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08/03/2007 - 20h54

Justiça argentina ordena detenção de último presidente da ditadura

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da France Presse

Um juiz argentino ordenou nesta quinta-feira a detenção do general reformado Reynaldo Bignone, último presidente da ditadura argentina (1976-83), numa causa em que são investigados os crimes cometidos no quartel militar Campo de Maio, informou uma fonte judicial.

O militar foi libertado no final de 2005 depois de sete anos preso sem uma sentença definitiva. Ele é acusado do roubo de bebês durante a ditadura e agora seu processo entrará na fase de julgamento.

A nova ordem de detenção foi emitida pelo juiz federal Alberto Suárez Araujo, da localidade portenha de San Martín (periferia norte).

Bignone será julgado por torturas, assassinatos e desaparecimentos de pessoas no principal quartel do Exército (força terrestre) na periferia oeste de Buenos Aires, onde funcionou um centro clandestino de detenção durante o regime.

A investigação foi reaberta em 2003 depois da anulação das leis de anistia.

Investigação

No mesmo processo, será investigado ainda o suposto seqüestro de Matilde Lanuscou, que tinha seis meses quando militares e policiais atacaram sua casa no dia 3 de setembro de 1976.

Nesse episódio, foram assassinados seus pais, Roberto Lanuscou e Amelia Miranda, e seus irmãos Roberto, de 6 anos, e Barbarita, de 4 anos. Seus corpos apareceram em 1984, enterrados como indigentes.

Em outro processo, Bignone é acusado de apologia ao crime e incitação à violência. O hierarca da ditadura se apresentou nesta quarta-feira perante a justiça, mas conseguiu adiar o interrogatório.

O ex-ditador foi citado pelo juiz federal Rodolfo Canicoba Corral por ter exortado os jovens, através de uma carta publicada na internet no ano passado, a concluir "o que nós não soubemos nem pudemos terminar", em alusão à ditadura.

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