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25/03/2007 - 17h00

Irã diz que dará uma resposta à resolução da ONU

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da Efe, nas Nações Unidas

O Irã afirmou hoje que dará uma resposta oficial à resolução da ONU nos próximos dias, embora tenha dito que não tem intenção de suspender suas atividades "legítimas" de enriquecimento de urânio.

A declaração foi feita pelo ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, um dia após a reunião dos 15 membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas), durante a qual foram adotadas, por unanimidade, novas punições ao Irã --entre as quais embargo a exportações de armas e restrições financeiras.

"O Irã continuará seu programa nuclear pacífico e legítimo, e o enriquecimento de urânio faz parte deste programa", declarou o chefe da diplomacia iraniana. Ele disse, no entanto, que a resposta oficial à resolução do conselho "será emitida nos próximos dias", reafirmando que o documento é "ilegal, desnecessário e injustificável".

"Nossa posição e atividades são muito claras e transparentes. O importante é que haja uma vontade política para buscar uma solução. Esta vontade não existiu na outra parte, que impôs condições prévias para o diálogo", declarou.

Programa Nuclear

Ele afirmou que a questão do programa nuclear iraniano pertence à Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica) e não ao CS. Com a adoção da resolução, "reduziu a credibilidade [da organização]", já que, na sua opinião, foi o fruto da decisão de algumas nações e não da maior parte dos países da ONU.

Mottaki disse que o programa nuclear iraniano passou por vários períodos e que todas as perguntas e dúvidas da comunidade internacional sobre o passado e o presente foram respondidas por seu governo.

"Caso continuem havendo perguntas, também estamos dispostas a respondê-las. O ponto principal desta questão é de que haja uma vontade política para buscar uma solução. Não ignorar ou evitar um direito essencial que temos", declarou.

Ele afirmou também que, desde o início da crise, há mais de quatro anos, houve duas opções: a negociação diplomática e o confronto. Apesar de o Irã ter preferido a primeira, as grandes potências se inclinaram pela segunda --afirmando ser "o caminho errado" e que "terá conseqüências".

Mottaki rejeitou que haja uma semelhanças entre o caso do Irã e o da Coréia do Norte, já que os propósitos de suas atividades nucleares são para fins pacíficos. "A própria Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que não houve um desvio de atividades para a área militar. Isto é uma questão importante", declarou.

O ministro iraniano disse que seu país "consideraria um pedido formal dos EUA [caso o programa fosse para fins militares] para iniciar conversas bilaterais", como pediram há muito tempo muitos países, entre os quais congressistas americanos.

Questão Mundial

Mottaki disse que o confronto das grandes potências não é apenas na área do Oriente Médio, mas também em outras zonas do mundo em desenvolvimento.

"As grandes potências têm uma colocação inadequada, [a situação] não é limitada aos países muçulmanos, mas a todos os países em desenvolvimento", declarou.

Ele afirmou que deveria haver "algumas correções no sistema internacional", já que as iniciativas unilaterais não alcançam os resultados propostos, como é no caso do Iraque, no qual "o terrorismo e a ocupação são duas caras da mesma moeda".

Neste sentido, a América Latina, por exemplo, "onde os governos se opuseram ao unilateralismo. Suas atuações são mais apreciadas e apoiadas pelas opiniões públicas dos países", afirmou.

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