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20/03/2007 - 09h17

Escolas britânicas poderão proibir o uso de véus sobre o rosto

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da Efe, em Londres

As escolas britânicas poderão proibir que as alunas usem véus que cubram o rosto por motivos de segurança e de aprendizagem, segundo novos guias sobre uniformes escolares que serão lançados pelo governo do Reino Unido.

As novas diretrizes do Ministério da Educação não ordenam nem recomendam que as escolas proíbam o véu, mas afirmam que estas poderão fazê-lo caso considerem conveniente ou após consultar o guia, afirmou hoje um porta-voz da pasta.

Os guias, que serão divulgados em breve, são uma resposta ao caso de uma menina de 12 anos que no mês passado não conseguiu que o Supremo Tribunal de Londres revertesse a decisão de seu colégio de proibi-la de usar o "niqab", o véu islâmico que cobre todo o rosto.

O Ministério da Educação prometeu divulgar os guias após o caso desse colégio, situado no condado de Buckinghamshire, no sudeste do país. O nome da escola, assim como o da aluna, não foi divulgado por razões legais.

Até agora, diretores de escolas estão autorizados a estabelecer a política do colégio sobre o uniforme escolar.

Obstáculo

O ministério considera que os colégios devem fazer um esforço para aceitar roupas que correspondam à religião dos alunos, mas ressalta que é importante que a vestimenta não represente um obstáculo ao ensino, de modo que professores e alunos possam manter contato visual.

O colégio de Buckinghamshire argumentou que o véu dificultava a comunicação entre a aluna e os professores, sendo, portanto, um obstáculo à aprendizagem.

Os professores devem saber se o aluno mostra entusiasmo e presta atenção, mas o véu impedia a comunicação, segundo a escola.

"Se o rosto de um aluno é oculto por qualquer razão, o professor não pode avaliar sua aprendizagem e fazer com que ele participe de discussões e atividades práticas", afirma o Ministério da Educação no guia.

A diretora do colégio de Buckinghamshire, que também não teve o nome divulgado por motivos legais, disse à rede de TV BBC que seria muito útil contar com diretrizes do ministério sobre os uniformes.

"Não é correto que as escolas tenham que debater caso por caso", acrescentou a diretora, que não se arrepende de ter defendido a decisão do colégio nos tribunais.

"Para nós, é uma questão de princípios. Não deveria haver obstáculos para a comunicação entre alunos e professores", disse.

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