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16/03/2007
-
12h33
da Folha Online
A agência sobre refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou nesta sexta-feira uma operação feita pela polícia iraquiana em um bairro predominantemente palestino de Bagdá, afirmando que a ação foi "altamente preocupante". A capital iraquiana vive atualmente uma nova ofensiva das forças de segurança locais e estrangeiras que visa coibir a violência sectária a partir de operações bairro a bairro.
Enquanto os militares americanos celebraram ontem o sucesso parcial da ofensiva, que afirmam ter tido êxito em diminuir a violência, o porta-voz do Alto Comissariado para Refugiados da ONU (UNHCR), Ron Redmond, disse que o órgão está "profundamente preocupado" com a operação no bairro palestino, que foi realizada na última quarta-feira (14).
Segundo ele, ao menos um palestino --um guarda de uma mesquita local-- foi morto com tiros na cabeça durante a ação, e outros nove palestinos continuam detidos.
"A operação levou ao menos 41 outros palestinos a fugirem da capital, e eles se uniram a outros 850 palestinos que estão refugiados na fronteira entre o Iraque e a Síria desde maio de 2006. A expectativa é que mais fugas aconteçam", disse Redmond.
Abuso físico
Os palestinos que chegaram na fronteira afirmaram que suas casas foram revistadas pelas forças especiais iraquianas, que teria dado a eles dois dias para saírem do local.
A UNHCR informou ainda que há relatos de "abuso físico e possivelmente tortura" contra os detidos no Iraque.
Ontem, o Ministério do Interior iraquiano afirmou que a operação foi realizada para investigar roubos de carros e não foi voltada contra os refugiados palestinos. "A violência aconteceu quando os palestinos tentaram resistir à operação", disse Redmond. Ele relatou ainda que há denúncias de extorsão, seqüestros e assassinatos contra os palestinos que vivem em Bagdá.
A ONU estima que cerca de 15 mil palestinos continuam hoje no Iraque --menos da metade do número original de refugiados palestinos no país.
Sadr City
Em Sadr City, bastião xiita em Bagdá, um ataque contra o mais alto oficial executivo do bairro nesta quinta-feira elevou a tensão entre milicianos locais, que culparam uma facção insatisfeita com a cooperação com as forças americanas pelo atentado, disse hoje um comandante do bairro.
Atiradores abriram fogo contra o comboio que levava Rahim al Darraji no leste de Bagdá. Al Darraji, prefeito de Sadr City, ficou seriamente ferido, e dois de seus guarda-costas foram mortos no ataque, segundo a política.
O prefeito local era o principal negociador com oficiais americanos que tentavam tirar guerrilheiros das ruas de Sadr City. O bairro é a base do Exército de Mahdi, milícia xiita leal ao clérigo radical Moqtada al Sadr.
Em meio à tensão, simpatizantes de Al Sadr realizaram uma demonstração hoje após a oração semanal para protestar contra o estabelecimento de uma base conjunta das forças americanas e iraquianas no bairro.
Com agências internacionais
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A agência sobre refugiados da ONU (Organização das Nações Unidas) condenou nesta sexta-feira uma operação feita pela polícia iraquiana em um bairro predominantemente palestino de Bagdá, afirmando que a ação foi "altamente preocupante". A capital iraquiana vive atualmente uma nova ofensiva das forças de segurança locais e estrangeiras que visa coibir a violência sectária a partir de operações bairro a bairro.
Enquanto os militares americanos celebraram ontem o sucesso parcial da ofensiva, que afirmam ter tido êxito em diminuir a violência, o porta-voz do Alto Comissariado para Refugiados da ONU (UNHCR), Ron Redmond, disse que o órgão está "profundamente preocupado" com a operação no bairro palestino, que foi realizada na última quarta-feira (14).
Segundo ele, ao menos um palestino --um guarda de uma mesquita local-- foi morto com tiros na cabeça durante a ação, e outros nove palestinos continuam detidos.
"A operação levou ao menos 41 outros palestinos a fugirem da capital, e eles se uniram a outros 850 palestinos que estão refugiados na fronteira entre o Iraque e a Síria desde maio de 2006. A expectativa é que mais fugas aconteçam", disse Redmond.
Abuso físico
Os palestinos que chegaram na fronteira afirmaram que suas casas foram revistadas pelas forças especiais iraquianas, que teria dado a eles dois dias para saírem do local.
A UNHCR informou ainda que há relatos de "abuso físico e possivelmente tortura" contra os detidos no Iraque.
Ontem, o Ministério do Interior iraquiano afirmou que a operação foi realizada para investigar roubos de carros e não foi voltada contra os refugiados palestinos. "A violência aconteceu quando os palestinos tentaram resistir à operação", disse Redmond. Ele relatou ainda que há denúncias de extorsão, seqüestros e assassinatos contra os palestinos que vivem em Bagdá.
A ONU estima que cerca de 15 mil palestinos continuam hoje no Iraque --menos da metade do número original de refugiados palestinos no país.
Sadr City
Em Sadr City, bastião xiita em Bagdá, um ataque contra o mais alto oficial executivo do bairro nesta quinta-feira elevou a tensão entre milicianos locais, que culparam uma facção insatisfeita com a cooperação com as forças americanas pelo atentado, disse hoje um comandante do bairro.
Atiradores abriram fogo contra o comboio que levava Rahim al Darraji no leste de Bagdá. Al Darraji, prefeito de Sadr City, ficou seriamente ferido, e dois de seus guarda-costas foram mortos no ataque, segundo a política.
O prefeito local era o principal negociador com oficiais americanos que tentavam tirar guerrilheiros das ruas de Sadr City. O bairro é a base do Exército de Mahdi, milícia xiita leal ao clérigo radical Moqtada al Sadr.
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Com agências internacionais
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