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08/03/2007 - 15h50

Democratas querem retirar tropas do Iraque até setembro de 2008

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da Folha Online

Em um desafio aberto ao presidente dos Estados Unidos, os democratas na Câmara dos Representantes revelaram um projeto de lei que prevê a retirada das tropas americanas do Iraque até 1 de setembro de 2008.

A líder do Congresso, Nancy Pelosi, disse que será a primeira vez que o Congresso, dominado pelos democratas, estabelecerá uma "data certa" para o fim dos combates americanos no Iraque, numa guerra que já dura quatro anos e deixou um saldo de mais de 3.100 soldados americanos e milhares de iraquianos mortos.

Pelosi quer a proposta aprovada como parte de um projeto de US$ 100 bilhões de fundos para as guerras no Iraque e no Afeganistão.

O projeto de lei pede que Bush ateste, no dia 1 de julho e novamente em 1 de outubro, se o governo iraquiano realizou progressos no sentido de melhorar a segurança no país, além de distribuir os rendimentos do petróleo e de criar um sistema justo para melhorar sua Constituição.

Caso Bush confirme que a situação no Iraque melhorou, a retirada das tropas de combate começaria em 1 de março de 2008 e seria concluída até 1 de setembro.

Caso contrário, a retirada será acelerada. Se Bush não conseguir confirmar que a situação no Iraque melhorou até 1 de julho, a retirada de tropas começaria imediatamente, ainda neste ano, e terminaria em seis meses. O mesmo ocorreria se Bush não conseguir a segunda confirmação.

A proposta é um desafio a Bush, que ordenou o envio de tropas extras para o Iraque e se opõe a prazos de retirada.

Em busca de consenso

O anúncio foi feito por Pelosi enquanto senadores democratas revisavam uma medida que estabelece o prazo para a retirada das tropas para março de 2008. O líder da maioria, Harry Reid, convocou uma reunião para estudar a proposta. As duas casas precisariam conciliar suas propostas legislativas antes de enviar o projeto para Bush, que pode vetá-lo.

Na Câmara, Pelosi e as lideranças se esforçaram recentemente para elaborar uma proposta para a guerra que satisfizesse liberais relutantes em votar por mais recursos sem espantar os democratas mais moderados, que não querem ser vistos como se estivessem atando as mãos dos militares.

Um grupo de democratas liberais, que querem a retirada completa das tropas até o final deste ano, disseram que se oporão ao plano das lideranças.

Sem um partido unificado, os democratas enfrentam a possibilidade de uma derrota embaraçosa na hora de votar o projeto, que deve acontecer este mês.

Para tornar a medida mais atraente politicamente, os democratas também pretendem acrescentar US$ 1,2 bilhão ao pedido de Bush para operações militares no Afeganistão, onde uma ofensiva talebã é esperada para a primavera.

O projeto também excederá a solicitação da Casa Branca para assistência médica aos veteranos de guerra e aos soldados na ativa.

Treinamento militar

Pelo projeto, o Pentágono deve ainda aderir às normas existentes de equipamento e treinamento de tropas enviadas ao exterior e de providenciar intervalos de descanso entre as expedições de combate.

O objetivo é garantir que o governo não enviará tropas para batalhas sem o descanso, o treinamento e o equipamento apropriados.

Porém, pelo projeto, Bush pode dispensar esses procedimentos. Segundo os democratas, trata-se de uma tentativa de forçar o presidente a seguir as normas. Mas eles admitem que o efeito geral seria o de permitir que o governo siga com seus planos de enviar cinco brigadas de combate adicionais a Bagdá nos próximos meses.

Com agências internacionais

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