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11/04/2007
-
14h33
da Folha Online
A Coréia do Norte prometeu nesta quarta-feira iniciar o fechamento da plataforma nuclear em Yongbyon um dia após que tiver acesso aos US$ 25 milhões que estavam congelados por 19 meses no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, e foram liberados ontem para Pyongyang.
A previsão é que o governo norte-coreano retire nesta quarta-feira os fundos, cujo congelamento paralisara até agora o processo de desnuclearização do país.
De acordo com o governador do Novo México, Bill Richardson, que falou à imprensa em Seul após uma visita de quatro dias a Pyongyang, a Coréia do Norte também permitirá o retorno dos inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear do Pyongyang. Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Richardson disse ainda que, anteriormente, o governo norte-coreano havia pedido um prazo adicional de 30 dias a partir do próximo sábado (14) para fechar seu reator nuclear, data prevista para a desativação da plataforma em um acordo selado entre seis partes em março.
No entanto, segundo ele, os EUA insistiram que mais um mês é tempo demais para o processo de fechamento, que deve demorar apenas "alguns dias". "Nós deixamos claro que não seria possível, e isso foi deixado de lado. Agora, só depende da Coréia do Norte", disse.
O principal negociador norte-americano, Christopher Hill, também descartou a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para [Pyongyang] prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", afirmou. Hill deve ir a Pequim amanhã, e disse estar disponível para reunir-se na China com o principal negociador norte-coreano, Kim Kye Gwan.
O pacto, fechado em 13 de fevereiro entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava Pyongyang um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países se comprometeram a enviar ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Posteriormente, o governo norte-coreano concordou em retornar às negociações e, em fevereiro, aceitou o acordo para fechar sua plataforma nuclear em Yongbyon. Em troca, os seis países se comprometeram a enviar ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Fundos
Os fundos foram congelados em 2005, depois que os EUA acusaram o banco de envolvimento com lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. No final de março, insatisfeita porque os recursos em Macau ainda não haviam sido liberados, a Coréia do Norte abandonou uma reunião entre as seis partes a respeito de seu programa nuclear.
Nesta terça-feira, autoridades em Macau afirmaram que Pyongyang pode movimentar os fundos que estavam congelados. Segundo Richardson, a Coréia do Norte prometeu oficializar o convite para o retorno dos inspetores da AIEA logo depois que tiver acesso ao dinheiro.
O Departamento de Estado americano admitiu, no entanto, que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado, até o próximo sábado, não será tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou ontem o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou.
Com agências internacionais
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A Coréia do Norte prometeu nesta quarta-feira iniciar o fechamento da plataforma nuclear em Yongbyon um dia após que tiver acesso aos US$ 25 milhões que estavam congelados por 19 meses no Banco Delta Asia (BDA), em Macau, e foram liberados ontem para Pyongyang.
A previsão é que o governo norte-coreano retire nesta quarta-feira os fundos, cujo congelamento paralisara até agora o processo de desnuclearização do país.
De acordo com o governador do Novo México, Bill Richardson, que falou à imprensa em Seul após uma visita de quatro dias a Pyongyang, a Coréia do Norte também permitirá o retorno dos inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) ao país.
O país expulsou os representantes da agência nuclear da ONU em 2002, logo no início do impasse em torno do programa nuclear do Pyongyang. Em 9 de outubro de 2006, após quatro anos de negociações fracassadas, o país realizou seu primeiro teste nuclear.
Richardson disse ainda que, anteriormente, o governo norte-coreano havia pedido um prazo adicional de 30 dias a partir do próximo sábado (14) para fechar seu reator nuclear, data prevista para a desativação da plataforma em um acordo selado entre seis partes em março.
No entanto, segundo ele, os EUA insistiram que mais um mês é tempo demais para o processo de fechamento, que deve demorar apenas "alguns dias". "Nós deixamos claro que não seria possível, e isso foi deixado de lado. Agora, só depende da Coréia do Norte", disse.
O principal negociador norte-americano, Christopher Hill, também descartou a necessidade extensão do prazo. "Não há motivo para [Pyongyang] prolongar a questão agora. Nós [os EUA] não queremos estender a data", afirmou. Hill deve ir a Pequim amanhã, e disse estar disponível para reunir-se na China com o principal negociador norte-coreano, Kim Kye Gwan.
O pacto, fechado em 13 de fevereiro entre as duas Coréias, a China, o Japão, a Rússia e os Estados Unidos, dava Pyongyang um prazo de 60 dias para o fechamento da usina. Em troca, os países se comprometeram a enviar ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Posteriormente, o governo norte-coreano concordou em retornar às negociações e, em fevereiro, aceitou o acordo para fechar sua plataforma nuclear em Yongbyon. Em troca, os seis países se comprometeram a enviar ajuda econômica e energética à Coréia do Norte.
Fundos
Os fundos foram congelados em 2005, depois que os EUA acusaram o banco de envolvimento com lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. No final de março, insatisfeita porque os recursos em Macau ainda não haviam sido liberados, a Coréia do Norte abandonou uma reunião entre as seis partes a respeito de seu programa nuclear.
Nesta terça-feira, autoridades em Macau afirmaram que Pyongyang pode movimentar os fundos que estavam congelados. Segundo Richardson, a Coréia do Norte prometeu oficializar o convite para o retorno dos inspetores da AIEA logo depois que tiver acesso ao dinheiro.
O Departamento de Estado americano admitiu, no entanto, que concluir o fechamento de Yongbyon dentro do prazo estipulado, até o próximo sábado, não será tarefa fácil para o governo de Pyongyang. "Eu sei que haverá questões técnicas que podem impedir que isso seja feito com segurança", afirmou ontem o porta-voz Sean McCormack.
"Nós veremos em que ponto estaremos no sábado. Mas acreditamos que todos devem se esforçar para cumprir o prazo de 60 dias", acrescentou.
Com agências internacionais
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