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17/03/2007 - 01h09

Hugo Chávez chama Bush de ignorante e o acusa de planejar golpe

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da Efe, em Washington

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou seu colega norte-americano, George W. Bush, de planejar um golpe de Estado contra sua pessoa e disse que o líder dos EUA é "muito ignorante" sobre as coisas que acontecem na América Latina e no mundo.

Chávez fez estas declarações à jornalista Barbara Walters, em uma entrevista que foi exibida esta noite pela rede norte-americana de televisão "ABC".

O governante venezuelano admitiu a possibilidade de ter exagerado um pouco ao chamar Bush de "diabo" e "burro" no ano passado, na Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ele poderia até pedir perdão.

"Chamei Bush de diabo nas Nações Unidas. Disse que era um burro, porque acho que é muito ignorante das coisas que acontecem na América Latina e no mundo. Foi um excesso da minha parte", explicou.

"Mas quem causa mais danos? Ele queima pessoas e povos, e invade países", disse.

O presidente venezuelano também disse que respeita, como seres humanos, tanto Bush como a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, embora sejam pessoas que "matam".

Além disso, destacou que a CIA (agência de inteligência norte-americana) colabora com dissidentes dentro da Venezuela para matá-lo. "Se alguma coisa me acontecer, a culpa seria dos Estados Unidos", afirmou.

Chávez também acusa a CIA de assassinar o presidente chileno Salvador Allende, em 1973, e de ter tentado matar o líder cubano Fidel Castro.

Antes de iniciar sua conversa com Chávez, a entrevistadora apresentou um panorama da Venezuela, contrastando a riqueza petrolífera do país e o panorama de pobreza nos bairros de Caracas.

Walters também afirmou que o presidente venezuelano se mostrou como "uma pessoa amistosa" durante a entrevista.

Numa escala de 0 a 10, Chávez deu ao presidente dos EUA nota 1, "com generosidade". E afirmou que, se fosse norte-americano, não teria problemas para derrotar Bush numa eleição.

Ao comentar o fornecimento de petróleo da Venezuela aos Estados Unidos, garantiu que "não existe nenhuma intenção" de eliminar ou reduzir a oferta de 1,5 milhão de barris de petróleo diários.

No entanto, "no caso de algum tipo de agressão por parte dos EUA o fornecimento seria cortado", alertou.

Em sua conversa com Walters, o presidente venezuelano reafirmou o apoio de seu país a Israel. Mas disse que defenderia o Irã no caso de um ataque pelos EUA.

Ele duvidou que possa haver uma invasão, porque seria "um bumerangue", considerado um ataque a todo o mundo.

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