Publicidade
Publicidade
19/03/2007
-
05h45
da Efe, em Nova York
O secretário-geral das ONU (Organização das Nações Unidas), o sul-coreano Ban Ki-moon, inicia nesta semana sua primeira viagem pelo Oriente Médio com o objetivo de relançar o processo de paz entre árabes e israelenses, um assunto que qualificou de "crucial" e com "grandes implicações de segurança em todo o mundo".
"A paz no Oriente Médio tem grandes implicações de segurança no mundo todo, principalmente devido à relação entre israelenses e árabes, que é de importância crucial", afirmou na primeira entrevista concedida a um meio em língua espanhola desde que assumiu o cargo, em 1º de janeiro.
Ban explicou que esta viagem responde a seu interesse em conhecer em primeira mão a situação na região, onde assistirá à Cúpula da Liga Árabe prevista para o dia 28 na capital da Arábia Saudita, Riad, e visitará Israel e os territórios palestinos, com escalas no Líbano, Egito e na Jordânia.
A viagem coincide com novos esforços do chamado Quarteto de Madri --integrado por ONU, Uniao Européia, Estados Unidos e Rússia-- para reativar o diálogo entre palestinos e israelenses e é a segunda de Ban Ki-moon como secretário-geral das Nações Unidas. A primeira foi realizada em fevereiro pela Europa e África.
Ban se referiu também à crise nuclear com o Irã e expressou sua esperança de que se resolva através do "diálogo".
"A não-proliferação de armas de destruição em massa é muito importante para a paz e a segurança internacional", advertiu Ban às vésperas de que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, se dirija ao Conselho de Segurança da ONU para explicar a negativa do país a suspender suas atividades nucleares.
"Sinceramente, espero que os iranianos optem desta vez pelas negociações com a comunidade internacional e possamos ver uma solução pacífica para a situação", afirmou o secretário-geral da organização, que lembrou que o Conselho de Segurança debate uma nova resolução com sanções contra o regime dos aiatolás.
O ex-ministro de Exteriores sul-coreano evitou estabelecer paralelismos entre a crise nuclear com o Irã e a da Coréia do Norte.
"A Coréia do Norte se comprometeu a desmantelar suas armas, instalações e programas nucleares em troca de assistência econômica e garantias de segurança", afirmou, referindo-se ao acordo firmado em 13 de fevereiro no diálogo multilateral que o país mantém com a Coréia do Sul, Japão, EUA, Rússia e China.
"Esperamos que possamos ver em breve a desnuclearização da Península de Coréia", disse.
Ban ressaltou que, no caso do Irã, ao contrário, o Governo de Teerã "não cumpriu o prazo imposto pelo Conselho de Segurança para que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio", um processo que, na opinião dos analistas, é a base para a elaboração de armas atômicas.
Além disso, o secretário-geral abordou a situação na região de Darfur, no oeste do Sudão, e, assim como seu antecessor, Kofi Annan, considerou que é o cenário do pior desastre humanitário do século XXI no mundo.
Ban calculou em "quatro milhões" o número de pessoas afetadas pela crise e que precisam de assistência humanitária em Darfur.
Ele qualificou de "lamentável" que o presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, tenha rejeitado a proposta de mobilizar em Darfur uma missão composta pela ONU e a União Africana (UA), de acordo com uma resolução adotada pelo Conselho de Segurança.
"O Governo do Sudão deveria ter aceitado nossa proposta conjunta para permitir o desdobramento de uma força híbrida que ajude a avançar em paralelo ao processo político", afirmou, em alusão ao plano detalhado que o próprio Ban enviou a Bashir em fevereiro sobre a composição da força e que foi rejeitado pelo Governo de Cartum.
O secretário-geral da ONU anunciou na entrevista o envio nesta semana ao Sudão do enviado especial para Darfur, Jan Eliasson, que, junto ao representante da UA, Salim Ahmed Salim, tentará retomar o diálogo com as autoridades sudanesas.
"Espero que o Governo sudanês aceite nossa nova proposta, que permitirá assistir os que sofrem pelo conflito", acrescentou.
Ban expressou também sua preocupação com "a insegurança, a violência sectária e o fluxo de deslocados" no Iraque e espera que o plano internacional para a reconstrução do país tenha êxito.
O projeto foi apresentado na semana passada na sede da ONU em Nova York e contou com o apoio de cem Estados-membros do organismo mundial. EFE
Leia mais
Evitar aquecimento custaria menos de 0,6% do PIB mundial, diz ONU
Agência nuclear da ONU quer desarmar Coréia do Norte até abril
Chefe de agência da ONU sofre tentativa de seqüestro em Gaza
ONU condena operação de forças de segurança no Iraque
Ban Ki-moon viaja ao Oriente Médio nesta semana
Publicidade
O secretário-geral das ONU (Organização das Nações Unidas), o sul-coreano Ban Ki-moon, inicia nesta semana sua primeira viagem pelo Oriente Médio com o objetivo de relançar o processo de paz entre árabes e israelenses, um assunto que qualificou de "crucial" e com "grandes implicações de segurança em todo o mundo".
"A paz no Oriente Médio tem grandes implicações de segurança no mundo todo, principalmente devido à relação entre israelenses e árabes, que é de importância crucial", afirmou na primeira entrevista concedida a um meio em língua espanhola desde que assumiu o cargo, em 1º de janeiro.
Ban explicou que esta viagem responde a seu interesse em conhecer em primeira mão a situação na região, onde assistirá à Cúpula da Liga Árabe prevista para o dia 28 na capital da Arábia Saudita, Riad, e visitará Israel e os territórios palestinos, com escalas no Líbano, Egito e na Jordânia.
A viagem coincide com novos esforços do chamado Quarteto de Madri --integrado por ONU, Uniao Européia, Estados Unidos e Rússia-- para reativar o diálogo entre palestinos e israelenses e é a segunda de Ban Ki-moon como secretário-geral das Nações Unidas. A primeira foi realizada em fevereiro pela Europa e África.
Ban se referiu também à crise nuclear com o Irã e expressou sua esperança de que se resolva através do "diálogo".
"A não-proliferação de armas de destruição em massa é muito importante para a paz e a segurança internacional", advertiu Ban às vésperas de que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, se dirija ao Conselho de Segurança da ONU para explicar a negativa do país a suspender suas atividades nucleares.
"Sinceramente, espero que os iranianos optem desta vez pelas negociações com a comunidade internacional e possamos ver uma solução pacífica para a situação", afirmou o secretário-geral da organização, que lembrou que o Conselho de Segurança debate uma nova resolução com sanções contra o regime dos aiatolás.
O ex-ministro de Exteriores sul-coreano evitou estabelecer paralelismos entre a crise nuclear com o Irã e a da Coréia do Norte.
"A Coréia do Norte se comprometeu a desmantelar suas armas, instalações e programas nucleares em troca de assistência econômica e garantias de segurança", afirmou, referindo-se ao acordo firmado em 13 de fevereiro no diálogo multilateral que o país mantém com a Coréia do Sul, Japão, EUA, Rússia e China.
"Esperamos que possamos ver em breve a desnuclearização da Península de Coréia", disse.
Ban ressaltou que, no caso do Irã, ao contrário, o Governo de Teerã "não cumpriu o prazo imposto pelo Conselho de Segurança para que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio", um processo que, na opinião dos analistas, é a base para a elaboração de armas atômicas.
Além disso, o secretário-geral abordou a situação na região de Darfur, no oeste do Sudão, e, assim como seu antecessor, Kofi Annan, considerou que é o cenário do pior desastre humanitário do século XXI no mundo.
Ban calculou em "quatro milhões" o número de pessoas afetadas pela crise e que precisam de assistência humanitária em Darfur.
Ele qualificou de "lamentável" que o presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, tenha rejeitado a proposta de mobilizar em Darfur uma missão composta pela ONU e a União Africana (UA), de acordo com uma resolução adotada pelo Conselho de Segurança.
"O Governo do Sudão deveria ter aceitado nossa proposta conjunta para permitir o desdobramento de uma força híbrida que ajude a avançar em paralelo ao processo político", afirmou, em alusão ao plano detalhado que o próprio Ban enviou a Bashir em fevereiro sobre a composição da força e que foi rejeitado pelo Governo de Cartum.
O secretário-geral da ONU anunciou na entrevista o envio nesta semana ao Sudão do enviado especial para Darfur, Jan Eliasson, que, junto ao representante da UA, Salim Ahmed Salim, tentará retomar o diálogo com as autoridades sudanesas.
"Espero que o Governo sudanês aceite nossa nova proposta, que permitirá assistir os que sofrem pelo conflito", acrescentou.
Ban expressou também sua preocupação com "a insegurança, a violência sectária e o fluxo de deslocados" no Iraque e espera que o plano internacional para a reconstrução do país tenha êxito.
O projeto foi apresentado na semana passada na sede da ONU em Nova York e contou com o apoio de cem Estados-membros do organismo mundial. EFE
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice