Publicidade
Publicidade
13/04/2007
-
08h25
da Folha Online
A 24 horas do final do prazo estipulado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, para o fechamento do reator nuclear de Yongbyon --o principal norte-coreano-- o governo de Pyongyang voltou a exigir a liberação dos US$ 25 milhões congelados no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, para dar início a seu desarmamento.
Um acordo fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava Pyongyang um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Os Estados Unidos afirmaram que autoridades de Macau desbloquearam os fundos norte-coreanos, que ficaram congelados durante 19 meses e paralisaram a desnuclearização.
No entanto, o governo de Pyongyang afirmou que uma instituição financeira irá "confirmar se a informação é correta", de acordo com o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.
O negociador americano para a questão norte-coreana, Christopher Hill, que chegou nesta sexta-feira a Pequim, vindo de Seul, disse não saber se a Coréia do Norte cumprirá o prazo.
"Só depende deles. Não estou torcendo por nada", disse ele à imprensa em Pequim.
Não ficou claro se Hill, que reuniu-se com o vice-ministro chinês de Relações Exteriores, se encontraria com o negociador norte-coreano, Kim Kye-gwan.
Na quarta-feira (11), Pyongyang prometeu fechar Yongbyon 24 horas após ter acesso aos fundos congelados, e disse que permitiria também o retorno dos inspetores da AIEA ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano. Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Fundos
Os fundos foram congelados em 2005, depois que os EUA acusaram o banco de envolvimento com lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. No final de março, insatisfeita porque os recursos em Macau ainda não haviam sido liberados, a Coréia do Norte abandonou uma reunião entre as seis partes a respeito de seu programa nuclear.
Nesta terça-feira, autoridades em Macau afirmaram que Pyongyang pode movimentar os fundos que estavam congelados. Segundo Richardson, a Coréia do Norte prometeu oficializar o convite para o retorno dos inspetores da AIEA logo depois que tiver acesso ao dinheiro.
O Departamento de Estado americano admitiu, no entanto, que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado, até o próximo sábado, não será tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou ontem o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou.
Hill descartou na quarta-feira a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para [Pyongyang] prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", disse.
Com agências internacionais
Leia mais
Atraso ameaça cumprimento de prazo para desarmamento norte-coreano
Coréia do Norte promete fechar reator nuclear após receber fundos
Coréia do Norte permitirá retorno de inspeções da ONU, dizem EUA
Após desbloqueio, EUA pressionam Coréia do Norte a cumprir prazo
Coréia do Norte poderá retirar amanhã fundos congelados em Macau
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Macau
Leia cobertura completa sobre a crise da Coréia do Norte
Coréia do Norte condiciona desarmamento a liberação de US$ 25 mi
Publicidade
A 24 horas do final do prazo estipulado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, para o fechamento do reator nuclear de Yongbyon --o principal norte-coreano-- o governo de Pyongyang voltou a exigir a liberação dos US$ 25 milhões congelados no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, para dar início a seu desarmamento.
Um acordo fechado em 13 de fevereiro deste ano entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava Pyongyang um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países enviariam ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Os Estados Unidos afirmaram que autoridades de Macau desbloquearam os fundos norte-coreanos, que ficaram congelados durante 19 meses e paralisaram a desnuclearização.
No entanto, o governo de Pyongyang afirmou que uma instituição financeira irá "confirmar se a informação é correta", de acordo com o Ministério norte-coreano de Relações Exteriores.
O negociador americano para a questão norte-coreana, Christopher Hill, que chegou nesta sexta-feira a Pequim, vindo de Seul, disse não saber se a Coréia do Norte cumprirá o prazo.
"Só depende deles. Não estou torcendo por nada", disse ele à imprensa em Pequim.
Não ficou claro se Hill, que reuniu-se com o vice-ministro chinês de Relações Exteriores, se encontraria com o negociador norte-coreano, Kim Kye-gwan.
Na quarta-feira (11), Pyongyang prometeu fechar Yongbyon 24 horas após ter acesso aos fundos congelados, e disse que permitiria também o retorno dos inspetores da AIEA ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear norte-coreano. Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Fundos
Os fundos foram congelados em 2005, depois que os EUA acusaram o banco de envolvimento com lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. No final de março, insatisfeita porque os recursos em Macau ainda não haviam sido liberados, a Coréia do Norte abandonou uma reunião entre as seis partes a respeito de seu programa nuclear.
Nesta terça-feira, autoridades em Macau afirmaram que Pyongyang pode movimentar os fundos que estavam congelados. Segundo Richardson, a Coréia do Norte prometeu oficializar o convite para o retorno dos inspetores da AIEA logo depois que tiver acesso ao dinheiro.
O Departamento de Estado americano admitiu, no entanto, que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado, até o próximo sábado, não será tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou ontem o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou.
Hill descartou na quarta-feira a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para [Pyongyang] prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", disse.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice