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16/03/2007
-
18h36
da Folha Online
O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta sexta-feira que convocará eleições gerais em 2008 uma vez que seja concluído o trabalho da Assembléia Constituinte no país, o que deve acontecer ainda este ano. Nas eleições, seu próprio cargo deverá ser renovado, segundo o anúncio feito pelo presidente.
Em um discurso pronunciado na localidade de Warnes, no departamento de Santa Cruz, Morales pediu à assembléia que termine seu trabalho para que 2008 tenha "uma nova eleição, para que haja um novo presidente". Caso se candidate novamente e vença, Morales poderá ter, na prática, um mandato alongado.
"Quero dizer que este ano tem que acabar", disse Morales, em referência à redação da nova Carta Magna boliviana, cujo prazo de um ano vencerá no dia 6 de agosto próximo.
A assembléia iniciou seus trabalhos em 6 de agosto de 2006 e há apenas um mês começou a discutir os assuntos que serão incluídos na nova Constituição.
Após a entrega do novo texto constitucional, em agosto, os bolivianos deverão ratificar a Carta Magna em um referendo que está previsto para ocorrer em 2007.
Se for mesmo confirmada a Constituição, os líderes socialistas declararam que a nova carta incluirá mudanças na estrutura política, social e econômica do país, o que exigirá um chamado às urnas.
Candidato
Neste cenário, a próxima eleição geral será realizada cerca de dois anos depois que Morales foi eleito, em dezembro de 2005, para um mandato de cinco anos.
O presidente não disse explicitamente que será novamente candidato à Presidência boliviana pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido que o elegeu em 2005 após formar uma ampla coalizão de sindicatos de trabalhadores, camponeses e indígenas.
"Este curto tempo deve ser aproveitado muito bem, com serviços ao povo, porque a política é uma ciência de servir ao povo e não de servir-se do povo", afirmou Morales.
O presidente completou o discurso afirmando que deseja "coordenar [seu trabalho] ao máximo com os prefeitos e governadores para servir melhor no "curto tempo" que passará no palácio de governo.
Morales
Morales, 46, nasceu em um vilarejo da região montanhosa da Bolívia, onde era pastor de lhamas e viu quatro de seus seis irmãos morrerem na infância.
Ele assumiu a Presidência em janeiro de 2006 após vencer-- com 54% dos votos-- as eleições de 18 de dezembro, melhor desempenho de um candidato desde que o país retornou à democracia, em 1982.
"Pela primeira vez, um indígena ocupa a Presidência e visita vários países. Isto provoca orgulho em pessoas como eu", afirmou Simon Alanoca, um aimara que deixou o campo para trabalhar na cidade indígena de El Alto.
Morales chegou ao poder por meio de sua atuação como líder cocaleiro. Ele é um forte opositor à erradicação do cultivo da coca defendida pelos Estados Unidos.
No início deste mês, o presidente ratificou sua decisão de buscar a descriminalização do cultivo de folha de coca, mesmo com as críticas de organismos internacionais.
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Evo Morales anuncia eleições antecipadas na Bolívia para 2008
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta sexta-feira que convocará eleições gerais em 2008 uma vez que seja concluído o trabalho da Assembléia Constituinte no país, o que deve acontecer ainda este ano. Nas eleições, seu próprio cargo deverá ser renovado, segundo o anúncio feito pelo presidente.
12.mar.2007/Efe |
Evo Morales anunciou eleições antecipadas na Bolívia em 2008 |
"Quero dizer que este ano tem que acabar", disse Morales, em referência à redação da nova Carta Magna boliviana, cujo prazo de um ano vencerá no dia 6 de agosto próximo.
A assembléia iniciou seus trabalhos em 6 de agosto de 2006 e há apenas um mês começou a discutir os assuntos que serão incluídos na nova Constituição.
Após a entrega do novo texto constitucional, em agosto, os bolivianos deverão ratificar a Carta Magna em um referendo que está previsto para ocorrer em 2007.
Se for mesmo confirmada a Constituição, os líderes socialistas declararam que a nova carta incluirá mudanças na estrutura política, social e econômica do país, o que exigirá um chamado às urnas.
Candidato
Neste cenário, a próxima eleição geral será realizada cerca de dois anos depois que Morales foi eleito, em dezembro de 2005, para um mandato de cinco anos.
O presidente não disse explicitamente que será novamente candidato à Presidência boliviana pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido que o elegeu em 2005 após formar uma ampla coalizão de sindicatos de trabalhadores, camponeses e indígenas.
"Este curto tempo deve ser aproveitado muito bem, com serviços ao povo, porque a política é uma ciência de servir ao povo e não de servir-se do povo", afirmou Morales.
O presidente completou o discurso afirmando que deseja "coordenar [seu trabalho] ao máximo com os prefeitos e governadores para servir melhor no "curto tempo" que passará no palácio de governo.
Morales
Morales, 46, nasceu em um vilarejo da região montanhosa da Bolívia, onde era pastor de lhamas e viu quatro de seus seis irmãos morrerem na infância.
11.mar.2007/Efe |
Indígenas de El Alto manifestam apoio ao presidente boliviano, Evo Morales |
"Pela primeira vez, um indígena ocupa a Presidência e visita vários países. Isto provoca orgulho em pessoas como eu", afirmou Simon Alanoca, um aimara que deixou o campo para trabalhar na cidade indígena de El Alto.
Morales chegou ao poder por meio de sua atuação como líder cocaleiro. Ele é um forte opositor à erradicação do cultivo da coca defendida pelos Estados Unidos.
No início deste mês, o presidente ratificou sua decisão de buscar a descriminalização do cultivo de folha de coca, mesmo com as críticas de organismos internacionais.
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