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23/03/2007
-
10h03
da Folha Online
Os membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) se reunirão nesta sexta-feira para revisar o projeto de uma resolução que impõe mais sanções contra o Irã, com o objetivo de colocá-lo em votação no sábado.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, planeja falar ao CS em Nova York no dia da votação, para reiterar que o programa nuclear de seu país tem fins pacíficos e não a fabricação de armas atômicas, como suspeita o Ocidente.
Mas Teerã disse nesta sexta-feira que embora os EUA tenham anunciado na segunda-feira (19) que concederiam o visto de entrada para Ahmadinejad, o presidente iraniano ainda não recebeu o visto.
"Apesar de passar por toda a burocracia e apesar das promessas que os oficiais americanos fizeram pela mídia de emitir vistos para a delegação iraniana, até o momento, os vistos para o presidente do Irã e seus acompanhantes não foram expedidos", disse em um comunicado Abbas Araghchi, do Ministério das Relações Exteriores iraniano.
A nova resolução rejeita quase todas as emendas propostas pela África do Sul, que teria tirado do texto boa parte das observações sobre armas e sanções econômicas.
Mas os negociadores providenciaram uma explicação sobre por que cada nome em uma lista de 28 indivíduos, empresas e instituições iranianas, deveria ter os bens congelados.
"Disseram que estaríamos negociando", disse o embaixador sul-africano na ONU, Dumisani Kumalo, presidente deste mês do CS. "Estão fazendo exatamente o que disseram que não fariam".
A principal objeção da África do Sul é que o novo texto impõe punições fora da esfera nuclear.
Pretória também propôs uma suspensão de 90 dias das sanções. Jones Perry disse que isso seria uma forma de recompensa ao Irã, que se recusa a suspender suas atividades nucleares.
O vice-embaixador americano Alejandro Wolff disse que as emendas precisam ser consistentes com a "filosofia da resolução", elaborada pela Alemanha e pelos cinco membros permanentes do CS --Rússia, China, Reino Unido, França e EUA.
Entre outras mudanças rejeitadas estão as emendas propostas pela Indonésia e pelo Qatar, que incluíam uma linguagem que encoraja a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, o que os EUA recusaram, presumivelmente porque a emenda estaria direcionada a Israel.
Vários diplomatas disseram que Washington estava sendo pressionada a aceitar essa emenda para obter o apóio do Qatar e da Indonésia, duas nações islâmicas.
Um mínimo de nove votos (do total de 15) a favor e nenhum veto são necessários para aprovar a resolução, que já possui tal apoio. Mas ela teria mais peso com a aprovação de um país influente como a África do Sul, assim como da Indonésia e do Qatar.
Será a terceira vez que o Conselho de Segurança exige que o Irã suspenda seu enriquecimento de urânio.
A última resolução (1737), adotada no dia 23 de dezembro, depois do fracasso da de 1696, tinha dado 60 dias ao Irã para que o país se submetesse a essa exigência, o que não foi seguido pela República Islâmica.
A resolução de dezembro proibia o comércio de material nuclear e mísseis balísticos, além de bloquear os bens de indivíduos e instituições ligados ao programa nuclear iraniano.
As novas sanções incluem a proibição de exportação de armas ao Irã e o bloqueio de bens no exterior de mais 28 indivíduos e instituições, incluindo comandantes da Guarda Revolucionária do Irã e companhias que eles controlam.
Também incluem restrições a novas assistências financeiras e empréstimos ao governo iraniano.
Com agências internacionais
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Os membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) se reunirão nesta sexta-feira para revisar o projeto de uma resolução que impõe mais sanções contra o Irã, com o objetivo de colocá-lo em votação no sábado.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, planeja falar ao CS em Nova York no dia da votação, para reiterar que o programa nuclear de seu país tem fins pacíficos e não a fabricação de armas atômicas, como suspeita o Ocidente.
Mas Teerã disse nesta sexta-feira que embora os EUA tenham anunciado na segunda-feira (19) que concederiam o visto de entrada para Ahmadinejad, o presidente iraniano ainda não recebeu o visto.
"Apesar de passar por toda a burocracia e apesar das promessas que os oficiais americanos fizeram pela mídia de emitir vistos para a delegação iraniana, até o momento, os vistos para o presidente do Irã e seus acompanhantes não foram expedidos", disse em um comunicado Abbas Araghchi, do Ministério das Relações Exteriores iraniano.
A nova resolução rejeita quase todas as emendas propostas pela África do Sul, que teria tirado do texto boa parte das observações sobre armas e sanções econômicas.
Mas os negociadores providenciaram uma explicação sobre por que cada nome em uma lista de 28 indivíduos, empresas e instituições iranianas, deveria ter os bens congelados.
"Disseram que estaríamos negociando", disse o embaixador sul-africano na ONU, Dumisani Kumalo, presidente deste mês do CS. "Estão fazendo exatamente o que disseram que não fariam".
A principal objeção da África do Sul é que o novo texto impõe punições fora da esfera nuclear.
Pretória também propôs uma suspensão de 90 dias das sanções. Jones Perry disse que isso seria uma forma de recompensa ao Irã, que se recusa a suspender suas atividades nucleares.
O vice-embaixador americano Alejandro Wolff disse que as emendas precisam ser consistentes com a "filosofia da resolução", elaborada pela Alemanha e pelos cinco membros permanentes do CS --Rússia, China, Reino Unido, França e EUA.
Entre outras mudanças rejeitadas estão as emendas propostas pela Indonésia e pelo Qatar, que incluíam uma linguagem que encoraja a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio, o que os EUA recusaram, presumivelmente porque a emenda estaria direcionada a Israel.
Vários diplomatas disseram que Washington estava sendo pressionada a aceitar essa emenda para obter o apóio do Qatar e da Indonésia, duas nações islâmicas.
Um mínimo de nove votos (do total de 15) a favor e nenhum veto são necessários para aprovar a resolução, que já possui tal apoio. Mas ela teria mais peso com a aprovação de um país influente como a África do Sul, assim como da Indonésia e do Qatar.
Será a terceira vez que o Conselho de Segurança exige que o Irã suspenda seu enriquecimento de urânio.
A última resolução (1737), adotada no dia 23 de dezembro, depois do fracasso da de 1696, tinha dado 60 dias ao Irã para que o país se submetesse a essa exigência, o que não foi seguido pela República Islâmica.
A resolução de dezembro proibia o comércio de material nuclear e mísseis balísticos, além de bloquear os bens de indivíduos e instituições ligados ao programa nuclear iraniano.
As novas sanções incluem a proibição de exportação de armas ao Irã e o bloqueio de bens no exterior de mais 28 indivíduos e instituições, incluindo comandantes da Guarda Revolucionária do Irã e companhias que eles controlam.
Também incluem restrições a novas assistências financeiras e empréstimos ao governo iraniano.
Com agências internacionais
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