Publicidade
Publicidade
10/03/2007
-
18h00
da France Presse, em Bagdá
Os EUA pediram neste sábado ao países vizinhos do Iraque, em especial Síria e Irã, que parem de interferir nos assuntos internos do país, durante a conferência internacional em Bagdá sobre a violência, qualificada de "construtiva" por iraquianos e americanos.
O encontro foi marcado por contatos diretos entre americanos e iranianos, que não mantêm relações diplomáticas desde a crise dos reféns da embaixada dos Estados Unidos em Teerã, em 1980.
Apesar do consenso sobre a necessidade de se "combater o terrorismo", as várias divergências entre os participantes foram evidentes.
O embaixador dos Estados Unidos em Bagdá, Zalmay Khalilzad, pediu aos vizinhos do Iraque que não permitam a entrada de combatentes e armas no território iraquiano.
"Os Estados Unidos já manifestaram no passado sua preocupação com o fato de que vários vizinhos do Iraque têm permitido a passagem de combatentes por suas fronteiras ou apoiado os rebeldes com dinheiro, armas e explosivos", lembrou Khalilzad durante sua intervenção na conferência.
O diplomata advertiu que "todos os países presentes na conferência sofrerão com um Iraque desintegrado".
Khalilzad disse que manteve discussões "construtivas e eficazes" com os iranianos sobre a segurança no Iraque.
"Conversei diretamente com os representantes iranianos (...) Também discuti com eles na mesa de negociações. Manifestei minhas preocupações", revelou Khalilzad. "As discussões sobre o Iraque com os iranianos e os outros (delegados) foram construtivas e eficazes. Veremos obviamente o que ocorrerá no futuro com o tráfico de armas e o apoio às milícias."
Já o representante iraniano na conferência, Abbas Araghtchi, negou que seu país promova a violência no Iraque e disse que a responsabilidade é das tropas americanas.
"Para garantir a paz e a estabilidade no Iraque é preciso um calendário sobre a retirada das tropas estrangeiras. Acreditamos que a presença das forças estrangeiras no Iraque contribui para a falta de segurança", disse Araghtchi, vice-ministro das Relações Exteriores para assuntos legais e internacionais.
"Apoiamos a paz, a estabilidade, a democracia e a prosperidade no Iraque. A segurança do Iraque é a nossa segurança. A estabilidade do Iraque é crucial para a paz e a estabilidade da região", destacou Araghtchi.
O ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, estimou que a reunião em Bagdá teve "resultados positivos e construtivos".
Segundo Zebari, entre os "maiores avanços" da conferência está a criação de "três comissões de trabalho", que discutirão a cooperação em matéria de segurança, refugiados e energia.
"Todos os participantes concordaram em realizar uma nova reunião, de caráter ministerial", informou o ministro, mas sem citar data ou local do encontro.
O Iraque manifestou seu interesse em organizar o próximo encontro, mas Egito e Turquia também se ofereceram para sediar a reunião.
Representantes de 17 países e organizações internacionais foram à conferência em Bagdá e todos expressaram seu "apoio à soberania iraquiana e ao princípio de não-intervenção".
Leia mais
Expectativa sobre conferência de Bagdá divide iraquianos
Democratas querem retirar tropas do Iraque até setembro de 2008
Especial
Enquete: A reunião para trazer estabilidade será eficaz?
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
EUA pedem fim da ingerência de países vizinhos no Iraque
Publicidade
Os EUA pediram neste sábado ao países vizinhos do Iraque, em especial Síria e Irã, que parem de interferir nos assuntos internos do país, durante a conferência internacional em Bagdá sobre a violência, qualificada de "construtiva" por iraquianos e americanos.
O encontro foi marcado por contatos diretos entre americanos e iranianos, que não mantêm relações diplomáticas desde a crise dos reféns da embaixada dos Estados Unidos em Teerã, em 1980.
Apesar do consenso sobre a necessidade de se "combater o terrorismo", as várias divergências entre os participantes foram evidentes.
O embaixador dos Estados Unidos em Bagdá, Zalmay Khalilzad, pediu aos vizinhos do Iraque que não permitam a entrada de combatentes e armas no território iraquiano.
"Os Estados Unidos já manifestaram no passado sua preocupação com o fato de que vários vizinhos do Iraque têm permitido a passagem de combatentes por suas fronteiras ou apoiado os rebeldes com dinheiro, armas e explosivos", lembrou Khalilzad durante sua intervenção na conferência.
O diplomata advertiu que "todos os países presentes na conferência sofrerão com um Iraque desintegrado".
Khalilzad disse que manteve discussões "construtivas e eficazes" com os iranianos sobre a segurança no Iraque.
"Conversei diretamente com os representantes iranianos (...) Também discuti com eles na mesa de negociações. Manifestei minhas preocupações", revelou Khalilzad. "As discussões sobre o Iraque com os iranianos e os outros (delegados) foram construtivas e eficazes. Veremos obviamente o que ocorrerá no futuro com o tráfico de armas e o apoio às milícias."
Já o representante iraniano na conferência, Abbas Araghtchi, negou que seu país promova a violência no Iraque e disse que a responsabilidade é das tropas americanas.
"Para garantir a paz e a estabilidade no Iraque é preciso um calendário sobre a retirada das tropas estrangeiras. Acreditamos que a presença das forças estrangeiras no Iraque contribui para a falta de segurança", disse Araghtchi, vice-ministro das Relações Exteriores para assuntos legais e internacionais.
"Apoiamos a paz, a estabilidade, a democracia e a prosperidade no Iraque. A segurança do Iraque é a nossa segurança. A estabilidade do Iraque é crucial para a paz e a estabilidade da região", destacou Araghtchi.
O ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hoshyar Zebari, estimou que a reunião em Bagdá teve "resultados positivos e construtivos".
Segundo Zebari, entre os "maiores avanços" da conferência está a criação de "três comissões de trabalho", que discutirão a cooperação em matéria de segurança, refugiados e energia.
"Todos os participantes concordaram em realizar uma nova reunião, de caráter ministerial", informou o ministro, mas sem citar data ou local do encontro.
O Iraque manifestou seu interesse em organizar o próximo encontro, mas Egito e Turquia também se ofereceram para sediar a reunião.
Representantes de 17 países e organizações internacionais foram à conferência em Bagdá e todos expressaram seu "apoio à soberania iraquiana e ao princípio de não-intervenção".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice