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24/03/2007 - 21h50

Londres mantém esforços para libertação de marinheiros no Irã

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da Efe, em Londres

O governo de Londres prossegue hoje com os esforços diplomáticos para obter a libertação dos 15 marinheiros britânicos capturados na sexta-feira pela força naval iraniana --supostamente em águas territoriais iraquianas ao norte do golfo Pérsico.

O Ministério de Exteriores britânico convocou hoje pela segunda vez o embaixador iraniano em Londres, Rasoul Mavahedian, para exigir a libertação dos marinheiros, que pertencem à tripulação da fragata HMS Cornwall, disse hoje uma porta-voz do Foreign Office (Ministério do Exterior do Reino Unido).

Segundo a fonte, o secretário de Estado britânico, David Triesman, se reuniu hoje com Mavahedian e reiterou o pedido das autoridades de Londres para que os sete infantes da Marinha e os oito marinheiros sejam libertados junto com a equipe da fragata.

Durante a conversa, qualificada de "franca" por Londres, Triesman pediu garantias ao embaixador iraniano sobre as condições de saúde do grupo --e que este possa ter acesso ao pessoal consular.

Esta é a segunda vez em 24 horas que o embaixador iraniano é convocado ao Foreign Office. Mavahedian já tinha ido na sexta-feira ao Ministério de Exteriores, com caráter de urgência.

Segundo a imprensa britânica, os quinze marinheiros foram levados a Teerã depois que as autoridades iranianas comunicaram sua entrada "ilegal" no país. O Foreign Office, no entanto, não confirmou a informação.

Em Teerã, a encarregada de negócios do Reino Unido, Kate Smith, foi convocada pelo diretor-geral iraniano de Assuntos Europeus, Ibrahim Rahimpour, para protestar contra o que o Irã considera entrada ilegal em águas territoriais do país.

Versão britânica

De acordo com as autoridades britânicas, o grupo capturado, no qual se encontra uma mulher, havia completado a inspeção de um navio mercante quando suas duas lanchas foram cercadas e escoltadas por embarcações iranianas até águas territoriais do Irã.

A fragata Cornwall patrulha o golfo Pérsico para manter a segurança nas águas territoriais iraquianas e proteger suas infra-estruturas marítimas. A captura ocorreu na sexta-feira, na região do canal Shatt Al Arab, na fronteira entre Iraque e Irã. O controle da área motivou a guerra que os dois países travaram entre 1980 e 1988.

A detenção ocorre em um momento de grande tensão entre Irã e a comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos e o Reino Unido, devido às atividades nucleares iranianas.

O líder do Partido Liberal-Democrata (terceira força britânica), Menzies Campbell, se pronunciou hoje sobre este incidente e disse que o Reino Unido não se deixará chantagear.

Deve-se deixar claro "ao governo iraniano que a determinação do Reino Unido, através das Nações Unidas, de impedir que o Irã adquira capacidade militar nuclear não reduzirá devido à captura ilegítima de nossas forças", acrescentou Campbell. "O Reino Unido não se deixará chantagear. O Irã tem uma opção: agir com responsabilidade ou enfrentar um maior isolamento", disse.

O ministro de Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, acusou recentemente o Reino Unido de "sabotar" os esforços para encontrar uma saída pacífica para a polêmica devido ao programa nuclear iraniano.

O Reino Unido e o Irã viveram um incidente similar em 2004, quando o regime de Teerã manteve detidos durante três dias oito militares britânicos acusados de entrarem de forma ilegal em águas jurisdicionais do Irã, no Golfo Pérsico.

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