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09/04/2007
-
11h24
da France Presse, em Dili
Os eleitores do Timor Leste compareceram em massa às urnas nesta segunda-feira para escolher um novo presidente para o país mais novo do planeta, afetado pela pobreza e a violência, o que criou um problema de falta de cédulas em alguns locais.
"Há uma situação de emergência em todos os distritos por causa das longas filas que ainda existiam quando acabaram as cédulas de votação", afirmou Martinho Gusmão, porta-voz da comissão eleitoral nacional.
A Administração Técnica para a Secretaria Eleitoral (STAE), que ajuda na gestão do processo de votação, informou que respondeu às necessidade de cédulas adicionais em alguns locais, com a ajuda da missão das Nações Unidas.
Dois helicópteros da ONU (Organização das Nações Unidas) e um terceiro da força de manutenção da paz realizaram quatro intervenções rápidas para solucionar problemas de falta de cédulas, informa um comunicado da STAE.
"Devido a um dia eleitoral pacífico e de êxito, observamos um índice de participação elevado", acrescenta o texto.
Calma
Apesar do clima de preocupação e do temor de atos violentos, não foram registrados incidentes durante o dia. Alguns timorenses esperaram por horas para poder exercer o voto, um direito recentemente adquirido.
A eleição, a primeira desde a independência em 2002, decidirá o sucessor do carismático presidente Xanana Gusmão, que não concorreu a um novo mandato desta vez.
Um total de 232 observadores estrangeiros supervisionam o processo. Além disso, 1.645 policiais das Nações Unidas, originários de 41 países, foram mobilizados para reforçar a segurança e auxiliar 3.000 policiais locais.
O primeiro-ministro José Ramos Horta, o mais conhecido dos oito candidatos, votou pela manhã. "A população sairá vencedora. Independente dos resultados, eu considero que a democracia vencerá se todo mundo respeitar os resultados", afirmou Horta, que foi um grande defensor do Timor Leste durante o período em que o país foi ocupado pela Indonésia (1975-1999).
Além de Ramos Horta, são candidatos fortes Fernando Lasama, do Partido Democrata, e Francisco Guterres (conhecido como Lu Olo), da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), um partido marxista que simbolizou a luta pela independência no país.
Este último votou cercado por simpatizantes e disse acreditar na vitória. "Sim. Tenho confiança desde o princípio", afirmou.
A Fretilin é um partido histórico com uma forte base em Timor Leste, mas o prestígio de seus dirigentes se deteriorou desde que assumiram o poder em 2001.
Colônia
O jovem país, muito católico, é uma antiga colônia portuguesa desestabilizada há um ano por causa de uma violência crônica.
Muitos candidatos acusaram a Fretilin de realizar manobras antidemocráticas, incluindo a intimidação dos moradores. "É uma prática generalizada por parte de militantes do lado da Fretilin em certas regiões do país, por parte de dirigentes nomeados pelo governo, como os secretários de Estado ou as autoridades distritais", denunciou Ramos Horta nesta segunda-feira.
No entanto, Finn Reske Nielsen, representante do secretário-geral das Nações Unidas, considerou que o processo eleitoral se desenvolveu corretamente.
O país, com um milhão de habitantes, terá que esperar vários dias pela apuração total, já que algumas urnas das zonas mais afastadas são transportadas a cavalo ou de helicóptero. Os primeiros resultados devem ser divulgados na quinta-feira.
Se nenhum candidato conseguir 50% dos votos, o segundo turno será realizado no dia 9 de maio entre os dois mais votados.
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"Há uma situação de emergência em todos os distritos por causa das longas filas que ainda existiam quando acabaram as cédulas de votação", afirmou Martinho Gusmão, porta-voz da comissão eleitoral nacional.
A Administração Técnica para a Secretaria Eleitoral (STAE), que ajuda na gestão do processo de votação, informou que respondeu às necessidade de cédulas adicionais em alguns locais, com a ajuda da missão das Nações Unidas.
Dois helicópteros da ONU (Organização das Nações Unidas) e um terceiro da força de manutenção da paz realizaram quatro intervenções rápidas para solucionar problemas de falta de cédulas, informa um comunicado da STAE.
"Devido a um dia eleitoral pacífico e de êxito, observamos um índice de participação elevado", acrescenta o texto.
Calma
Apesar do clima de preocupação e do temor de atos violentos, não foram registrados incidentes durante o dia. Alguns timorenses esperaram por horas para poder exercer o voto, um direito recentemente adquirido.
A eleição, a primeira desde a independência em 2002, decidirá o sucessor do carismático presidente Xanana Gusmão, que não concorreu a um novo mandato desta vez.
Um total de 232 observadores estrangeiros supervisionam o processo. Além disso, 1.645 policiais das Nações Unidas, originários de 41 países, foram mobilizados para reforçar a segurança e auxiliar 3.000 policiais locais.
O primeiro-ministro José Ramos Horta, o mais conhecido dos oito candidatos, votou pela manhã. "A população sairá vencedora. Independente dos resultados, eu considero que a democracia vencerá se todo mundo respeitar os resultados", afirmou Horta, que foi um grande defensor do Timor Leste durante o período em que o país foi ocupado pela Indonésia (1975-1999).
Além de Ramos Horta, são candidatos fortes Fernando Lasama, do Partido Democrata, e Francisco Guterres (conhecido como Lu Olo), da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), um partido marxista que simbolizou a luta pela independência no país.
Este último votou cercado por simpatizantes e disse acreditar na vitória. "Sim. Tenho confiança desde o princípio", afirmou.
A Fretilin é um partido histórico com uma forte base em Timor Leste, mas o prestígio de seus dirigentes se deteriorou desde que assumiram o poder em 2001.
Colônia
O jovem país, muito católico, é uma antiga colônia portuguesa desestabilizada há um ano por causa de uma violência crônica.
Muitos candidatos acusaram a Fretilin de realizar manobras antidemocráticas, incluindo a intimidação dos moradores. "É uma prática generalizada por parte de militantes do lado da Fretilin em certas regiões do país, por parte de dirigentes nomeados pelo governo, como os secretários de Estado ou as autoridades distritais", denunciou Ramos Horta nesta segunda-feira.
No entanto, Finn Reske Nielsen, representante do secretário-geral das Nações Unidas, considerou que o processo eleitoral se desenvolveu corretamente.
O país, com um milhão de habitantes, terá que esperar vários dias pela apuração total, já que algumas urnas das zonas mais afastadas são transportadas a cavalo ou de helicóptero. Os primeiros resultados devem ser divulgados na quinta-feira.
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