Publicidade
Publicidade
13/03/2007
-
15h25
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, voltará nesta terça-feira a Gaza, vindo de Ramallah, na Cisjordânia, para retomar as negociações destinadas à formação de um governo de coalizão com o premiê palestino, Ismail Haniyeh.
A nova sessão de negociações entre ambos os dirigentes será a primeira desde que Abbas se reuniu, no domingo (11), com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, em Jerusalém.
Segundo o porta-voz do presidente da ANP, Mohammed Edwan, legisladores do Fatah --ligado a Abbas-- entregou a lista de candidatos a cargos ministeriais que comporiam a coalizão com os políticos do Hamas [grupo terrorista e partido político], de Haniyeh.
O Hamas indicou no início desta semana que anunciará na quinta-feira (15) o novo governo de união, e que no sábado (17) solicitará o voto de confiança ao Conselho Legislativo.
As negociações para formar a coalizão entre Hamas e Fatah começaram depois do acordo assinado na cidade saudita de Meca entre Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.
A lista de candidatos do Fatah, que deve ser autorizada pelo Executivo, inclui políticos da geração jovem, segundo fontes do partido.
Segundo o Acordo de Meca, o Fatah --que faz oposição desde que o Hamas ganhou as eleições palestinas de janeiro de 2006-- tem direito a designar o vice-premiê, ou seja, o segundo de Haniyeh. Especula-se que o político Azzam el Ahmad fique com o cargo.
Ainda não foi divulgado se Abbas e Haniyeh superaram um dos principais obstáculos para a formação do novo Gabinete Nacional: a designação de quem assumirá o Ministério do Interior da ANP, que deve passar a controlar todos os organismos de segurança.
Al Qaeda
No domingo (11), o médico egípcio Ayman al Zawahiri, considerado o 'braço direito' do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, acusou o Hamas de servir aos interesses dos EUA ao concordar em respeitar os acordos de paz com Israel, no acordo assinado em Meca.
O acordo de coalizão ficou próximo de cumprir à risca as exigências do Quarteto para o Oriente Médio --EUA, União Européia (UE), ONU e Rússia-- que pede que o Hamas reconheça Israel, renuncie à violência e aceite a existência dos acordos de paz.
Segundo Al Zawahiri, o acordo de Meca, que acalmou semanas de confrontos entre Hamas e Fatah, que mataram mais de 90 palestinos, foi parte de uma "tentativa dos EUA de diminuir a indignação muçulmana", descrito pelo médico egípcio como um "passo em direção a Israel".
"É uma estratégia americana para atingir a resistência islâmica contra a cruzada sionista", disse. Al Zawahiri acusou ainda o Hamas de abandonar a tradição de ataques suicidas em troca de ganhos políticos. "Eles abandonaram as operações dos mártires (...) por poder".
O Hamas rejeitou nesta segunda-feira as críticas feitas po Al Zawahiri, e afirmou que ainda está "comprometido com a destruição de Israel", apesar do acordo com o Fatah.
"Nós não trairemos as promessas que fizemos a Deus e continuamos comprometidos com a Jihad. A resistência permanecerá até a libertação da Palestina, de toda a Palestina", afirmou o Hamas em um comunicado, em uma clara referência à Israel e aos territórios ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Ataques
Ataques atribuídos ao Hamas mataram cerca de 300 israelenses em cerca de 58 ataques depois do início da Segunda Intifada, em 2000. A última ação deste tipo do grupo foi em 2004.
De acordo com o Hamas, a decisão de participar da disputa eleitoral em 2006 --que levou o grupo ao controle do Parlamento palestino-- e o acordo de coalizão fechado em fevereiro apenas "preservam os mais altos interesses do povo palestino".
Líderes do Hamas ofereceram uma trégua de longo prazo a Israel em troca da formação de um Estado palestino que inclua a Cisjordânia e a faixa de Gaza.
A carta de fundação do grupo, de 1988, prega a destruição do Estado de Israel.
Leia mais
Hamas rejeita críticas e diz que ainda visa destruir Israel
Em mensagem, "braço direito" de Bin Laden critica Hamas
Especial
Enquete: A pressão da Al Qaeda pode minar as negociações?
Leia o que já foi publicado sobre o Hamas
Leia o que já foi publicado sobre o Fatah
Leia o que já foi publicado sobre a Al Qaeda
Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
Hamas e Fatah se reúnem em Gaza para discutir governo de união
Publicidade
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, voltará nesta terça-feira a Gaza, vindo de Ramallah, na Cisjordânia, para retomar as negociações destinadas à formação de um governo de coalizão com o premiê palestino, Ismail Haniyeh.
A nova sessão de negociações entre ambos os dirigentes será a primeira desde que Abbas se reuniu, no domingo (11), com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, em Jerusalém.
Segundo o porta-voz do presidente da ANP, Mohammed Edwan, legisladores do Fatah --ligado a Abbas-- entregou a lista de candidatos a cargos ministeriais que comporiam a coalizão com os políticos do Hamas [grupo terrorista e partido político], de Haniyeh.
O Hamas indicou no início desta semana que anunciará na quinta-feira (15) o novo governo de união, e que no sábado (17) solicitará o voto de confiança ao Conselho Legislativo.
As negociações para formar a coalizão entre Hamas e Fatah começaram depois do acordo assinado na cidade saudita de Meca entre Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.
A lista de candidatos do Fatah, que deve ser autorizada pelo Executivo, inclui políticos da geração jovem, segundo fontes do partido.
Segundo o Acordo de Meca, o Fatah --que faz oposição desde que o Hamas ganhou as eleições palestinas de janeiro de 2006-- tem direito a designar o vice-premiê, ou seja, o segundo de Haniyeh. Especula-se que o político Azzam el Ahmad fique com o cargo.
Ainda não foi divulgado se Abbas e Haniyeh superaram um dos principais obstáculos para a formação do novo Gabinete Nacional: a designação de quem assumirá o Ministério do Interior da ANP, que deve passar a controlar todos os organismos de segurança.
Al Qaeda
No domingo (11), o médico egípcio Ayman al Zawahiri, considerado o 'braço direito' do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, acusou o Hamas de servir aos interesses dos EUA ao concordar em respeitar os acordos de paz com Israel, no acordo assinado em Meca.
O acordo de coalizão ficou próximo de cumprir à risca as exigências do Quarteto para o Oriente Médio --EUA, União Européia (UE), ONU e Rússia-- que pede que o Hamas reconheça Israel, renuncie à violência e aceite a existência dos acordos de paz.
Segundo Al Zawahiri, o acordo de Meca, que acalmou semanas de confrontos entre Hamas e Fatah, que mataram mais de 90 palestinos, foi parte de uma "tentativa dos EUA de diminuir a indignação muçulmana", descrito pelo médico egípcio como um "passo em direção a Israel".
"É uma estratégia americana para atingir a resistência islâmica contra a cruzada sionista", disse. Al Zawahiri acusou ainda o Hamas de abandonar a tradição de ataques suicidas em troca de ganhos políticos. "Eles abandonaram as operações dos mártires (...) por poder".
O Hamas rejeitou nesta segunda-feira as críticas feitas po Al Zawahiri, e afirmou que ainda está "comprometido com a destruição de Israel", apesar do acordo com o Fatah.
"Nós não trairemos as promessas que fizemos a Deus e continuamos comprometidos com a Jihad. A resistência permanecerá até a libertação da Palestina, de toda a Palestina", afirmou o Hamas em um comunicado, em uma clara referência à Israel e aos territórios ocupados da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
Ataques
Ataques atribuídos ao Hamas mataram cerca de 300 israelenses em cerca de 58 ataques depois do início da Segunda Intifada, em 2000. A última ação deste tipo do grupo foi em 2004.
De acordo com o Hamas, a decisão de participar da disputa eleitoral em 2006 --que levou o grupo ao controle do Parlamento palestino-- e o acordo de coalizão fechado em fevereiro apenas "preservam os mais altos interesses do povo palestino".
Líderes do Hamas ofereceram uma trégua de longo prazo a Israel em troca da formação de um Estado palestino que inclua a Cisjordânia e a faixa de Gaza.
A carta de fundação do grupo, de 1988, prega a destruição do Estado de Israel.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice