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16/04/2007 - 16h54

Ataque em universidade da Virgínia choca estudante brasileira

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ANDREA MURTA
da Folha Online

Os ataques a tiros universidade Virginia Tech (Instituto Politécnico da Virgínia), que mataram ao menos 32 pessoas nesta segunda-feira, chocaram os estudantes da instituição, que abriga cerca de 26 mil alunos. Foi o pior ataque contra um campus da história dos Estados Unidos.

"Estamos todos chocados e muito tristes. Nunca vivi nada parecido aqui na universidade", disse Deise Galan, 19, presidente da Associação de Estudantes Brasileiros da universidade, em entrevista por telefone à Folha Online.

Aluna do segundo ano da graduação em Biologia, ela estava no meio da aula de química quando seu professor disse aos alunos que havia acontecido um "pequeno incidente" no prédio de Engenharia. Ela só percebeu a gravidade da situação depois que estava em segurança, já fora do campus.

arquivo pessoal/Deise Galan
A estudante brasileira Deise Galan, 19, na entrada da Universidade Técnica da Virgínia
A estudante brasileira Deise Galan, 19, na entrada da Universidade Técnica da Virgínia
Após asssitir à aula da manhã, por volta das 10h (11h de Brasília), ainda sem informações sobre os mortos, Galan tentou ir até a biblioteca, mas foi impedida por um amigo. "Ele me disse que as pessoas estavam desesperadas, pulando do segundo andar do prédio da Engenharia, e que a faculdade estava cercada por policiais."

A universidade foi cenário de dois ataques a tiros nesta segunda-feira. As ações ocorreram em lados opostos do campus, de 1.050 hectares, e tiveram início às 7h15 (8h15 de Brasília) em Johnston Hall, residência estudantil que abriga ao menos 895 pessoas. Pouco depois, Norris Hall, edifício da engenharia, foi alvo de outro ataque a tiros.

A maioria dos 32 mortos eram estudantes da universidade. Um deles foi morto em um dormitório e outros foram assassinados dentro de uma sala de aula, segundo o chefe de polícia do campus, W.R. Flinchum.

O nome do atirador não foi divulgado, tampouco se ele era estudante da universidade.

Brasileiros

Galan, que é presidente da Associação de Estudantes Brasileiros da universidade, disse que, pelo que sabe até agora, os estudantes brasileiros estão bem e em segurança. Segundo ela, há cerca de 30 estudantes brasileiros ligados à associação, e todos procuraram se contatar para verificar a segurança dos demais.

Após do clima de pânico que tomou do campus, ela pegou carona com uma amiga e foi até seu apartamento, que fica em Blacksburg, fora da universidade. Lá, ficou sabendo que os prédios da Virginia Tech foram isolados, e que a universidade orientou a todos que estivessem no campus que ficassem onde estavam e longe das janelas.

"Mandaram dois e-mails dizendo que havia uma pessoa armada no campus e que ninguém deveria sair de onde estava", disse a estudante. "Depois, nos disseram que estava tudo terminado."

Aulas canceladas

A universidade cancelou as aulas hoje e nesta terça-feira. "Não sei como vamos voltar ao normal agora. Tentamos ser sempre unidos aqui, e todo mundo está muito tenso", afirmou Galan.

AP
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"Essa é uma cidade pequena, não estamos acostumados com a violência. Fiquei muito assustada quando soube dos mortos. Acho que as pessoas vão pensar duas vezes antes de vir para esta universidade", lamentou.

A Virginia Tech tem 26 mil estudantes e fica a 390 km de Washington.

É a segunda vez em menos de um ano que a universidade, que abriga 26 mil alunos, teve de ser fechada devido a um tiroteio.

Em agosto de 2006, o reinício das aulas foi suspenso e a entrada no campus foi bloqueada depois que um fugitivo matou um segurança e um policial envolvidos em uma perseguição ocorrida em um ponto próximo da universidade.

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