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27/02/2007
-
19h50
da Folha Online
Em meio à crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irã, representantes dos dois países deverão se encontrar em duas conferências em março e abril sobre a estabilização do Iraque que também incluirão a Síria. Os EUA anunciaram nesta terça-feira que participarão das conferências, apesar da presença dos dois países que a Casa Branca acusa de desestabilizarem a segurança na região.
Sugestões sobre a inclusão do Irã e da Síria nos esforços de estabilização do Iraque --propostas até pelo grupo de estudos sobre o Iraque, comissão bipartidária encarregada pelo governo americano para analisar a situação no país árabe-- vêm sendo rejeitadas há meses pelos EUA.
A Casa Branca acusa a Síria e principalmente o Irã de financiarem ações terroristas no Iraque, especialmente voltadas contra as forças americanas na região. A tensão com Teerã aumenta também devido à polêmica sobre o programa nuclear iraniano, que os EUA temem visar a produção de armas de destruição em massa. O governo persa nega.
Negociações bilaterais
O Departamento de Estado americano não descartou hoje a possibilidade de oficiais dos EUA organizarem negociações bilaterais com os iranianos além dos encontros nas conferências, que ocorrerão em março e abril.
A Casa Branca, contudo, afirmou que há poucas chances de encontros bilaterais ocorrerem e destacou que antes de qualquer negociação o Irã deverá suspender seu programa de enriquecimento de urânio.
No Iraque, oficiais americanos apresentaram no começo de fevereiro equipamentos que afirmam ser exemplos de armas iranianas usadas para matar até 170 oficiais dos EUA. As bombas de estradas que os EUA afirmam serem produzidas no Irã são uma grande preocupação das forças de segurança e levantaram a suspeita de que o governo em Teerã pode estar envolvido em seu contrabando para o Iraque.
Não ficou claro pelas declarações de hoje se as duas conferências serão uma oportunidade para a retomada das negociações diretas entre os EUA e o Irã, que não possuem relações diplomáticas no momento. Não seria a primeira vez, no entanto, que os dois países se encontram em reuniões multilaterais.
Encontros
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, afirmou que os americanos apoiam totalmente os planos do Iraque de organizarem as conferências sobre segurança e estabilização.
A primeira conferência deverá reunir embaixadores de países vizinhos ao Iraque e dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) --EUA, China, Rússia, França e Reino Unido.
Rice disse que o segundo encontro poderá acontecer na primeira metade de abril e reunirá ministros destes países e ainda Canadá, Alemanha, Japão e Itália.
"O premiê Nouri al Maliki [do Iraque] acredita, e o presidente [americano, George W.] Bush e eu concordamos, que o sucesso no Iraque requer o apoio positivo dos países vizinhos. Essa é também uma das conclusões-chave do grupo de estudos sobre o Iraque", afirmou Rice em um comunicado.
"O governo do Iraque convidou a Síria e o Irã para estes encontros regionais. Esperamos que estes governos aproveitem a oportunidade para melhorar suas relações com o Iraque e trabalhem pela paz e estabilidade da região", completou.
Com Reuters
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Conferência sobre estabilização do Iraque reunirá EUA e Irã
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Em meio à crescente tensão entre os Estados Unidos e o Irã, representantes dos dois países deverão se encontrar em duas conferências em março e abril sobre a estabilização do Iraque que também incluirão a Síria. Os EUA anunciaram nesta terça-feira que participarão das conferências, apesar da presença dos dois países que a Casa Branca acusa de desestabilizarem a segurança na região.
Jason Reed/Reuters |
Condoleezza Rice (dir.), com secretário de defesa e líder das Forças Armadas dos EUA |
A Casa Branca acusa a Síria e principalmente o Irã de financiarem ações terroristas no Iraque, especialmente voltadas contra as forças americanas na região. A tensão com Teerã aumenta também devido à polêmica sobre o programa nuclear iraniano, que os EUA temem visar a produção de armas de destruição em massa. O governo persa nega.
Negociações bilaterais
O Departamento de Estado americano não descartou hoje a possibilidade de oficiais dos EUA organizarem negociações bilaterais com os iranianos além dos encontros nas conferências, que ocorrerão em março e abril.
A Casa Branca, contudo, afirmou que há poucas chances de encontros bilaterais ocorrerem e destacou que antes de qualquer negociação o Irã deverá suspender seu programa de enriquecimento de urânio.
No Iraque, oficiais americanos apresentaram no começo de fevereiro equipamentos que afirmam ser exemplos de armas iranianas usadas para matar até 170 oficiais dos EUA. As bombas de estradas que os EUA afirmam serem produzidas no Irã são uma grande preocupação das forças de segurança e levantaram a suspeita de que o governo em Teerã pode estar envolvido em seu contrabando para o Iraque.
Não ficou claro pelas declarações de hoje se as duas conferências serão uma oportunidade para a retomada das negociações diretas entre os EUA e o Irã, que não possuem relações diplomáticas no momento. Não seria a primeira vez, no entanto, que os dois países se encontram em reuniões multilaterais.
Encontros
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, afirmou que os americanos apoiam totalmente os planos do Iraque de organizarem as conferências sobre segurança e estabilização.
A primeira conferência deverá reunir embaixadores de países vizinhos ao Iraque e dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) --EUA, China, Rússia, França e Reino Unido.
Rice disse que o segundo encontro poderá acontecer na primeira metade de abril e reunirá ministros destes países e ainda Canadá, Alemanha, Japão e Itália.
"O premiê Nouri al Maliki [do Iraque] acredita, e o presidente [americano, George W.] Bush e eu concordamos, que o sucesso no Iraque requer o apoio positivo dos países vizinhos. Essa é também uma das conclusões-chave do grupo de estudos sobre o Iraque", afirmou Rice em um comunicado.
"O governo do Iraque convidou a Síria e o Irã para estes encontros regionais. Esperamos que estes governos aproveitem a oportunidade para melhorar suas relações com o Iraque e trabalhem pela paz e estabilidade da região", completou.
Com Reuters
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