Publicidade
Publicidade
19/02/2007
-
20h05
DANIELA LORETO
da Folha Online
A polícia britânica deteve nesta segunda-feira um suspeito pelo assassinato do brasileiro Acioli Pariz Júnior, 29, encontrado morto em um quarto do hotel Westminster (sudoeste de Londres) na quarta-feira (14) com ferimentos na cabeça e no abdômen.
A assessoria de imprensa da Polícia Metropolitana de Londres informou à Folha Online que o suspeito --um homem de 55 anos-- foi preso em Brighton, cidade litorânea do sul do Reino Unido. A polícia não divulgou o nome nem a nacionalidade do suspeito.
Detalhes da investigação também não foram revelados pela polícia, sob a alegação de que a divulgação de qualquer dado pode atrapalhar os trabalhos em andamento.
Segundo Jalber Pariz, 26, irmão de Pariz Júnior, o laudo da polícia britânica divulgado neste domingo aponta que o brasileiro morreu após sofrer uma pancada na cabeça e duas perfurações por um objeto cortante ainda não-identificado no abdômen.
Jalber, que mora em Jaguaré (ES) com a mãe, também contou à Folha Online que não acreditou na notícia da morte do brasileiro ao receber um telefonema da polícia do Reino Unido, na quinta-feira (15). "A princípio, não acreditei, pensei que fosse um trote".
Segundo ele, a família só percebeu que a tragédia era verdade quando um amigo que dividia apartamento com Pariz Júnior e outros quatro brasileiros em Londres confirmou a notícia.
Desde então, Jalber mantém contato diário com a polícia britânica, e deve seguir para o Reino Unido daqui a uma semana, na segunda-feira (26). "Eu gostaria de ir antes, mas terei que esperar o Carnaval para tirar meu passaporte", disse o irmão mais velho do brasileiro.
Na quarta-feira (21), ele irá a Vitória para dar entrada no documento, que ficará pronto em um prazo de cinco dias. A polícia liberou duas passagens para a família.
Jalber, que ainda não sabe quem irá acompanhá-lo na viagem, pretende permanecer uma semana em Londres. Depois, a família continuará acompanhando o caso do Brasil.
Corpo
O corpo de Pariz Júnior deve ser liberado em três semanas e trazido para o enterro em Jaguaré. "Se as investigações forem rápidas, poderá ser liberado antes", afirma.
O irmão do brasileiro relata o sofrimento da família. "Está sendo muito difícil, principalmente para nossa mãe, que está muito abalada. Mas nossos amigos e familiares foram muito solidários, vieram até aqui para nos prestar solidariedade".
"Não imaginávamos que isso aconteceria com meu irmão em Londres, pois achávamos que lá era muito mais seguro que aqui no Brasil. Ficamos muito chocados", acrescenta.
Segundo Jalber, o brasileiro deu entrada no hotel Westminster na noite da terça-feira (13). De acordo com ele, os funcionários do hotel não souberam informar se Pariz Júnior chegou sozinho. "O hotel não tinha circuito interno de segurança", disse. "A polícia resgatou imagens das câmeras de vigilância da rua do hotel, que agora serão analisadas", afirma.
Jalber diz não imaginar o que possa ter acontecido com o irmão. "Falávamos sempre com ele, mas não sabíamos detalhes de sua vida lá, não conhecíamos os amigos com quem ele convivia, apenas por telefone. Mas ele dizia que estava tudo bem".
Oportunidade
Pariz Júnior vivia no Reino Unido desde 2005, há mais ou menos um ano e meio. Antes de morar em Londres, viveu em em Blackpool (Norte), onde trabalhou em um parque de diversões. "Ele foi atrás de oportunidades novas, achava que lá seria mais fácil conseguir um emprego".
Após se mudar para a capital britânica, o brasileiro trabalhou em vários locais --entre eles, uma academia de ginástica-- e atualmente tomava conta de uma casa em Londres. Júnior falou com os parentes no Brasil pela última vez no dia 11 de fevereiro.
Segundo Jalber, o irmão não veio visitar a família desde que deixou o Brasil porque estava ilegal no Reino Unido e, caso saísse, não conseguiria voltar ao país. No entanto, ele viajaria para a Itália em 15 dias para retirar sua cidadania italiana, cujo pedido havia sido aceito.
Com ascendência italiana, Pariz Júnior permaneceria um mês no país, visitaria a família no Espírito Santo e, em seguida, retornaria a Londres. Ele não pretendia voltar a viver no Brasil.
Leia mais
Família acompanha investigações da morte de brasileiro em Londres
Polícia britânica prende suspeito de enviar cartas-bomba
Policial-chefe de operação que matou Jean Charles é promovida
Companhia demite aeromoça acusada de fazer sexo com ator em avião
Especial
Leia o que já foi publicado sobre brasileiros em Londres
Leia o que já foi publicado sobre mortes de brasileiros
Leia o que já foi publicado sobre a Polícia Metropolitana
Polícia britânica prende suspeito da morte de brasileiro em Londres
Publicidade
da Folha Online
A polícia britânica deteve nesta segunda-feira um suspeito pelo assassinato do brasileiro Acioli Pariz Júnior, 29, encontrado morto em um quarto do hotel Westminster (sudoeste de Londres) na quarta-feira (14) com ferimentos na cabeça e no abdômen.
A assessoria de imprensa da Polícia Metropolitana de Londres informou à Folha Online que o suspeito --um homem de 55 anos-- foi preso em Brighton, cidade litorânea do sul do Reino Unido. A polícia não divulgou o nome nem a nacionalidade do suspeito.
Detalhes da investigação também não foram revelados pela polícia, sob a alegação de que a divulgação de qualquer dado pode atrapalhar os trabalhos em andamento.
| Arquivo pessoal |
 |
| Acioli Pariz Júnior, 29, encontrado morto em hotel de Londres |
Jalber, que mora em Jaguaré (ES) com a mãe, também contou à Folha Online que não acreditou na notícia da morte do brasileiro ao receber um telefonema da polícia do Reino Unido, na quinta-feira (15). "A princípio, não acreditei, pensei que fosse um trote".
Segundo ele, a família só percebeu que a tragédia era verdade quando um amigo que dividia apartamento com Pariz Júnior e outros quatro brasileiros em Londres confirmou a notícia.
Desde então, Jalber mantém contato diário com a polícia britânica, e deve seguir para o Reino Unido daqui a uma semana, na segunda-feira (26). "Eu gostaria de ir antes, mas terei que esperar o Carnaval para tirar meu passaporte", disse o irmão mais velho do brasileiro.
Na quarta-feira (21), ele irá a Vitória para dar entrada no documento, que ficará pronto em um prazo de cinco dias. A polícia liberou duas passagens para a família.
Jalber, que ainda não sabe quem irá acompanhá-lo na viagem, pretende permanecer uma semana em Londres. Depois, a família continuará acompanhando o caso do Brasil.
Corpo
O corpo de Pariz Júnior deve ser liberado em três semanas e trazido para o enterro em Jaguaré. "Se as investigações forem rápidas, poderá ser liberado antes", afirma.
O irmão do brasileiro relata o sofrimento da família. "Está sendo muito difícil, principalmente para nossa mãe, que está muito abalada. Mas nossos amigos e familiares foram muito solidários, vieram até aqui para nos prestar solidariedade".
"Não imaginávamos que isso aconteceria com meu irmão em Londres, pois achávamos que lá era muito mais seguro que aqui no Brasil. Ficamos muito chocados", acrescenta.
Segundo Jalber, o brasileiro deu entrada no hotel Westminster na noite da terça-feira (13). De acordo com ele, os funcionários do hotel não souberam informar se Pariz Júnior chegou sozinho. "O hotel não tinha circuito interno de segurança", disse. "A polícia resgatou imagens das câmeras de vigilância da rua do hotel, que agora serão analisadas", afirma.
Jalber diz não imaginar o que possa ter acontecido com o irmão. "Falávamos sempre com ele, mas não sabíamos detalhes de sua vida lá, não conhecíamos os amigos com quem ele convivia, apenas por telefone. Mas ele dizia que estava tudo bem".
Oportunidade
Pariz Júnior vivia no Reino Unido desde 2005, há mais ou menos um ano e meio. Antes de morar em Londres, viveu em em Blackpool (Norte), onde trabalhou em um parque de diversões. "Ele foi atrás de oportunidades novas, achava que lá seria mais fácil conseguir um emprego".
Após se mudar para a capital britânica, o brasileiro trabalhou em vários locais --entre eles, uma academia de ginástica-- e atualmente tomava conta de uma casa em Londres. Júnior falou com os parentes no Brasil pela última vez no dia 11 de fevereiro.
Segundo Jalber, o irmão não veio visitar a família desde que deixou o Brasil porque estava ilegal no Reino Unido e, caso saísse, não conseguiria voltar ao país. No entanto, ele viajaria para a Itália em 15 dias para retirar sua cidadania italiana, cujo pedido havia sido aceito.
Com ascendência italiana, Pariz Júnior permaneceria um mês no país, visitaria a família no Espírito Santo e, em seguida, retornaria a Londres. Ele não pretendia voltar a viver no Brasil.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice
