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11/04/2007
-
16h26
da Folha Online
O Exército dos Estados Unidos voltou a acusar os serviços de inteligência do Irã nesta quarta-feira de prover armas para insurgentes no Iraque, acrescentando que milicianos iraquianos estão sendo treinados no uso de bombas pelos iranianos.
O porta-voz do Exército americano, major-general William Caldwell, mostrou a jornalistas em Bagdá armas que, segundo os EUA, foram feitas no Irã. As armas incluíam morteiros e granadas que teriam sido usadas contra as forças de segurança em Bagdá nesta semana.
A acusação americana acontece em meio a renovadas pressões do Irã ao governo do Iraque pela libertação de cinco iranianos detidos por forças dos EUA no país árabe. O Irã ameaçou se retirar de uma conferência internacional sobre o Iraque no próximo mês caso o impasse não se resolva, segundo a mídia iraniana.
Teerã afirma que os cinco, que foram detidos em uma operação no nordeste do Iraque em janeiro, são diplomatas. Washington os acusa de terem ligações com a Guarda Revolucionária do Irã, que segundo os EUA está treinando os insurgentes no Iraque.
Os EUA acusam Teerã de tentar desestabilizar o Iraque e afirmam que armas feitas no Irã estão cada vez mais sendo usadas em ataques no país árabe. O Irã nega as acusações.
Operação de segurança
Desde meados de fevereiro, Bagdá vive uma nova operação de segurança idealizada pelos EUA que tenta evitar a derrocada final da violência sectária entre xiitas e sunitas para uma guerra civil total.
Caldwell afirmou que, pelo terceiro mês consecutivo, o número de mortes caiu em Bagdá, mas admitiu que no mesmo período a violência aumentou em outras áreas do Iraque.
"Os serviços de inteligência iranianos estão ativos aqui no Iraque tanto provendo fundos quanto armas e munição aos insurgentes", disse o porta-voz, que afirmou ainda que alguma ajuda também estava sendo dada a sunitas (e não apenas aos xiitas).
Caldwell disse também que insurgentes estavam sendo treinados no Irã para o uso de um tipo de bombas que são colocadas em estradas e já mataram mais de 170 soldados americanos.
Relações bilaterais
O governo iraquiano do premiê xiita Nouri al Maliki tenta manter boas relações tanto com o Irã, de maioria xiita, quanto com os Estados Unidos. Maliki informou que está trabalhando duro para garantir a libertação dos cinco iranianos detidos.
O Irã, no entanto, disse que não está satisfeito com os esforços do país vizinho. Um avião que transportava Al Maliki foi impedido de cruzar o espaço aéreo iraniano no último final de semana, e Teerã alertou Bagdá para uma deterioração nas relações bilaterais entre os dois países devido ao impasse.
"Avisamos aos oficiais iraquianos que, enquanto os diplomatas iranianos não forem libertados, a participação do Irã em qualquer conferência sobre o Iraque com a presença dos EUA será problemática", disse Abbas Araghchi, oficial do Ministério das Relações Exteriores do Irã.
A conferência internacional sobre a estabilização do Iraque é considerada crucial para a paz no país árabe.
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O Exército dos Estados Unidos voltou a acusar os serviços de inteligência do Irã nesta quarta-feira de prover armas para insurgentes no Iraque, acrescentando que milicianos iraquianos estão sendo treinados no uso de bombas pelos iranianos.
O porta-voz do Exército americano, major-general William Caldwell, mostrou a jornalistas em Bagdá armas que, segundo os EUA, foram feitas no Irã. As armas incluíam morteiros e granadas que teriam sido usadas contra as forças de segurança em Bagdá nesta semana.
A acusação americana acontece em meio a renovadas pressões do Irã ao governo do Iraque pela libertação de cinco iranianos detidos por forças dos EUA no país árabe. O Irã ameaçou se retirar de uma conferência internacional sobre o Iraque no próximo mês caso o impasse não se resolva, segundo a mídia iraniana.
Teerã afirma que os cinco, que foram detidos em uma operação no nordeste do Iraque em janeiro, são diplomatas. Washington os acusa de terem ligações com a Guarda Revolucionária do Irã, que segundo os EUA está treinando os insurgentes no Iraque.
Os EUA acusam Teerã de tentar desestabilizar o Iraque e afirmam que armas feitas no Irã estão cada vez mais sendo usadas em ataques no país árabe. O Irã nega as acusações.
Operação de segurança
Desde meados de fevereiro, Bagdá vive uma nova operação de segurança idealizada pelos EUA que tenta evitar a derrocada final da violência sectária entre xiitas e sunitas para uma guerra civil total.
Caldwell afirmou que, pelo terceiro mês consecutivo, o número de mortes caiu em Bagdá, mas admitiu que no mesmo período a violência aumentou em outras áreas do Iraque.
"Os serviços de inteligência iranianos estão ativos aqui no Iraque tanto provendo fundos quanto armas e munição aos insurgentes", disse o porta-voz, que afirmou ainda que alguma ajuda também estava sendo dada a sunitas (e não apenas aos xiitas).
Caldwell disse também que insurgentes estavam sendo treinados no Irã para o uso de um tipo de bombas que são colocadas em estradas e já mataram mais de 170 soldados americanos.
Relações bilaterais
O governo iraquiano do premiê xiita Nouri al Maliki tenta manter boas relações tanto com o Irã, de maioria xiita, quanto com os Estados Unidos. Maliki informou que está trabalhando duro para garantir a libertação dos cinco iranianos detidos.
O Irã, no entanto, disse que não está satisfeito com os esforços do país vizinho. Um avião que transportava Al Maliki foi impedido de cruzar o espaço aéreo iraniano no último final de semana, e Teerã alertou Bagdá para uma deterioração nas relações bilaterais entre os dois países devido ao impasse.
"Avisamos aos oficiais iraquianos que, enquanto os diplomatas iranianos não forem libertados, a participação do Irã em qualquer conferência sobre o Iraque com a presença dos EUA será problemática", disse Abbas Araghchi, oficial do Ministério das Relações Exteriores do Irã.
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