomba, que a polícia diz acreditar que estão ligados. Ao menos nove pessoas ficaram feridas com os envios.

Segundo o "Guardian", o homem foi detido em uma casa em Cherry Hinton, perto de Cambridge, por volta das 3h (1h de Brasília). A propriedade estava cercada pela polícia.

Anton Setchell, coordenador nacional para Extremismo Doméstico do Reino Unido, afirmou que as equipes forenses realizam buscas no local que poderão durar vários dias.

"Ainda não posso garantir que não exista outro pacote postal contendo explosivos já enviado pelo correio", afirmou ele. "Por isso, peço que a população mantenha a vigilância, e evite mexer em qualquer correspondência que pareça suspeita, e chame a polícia".

As cartas-bomba foram enviadas em dois grupos. As primeiras três foram enviadas em 18 de janeiro a laboratórios forenses em Oxfordshire e West Midlands.

Outras três foram recebidas por companhias ligadas ao controle do tráfego em Londres, Berkshire e Swansea (País de Gales) no início deste mês.

Os destinatários incluíam a Agência de Licenciamentos de Veículos e Motoristas (DVLA) em Swansea e os escritório da companhia em Londres. Os pacotes chegaram em dias consecutivos, mas a polícia diz acreditar que foram enviados no mesmo dia.

No período entre os dois envios, um pacote foi endereçado a uma casa em Folkestone, na cidade de Kent (norte), que é usada como endereço comercial. Em todos os casos, as bombas eram caseiras. Detetives também investigam uma carta-bomba que teria sido enviada a um escritório do Partido Trabalhista em Cambridge em agosto de 2006.

Alerta

No início deste mês, a polícia britânica pediu que companhias de todo o país ficassem alertas a respeito de eventuais cartas-bomba, e tomassem cuidado extra ao abrir correspondências.

O alerta foi divulgado depois que uma carta-bomba explodiu em um escritório da DVLA em Swansea em 7 de fevereiro, ferindo levemente uma funcionária.

A ação seguiu uma explosão na companhia Vantis [que tem como cliente os serviços de câmeras e controle de velocidade por radares fotográficos] em Wokingham, Berkshire, em 6 de fevereiro, que feriu levemente outras duas pessoas.

Um dia antes, uma outra carta-bomba feriu uma funcionária no escritório da Capita --empresa de seguros que representa clientes e arrecada 25 milhões de pagamentos por ano de motoristas que pedem licença para dirigir, localizado no centro da capital britânica.

A mulher, que ficou ferida nos braços e no abdômen, recebeu tratamento em um hospital.

Após o ataque no escritório da DVLA, a polícia de Kent disse estar investigando uma carta-bomba que explodiu na casa de um homem de 53 anos em Folkestone em 3 de fevereiro. Ele sofreu ferimentos leves.

As três cartas-bomba enviadas a companhias em Oxfordshire e West Midlands em janeiro possuíam um endereço similar no remetente. O nome de Barry Horne, ativista radical pelos direitos dos animais, que morreu em 2001 após 18 anos de prisão, aparecia em um pacote.

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